12.08.2014

Simba

Calma, não vou aqui debitar o Rei Leão (Embora fosse capaz. Sim, sei aquilo de cor, e depois?).

O Simba é o meu gato de estimação e era o meu filhote antes de saber que ia ter o Lucas.

Quando soube que estava grávida, e como não estava imune à toxoplasmose, pedi com jeitinho à minha mãe se poderia ficar com ele até o Lucas nascer. A probabilidade de vir a apanhar o que quer que fosse era ínfima, não só porque eu apanhava os cocós dele com a mão dentro de um saquinho que virava do avesso e ao qual dava um nó (xiiii... granda descrição! mas deu para perceber, não deu?), mas também porque ele só saía à rua para ir ao veterinário. 

A minha mãe lá aceitou, e o Simba vive com ela, a tia, até hoje. Primeiro, era porque o Lucas ainda era tão pequenino, coitadinho, depois, era porque havia coisas para arrumar na nossa casa, e hoje é simplesmente porque sim. O facto é que eles, o Simba e a minha mãe, adoram-se mutuamente. A minha mãe mima-o e ele... pronto, é um gato. Um gato simpático e querido, meio totó e zarolho, mas um gato. Também fazem companhia um ao outro.

Mas o melhor disto tudo é mesmo a festa que o Lucas faz quando vai a casa da avó, e dá de caras com o amiguinho cor de laranja. Ri, guincha, gatinha a toda a velocidade atrás do Simba e agarra-lhe o pêlo e os bigodes. O outro, desgraçado, deixa-se ficar um bocadinho até achar que já chega, que não está para aturar aquilo, e põe-se na alheta assim que possível. E eu, mãe babada dos meus dois pequenos, derreto-me toda...

Agora estou na dúvida. Por um lado, adoraria ver aquela alegria na cara do meu filho todos os dias, mas por outro, sei que o Simba e a minha mãe estão tão bem um para o outro... Além disso, a questão da higiene preocupa-me. Principalmente nesta altura em que eles só gatinham e passam o dia ora com as mãos no chão ora na boca. Os amantes de animais dirão com certeza que isso não tem mal algum, mas eu não sei. E vocês? O que fariam?

Aqui fica uma amostrazinha do filme que é ver estes dois juntos (Música: Ain't it Fun - Paramore).


11 comentários:

  1. Também tenho um Simba, persa... N era imune à toxoplasmose, mas mesmo assim, continuei a fazer tudo o que já fazia com ele. Se n tinha apanhado nada até à data, só por mt azar iria apanhar na gravidez. E ele também pouco saia de casa e só come da comida dele. Ele larga pelo por todo o lado por onde passa, mas a minha filha anda sempre atrás dele, puxa-lhe o pelo com tanta força que as vezes até com pelos fica na mão. Coitado do gato, agora que só quer descanso, tem uma pirralha atrás dele... Claro que à alturas que é chato ver pelo por todo o lado, ainda mais que ela anda mt com as mãos na boca, mas enfim. Ele chegou a casa primeiro. :)

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  2. Tenho 3 gatos e tambem não era imune à toxoplasmose. Nunca me preocupei porque, se nunca tinha tido, tambem não seria durante a gravidez. E gatos que não saem de casa apresentam um risco muito reduzido de toxoplasmose. Pelos há muitos e limpo o chão todos os dias! Dá muito trabalho mas, tal como a Celita disse, eles chegaram primeiro. A bebé tem 6 meses, não anda atrás deles mas faz-lhes festas se os apanha a jeito! E o sorriso que faz quando eles estão perto dela? Uma delícia! :) Creio que neste momento, o gatinho já está habituado a viver com a sua mãe e parece que são os dois muito felizes! Daqui a uns anos, se se sentir confortavel, arranja um gato para o Lucas! Fica a ideia. :)

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  3. Que é como quem diz..... Empandeirou o gato para casa da mãe porque agora que tem um bebé já não precisa de um gato. Infelizmente o número de animais abandonados na rua pelas mesmas razões é enorme, aqui não foi na rua foi na mãe, mas não deixa de ser abandono. Pergunto-me se será falta de informação ou apenas não dar valor ao compromisso.

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    1. Acho piada a generalização que as pessoas fazem, Sr. Anónimo (e ainda por cima não se identificam). Arranjei uma solução para o meu gato ser bem tratado e feliz. Acha que isso é abandono? A sua definição de abandono é um bocado diferente da minha. Mas okay, são opiniões...

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    2. Ainda estou para perceber a diferença entre Anónimo ou identificar-me como Maria (ficou mais esclarecida? Nem por isso, ficou a saber o mesmo.). Em relação ao tópico, para si não é abandono porque foi para casa da sua mãe que pelos vistos trata bem o animal e gosta da sua companhia, mas a base é a mesma, as condições (sejam elas quais forem) alteraram-se e o gato (ou cão) já não tem lugar pelo que o melhor é deixá-lo noutro sítio. Claro que para si lhe custa perceber (até porque o deixou onde sabe que é bem tratado), mas não deixa de ser o que é: descomprometer-se com o animal. Não é uma generalização, infelizmente, é uma análise crítica, quando se assume o compromisso com um animal temos de pensar que é a longo prazo e que não o podemos empandeirar à primeira dificuldade ( seja para a rua, seja para casa de um familiar.). E ainda é mais grave sabendo que o perigo é practicamente nulo mas mesmo assim toma uma decisão destas. Pode custar-lhe muito mas aquilo que fez foi mesmo abandono, ainda bem que não foi na rua, mas não deixa de ser abandono!

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    3. tia do Simba, ou seja, mãe da Marta5:26 da tarde

      Abandono?
      Descomprometer-se com o animal?
      Empandeirado para a rua ou para casa de um familiar?
      Tenha juízo.

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    4. Lamento que assim pense Maria. O Simba foi tirado da rua, onde estava destinado à morte certa, com uma pneumonia. Nessa altura já tinha uma gata que infelizmente veio a falecer por doença, e que eu fui adoptar à União Zoófila, já adulta. A qualquer momento posso trazer o Simba de volta para minha casa. Agora se para si é essa a definição de abandono, imagino o que será para si alguém que deixa o seu animal à beira da estrada...

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    5. Não tenho dúvidas de que o animal está a ser bem tratado, mas neste país à beira mar plantado ainda existe o medo das palavras, de chamar as coisas pelo nome. Se utilizei expressões fortes? Sim, talvez na esperança de se entender o verdadeiro conteúdo da acção. Esta situação pelas suas palavras até era injustificada, o perigo de contágio era mínimo, mas mesmo assim decidiu mandá-lo para a sua mãe e algo que, acredito que até fosse temporário, tornou-se permanente (se o queria ir buscar já tinha ido, mas dá-lhe jeito que fique por lá, nem que seja por saber que estão melhor, gato e mãe, não faz mal, mas assuma-o).
      Na minha opinião, o que a Marta fez foi abandonar o gato, é mesmo esse nome, senão atente-se à definição da palavra: Abandono s.m. Ação de deixar uma coisa, uma pessoa, uma função, um lugar; Não foi isto que aconteceu? Claro que não adquire a gravidade de quem o faz à beira de uma estrada (que neste momento já é crime) e essas pessoas não podem ser consideradas pessoas, só bestas, mas o que a Marta fez, não deixa de ser um descomprometimento com o animal, um abandono psicológico (se preferir), vamos chamar os bois pelos nomes. Se é mais ou menos justificado? Será! Mas não deixa de ser o que é, aliás se perguntar a alguém que abandonou o animal na rua a resposta será mais ou menos a mesma que a da Marta, com a diferença de que não tinham familiares a quem deixar o bicho!

      Não leve isto como um ataque pessoal a si, não o é, de todo. É um assunto que me mexe com as entranhas porque é primeira causa de abandono de gatos em Portugal e continuo sem saber se será falta de informação ou de interesse! Olhe com olhos de ver, deixe a subjectividade de parte e tente fazer uma análise crítica, vai perceber o que lhe estou a tentar dizer! Já lhe deixaram aqui testemunhos de situações idênticas e que optaram por não mandar o animal para casa de um familiar. Bem sei que enquanto mãe de primeira viagem existe uma responsabilidade acrescida de querer fazer tudo bem, entendo isso tão bem (também sou mãe) e que acabamos por cair no exagero da mariquice, queremos criá-los numa redoma de vidro, mas comer pêlos, pó, areia da praia, terra e relva, faz parte e é saudável, diz que aumenta as suas resistências.

      Se quiser outro testemunho aqui vai: Sou mãe de uma menina de 1 ano, dona (tanto quanto se consegue) de dois gatos (uma recolhida da UZ e o outro fruto de uma ninhada indesejada data de morte marcada), fui massacrada pela família do meu marido para empandeirar os animais ainda nem sequer estava grávida, primeiro era a toxoplasmose, depois porque faziam mal ao bebé, depois eram os pêlos e por fim as alergias, era tão fácil ir na conversa, mas resisti a tudo, informei-me sobre as questões com os vários profissionais de saúde que nos seguem (obstetra, pediatra e veterinário) e não cedi, para cada argumento tinha resposta na ponta da língua, por cada estudo que citavam apresentava dois contrários. Assumi um compromisso quando os acolhi, são parte integrante da minha família não os mandava para lado nenhum, sabia que aumentar a família também estava nos planos pelo que antes de os trazer para casa informei-me da compatibilidade. A miúda adora-os e eles não lhe ligam nenhuma, o mais novo até foge dela. Passo toalhitas agarra-pó no chão diariamente e aspiro os tapetes ao sábado, tentando varrer-lhes o lixo a meio da semana. Não quero a minha filha numa redoma, quero que ela conviva com animais e rebole na relva e brinque muito, se comer pêlos, comeu (quando vou a casa de amigos também não sei os hábitos de limpeza mas sei que não posso dar-lhe colo a noite inteira, até porque ela não quer), se os gatos a arranharem, paciência, para a próxima não lhes puxa o rabo. Eles já lá estavam, foram a minha companhia, lamberam as minhas lágrimas quando o peso da infertilidade pesou demais, foram os meus filhotes e os 3 só têm de se adaptar à presença uns dos outros!
      Maria Anónima

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  4. "tia" do Simba4:25 da tarde

    A primeira vez que o Simba (gato da Marta) veio para minha casa foi para passar férias. Ele adorou e eu adorei.

    Gostámos tanto que repetimos a dose várias vezes, nas férias.

    De modo que, quando a Marta engravidou e me sugeriu que viesse passar mais uns tempos comigo fiquei radiante! Eu gosto de ter o Simba em minha casa, ele gosta de cá viver e tem a vantagem de estar imensas vezes com os donos e brincar com o Lucas.

    Por isso acho que o Simba pode cá ir ficando ;)

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  5. Fanatismo é uma coisa que me revolta!! Mas adiante que o tema não é este... aconteceu-me o mesmo com o nosso cão. Fomos de férias e como habitualmente ficou em casa dos meus tios. Quando regressamos o meu tio tinha-se apegado tanto a ele e aos passeios que faziam juntos que já não deixou que ele viesse connosco. Continuamos a providenciar a alimentação e as idas ao veterinário e é sempre uma festa para a princesa mais nova - que adora tudo o que mexe- quando se encontram.

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  6. Tao giro ver o Lucas com o Simba. :) O meu Rafael bem que tenta amarrar e caçar o Gil (gato) a todo custo, mas o bicho foge a sete pés. eheh

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