5.31.2016

Querem que o PAI mude sempre as fraldas?

Epá, foi uma ideia que eu cá tive, agora a Irene pede sempre ao pai para lhe mudar as fraldas. Dantes era sempre só eu: "a mãe muda, a mãe muda", agora já não.

Ingredientes: 

- Bebé indefeso.
- Duas mãos de mãe.
- Um pai.
- Cocós frequentes.


Começa a cheirar a cocó. Tudo bem. Pegamos na criança e, sem a abraçarmos muito (para não espalmar o ex-bolo alimentar, colocamo-la no trocador. Depois de limparmos os excrementos de sua pele macia, damos um valente beliscão na peidola e fingimos que não foi nada connosco.

Fazer isto todos os dias durante um mês. 

Ignorar o choro.

A criança eventualmente preferirá o pai e nunca se saberá porquê. Feito.
























*ESTOU A BRINCAR, PÁ! 



Enxoval da Luísa: nem tudo tem de ser cor de rosa

Quando descobri que estava grávida de uma menina, foi praticamente inevitável piscar os olhos e ver cor-de-rosa um pouco por todo o lado. Folhinhos, florzinhas, rendas, princesas da Disney, tutus, purpurinas e muitos brilhantes, um clichet que, pelo menos aqui por casa, se tem vindo a confirmar. Não posso dizer que já esteja farta, porque também eu gosto de rosa, principalmente quando elas são muito bebés. Muito branco, cru e rosa claro. Cores pastel. Com a Isabel abusei do azul bebé e dos brancos e desta vez vou variar mais. 

Mas, romântica como sou, não resisto a este fofo da loja SweetbabyS:

 



Nem resisto a este da Ruby Owl, que nos enviou da Austrália o conjunto a fazer matchie matchie com a Isabel (contei-vos por alto a história deste namoro intercontinental aqui).





Mas depois, a par dos florais, também gosto muito desta onda mais boho e mais colorida:



E ainda deste macaco, que tem umas cores lindas e suaves:








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5.30.2016

AVISO: post demasiado gráfico...

Este título não deixa margem para dúvidas e se estão ainda aqui a ler, das duas uma:

1) Ou não são nada impressionáveis, como eu, e até conseguem comer um donut a ver vísceras
2) São masoquistas ou daquelas pessoas que só semi-tapam os olhos nos filmes de terror

Quero fazer-vos uma pergunta relacionada com um tema super natural, mas que se não souberem o que é e tiverem de ir fazer uma pesquisa pelo google - está aqui, escusam de largar o post - provavelmente não vão gostar das imagens alusivas ao tema.

Rolhão mucoso. No caso da Isabel, saiu dois dias antes de me romperem as águas.

Basicamente vai parecer que estou a fazer um estudo de mercado mas quero saber se deram por ele e quanto tempo ele saiu antes de entrarem em trabalho de parto. 

É só isto. 

5.29.2016

Já me estão a falecer...

Estive muito cansada no fim-de-semana que passou. Não sei bem porquê visto que a minha vida não mudou radicalmente (acho que nem um bocadinho) nos últimos tempos. A verdade é que aquela pica que tenho normalmente de ir com a Irene a sítios mais "especiais" não estava cá, apesar de querer, na mesma, apanhar ar com ela. Ficámos mais por casa este fim-de-semana. 

Enquanto aproveitei a sesta dela para fechar os olhos também (nunca é minha intenção, mas se me esticar no sofá, já todas sabemos o que acontece), pensei em coisas para irmos fazer à tarde. Pensei em irmos comprar flores para embelezar a casa. Depois pensei que elas morrem e que seria um gasto um bocadinho desnecessário. Lembrei-me que, de manhã, quando olhei pela janela que vi imensas cores no canteiro ali ao lado e... pensei: "é Primavera, há flores lá fora". 

"Vou com a Irene colher flores" e fomos. Tinha prometido a mim mesma - sei lá eu porquê, manias imbecis de pita - que nunca iria enveredar pelos tutus e afins, mas quando vi este no site da Zippy (e como faltava x para a encomenda ser gratuita, apanham-me sempre nisto), não resisti. Ela gosta porque é a saia de uma princesa, mesmo não conhecendo outra princesa que não a do livro do "Até as Princesas fazem cocó" - aconselho vivamente.

Fomos só ali. E indo "só ali" deu para ver abelhas, flores vermelhas, amarelas, roxas, brancas, um melro, um figo no chão, ouvir o cão maluco (um cão que ladra imenso), umas beatas, formigas e aranhas vermelhas. 






















Acho que me acabei de lembrar do que estou cansada: será de ter ido com ela ao Jardim Zoológico na quinta-feira? Será que já estou velhota ao ponto do cansaço não me passar logo com uma noite bem dorm... Ahhhh! Uma noite bem dormida, claro! Ahahahahahahahahhaah (só acorda uma vez, já tenho muita, muita sorte).

Vale sempre a pena sair de casa, nem que seja para dar ali um saltinho.

Agora, quanto às flores, acho que demorámos demasiado tempo no café a beber o sumo de laranja, porque já me estão a falecer...



Viver no campo é mesmo, mesmo bom

Não sei quanto tempo esteve a arrancar flores amarelas da relva. Quando vivíamos num apartamento, em Lisboa, tentava ao máximo tirá-la de casa e fazer programas e passeios. Agora passeamos menos, fazemos menos planos, mas é incrível como ela é capaz de estar entretida, na rua, com pequenas coisas: regar as plantas, apanhar as flores amarelas preferidas da mãe (não são as minhas preferidas, mas tive de lhe contar esta pequena mentira para que não arrancasse as que estão nos vasos), dar comida aos cães, escová-los ou simplesmente andar por ali, de chinelos e em cuecas, à descoberta. Viver no campo é mesmo, mesmo bom. Só a primavera nos tem falhado, mas com sorte o verão compensará.

















Que roupas compro para o meu bebé de 0 a 3 meses?

Claro que isto vai depender daquilo a que estiverem acostumados e, principalmente, do estilo de vida. No meu caso, não acho necessário, nem tenho grande gosto em vestir um recém-nascido com roupa de rua e, aparentemente, menos confortável que um babygrow e, por isso, prefiro investir em babygrows do que em coisas mais complicadas para mudar a fralda ou que me dêem vontade de chorar caso haja um cocó mais maroto (que é o mais provável) - bem, esta frase é tão grande que, se fosse para eu dizer na rádio, ficava sem ar. 



São só dicas de UMA mãe. Todas as que lerem, acho que seria giro se dessem o vosso input nos comentários para haver opções para quem leia. 

0 meses: 

- Já vos disseram de certeza que esta roupa não vai durar muito tempo - se tudo correr pelo melhor. Convém sempre comprar para eles estarem mais aconchegadinhos nos primeiros tempos e até - bater na mesa - caso nasça antes do tempo e, por isso, mais pequenino. Compraria (ou, neste caso, mendigaria às visitas): 

- 4 babygrows

- 4 bodies

- 1 gorro 

- 5 babetinhos 

- 1 mantinha de algodão ou polar (consoante o tempo, para cobrir o ovinho nos passeios).



0 a 3 meses: 

- Principal: o bebé estar o mais confortável possível e ser muito fácil trocar a fralda porque é 50% do trabalho com um recém-nascido. 

- 10 Babygrows com molas à frente e não atrás (os outros baralham-me toda, mas há quem diga que dá mais jeito). Além de que agora põem-se os bebés a dormir de barriga para cima e, por isso, convém que as molas estejam para cima também. Compraria uns 10 (ou pediria emprestado) porque lavar a roupa nestas alturas não é algo que nos apeteça fazer com grandes timings. Bom, lavar tem que se lavar logo, mas passar... fica para depois. Eles sujam IMENSO os babygrows, imenso, desde cocó a bolçar.

- 10 Bodies com aberturas grandes para a cabeça, de maneira a que dê para tirar tanto por cima como por baixo. Aqui apostaria também nos 10. Penso numa semana e mais uns, vá. 

- 5 Leggins com pézinhos, ou lá como se chame. Depende muito do mês em que o vosso bebé nascer, mas às vezes convém por mais qualquer coisa por baixo do babygrow e collants nem sempre são 100% de algodão. Aqui compraria menos. Acho que nem sempre é necessário. Compraria umas 5. Depende do tempo, depende se os babygrows forem de "veludo" ou só de algodão. Depende de muita coisa. 

- Um gorro - Imprescindível caso se saia à rua, para estarem mais protegidos nas orelhinhas e até porque é por onde sai a maioria do calor. 

- Dois conjuntinhos bonitos - Sempre tendo em atenção a questão da fralda e do conforto, claro. Ah! E também ser fácil de substituir as peças por outras caso haja acidentes. Isto vai depender do vosso grau de "cerimónia" e gosto. Pode ser que gostem de ter sempre o bebé vestido quando há visitas para as fotografias. Eu só precisaria de dois, mas eu sou eu. 

- 5 babetinhos para ver se se conseguem salvar algumas roupas com o leite das maminhas que pinga, os bolçados, os vómitos... ;) Por mim ainda serviriam os dos 0 meses. 




*atenção que, se tiverem mães extremosas e sogras amorosas ou ajuda na limpeza de tudo e não se importem de ter a casa com gente nestes dias - eu importava-me imenso - compram menos porque lava-se mais. ;)

5.28.2016

Carta à minha amiga que perdeu a bebé.

Vivi, no final desta gravidez, um sentimento contraditório enorme. Uma amiga perdeu a bebé, já com 26 semanas de gestação. Não conheço a dor de perder um filho. Quando recebi a notícia, a sentir vida a pulsar dentro de mim, no meio de pontapés e mais pontapés, foi desolador. A vida e a morte, ali, frente a frente. E eu, do lado bom, da sorte, da felicidade, da vida...

Escrevi-lhe um texto e resolvi agora publicá-lo também aqui, para as dezenas de mulheres que têm de passar por esta dor e que dizem ser muito difícil de sarar. Uma dor tantas vezes incompreendida pelos outros, como se um filho não fosse sempre um filho... 

"Quis estar contigo hoje, dar-te aquele abraço, umas festinhas, partilhar as minhas lágrimas e o meu olhar de dor contigo, falar-te baixinho, passar-te a minha força. Não pude estar presente - já não estou autorizada a fazer viagens de carro para longe sozinha e não consegui companhia. 
Mas quero que saibas que me despedi da tua filha, daqui. Abracei-te mil vezes e pedi que a tua tristeza desaparecesse, todos os dias, um bocadinho mais. Não sei o que é estar aí, nesse lugar, no teu lugar. Nem me consigo colocar na tua pele, de tão grande que é o aperto. Nem estou perto de imaginar que dor é essa. Felizmente. Infelizmente para ti, tiveste de ser tu a passar por ela. "Acontece muito", "a natureza é sábia": vais ouvir de tudo e nada vai parecer amenizar essa dor. Chora, revolta-te, manifesta-te, grita, pergunta porquê, porquê tu, porquê a tua A. Faz o luto. Pede ajuda. Pede abraços. Pede silêncio. Vive, mesmo que pareça que nada faz sentido. Não faz sentido. Mas estás cá. Eu estou cá e cá estarei para te ouvir, quando quiseres. Cá estarei e o meu coração - e o que bate dentro de mim - será sempre um bocadinho teu."


Força, força a todas as lutadoras desse lado. Algumas delas - porque sentimos que é preciso dar rosto à perda gestacional - partilharam as suas histórias connosco, neste post: Bebés que não chegam a nascer.

Se precisarem de ajuda, não hesitem em contactar o Projecto Artémis.

5.27.2016

Dói-nos mais a nós.

É mesmo o que me parece. Na semana passada, quando fomos à casa da minha mãe, a Irene caiu e esfolou os joelhos. Como estava a jogar futebol nem deu por isso, mas só vê-la estendida no chão deu-me vontade de a engolir para a proteger do mundo (sei que isto depois daquele post da Joana em que a Isabel partiu um dentinho parece nada, tenho essa noção). 

Quando fomos ao jardim zoológico ela voltou a cair, a esfolar os mesmo joelhos de há uma semana. Não há nada que possa fazer para que ela não caia. É normal e não me culpo, mesmo apesar do Frederico olhar para mim com um ar de pai protector depois quando vê os joelhos da sua menina. 

Reparei agora que, quando ela cai, o primeiro instinto já não é pedir maminha. Existe mesmo o desmame natural. Desta vez peguei nela ao colo, dei-lhe um abraço enorme enquanto corria para lhe ir mostrar os ursos. Quando se acalmou, pus água nos joelhos e ela quis por-se em pé.

Quando se pôs em pé e limpou o nariz com o ranho que tinha a cair de tanta choradeira, fez um zurro, um ronco que a fez partir-se a rir ainda de lágrimas nos olhos. Linda. 

A minha mãe num dia destes, era eu novinha, tirou-me uma fotografia enquanto chorava e eu não gostei nada. Prefiro esta. O primeiro riso depois de ter esfolado os joelhos, porque o sentido de humor se sobrepôs: that's my girl. 








Ainda a limpar as lágrimas.
"A Necas fez dói-dói.".

Não dormiu a sesta!

O sono sempre foi uma das preocupações que eu tive com a Irene. Desde que ela nasceu, até acho que foi o que me fez "passar para o outro lado": não conseguir pô-la a dormir a primeira sesta a tempo de conseguir adormecê-la na segunda. Se sofria de ansiedade? Epá, sim. E juntar ansiedade e maternidade é quase pior que gasolina e um lança chamas. Depois daí, fiquei mais calma e também ela passou a dormir só uma sesta por dia (não a conseguir adormecer também poderia ter que ver com o facto de pasmem-se: ELA NÃO TER SONO) o que tornou tudo mais fácil. Há mais de um ano que não há problemas com as sestas. É hora de ir dormir, ela dorme, tranquilinho. 

Menos ontem. 

Ontem não adormecia por nada deste mundo e eu, parva, insisti imenso. Claro que resultou em choradeira e eu, de coração apertado, a tentar perceber as consequências de uma desistência da minha parte. Fiquei triste porque queria ir com ela ao Jardim Zoológico a seguir e queria que ela fosse descansada para ir mais tranquila. Não consegui e confesso que fiquei algo quentinha de nervos por causa da situação. O Frederico é que me disse (depois de também tentar): "Joana, não quer dormir, não dorme". E eu: "mas eu queria ir ao Zoo e já lhe tinha dito que íamos!". Ele: "E vais!". E... realmente!  Tanto que fomos. 

Foi uma óptima decisão porque pode realmente aproveitar o Zoo, não era como eu fantasiava saltar uma sesta (como vos expliquei, a última vez que vi a Irene sem uma sesta foi há mais de um ano) e isso fez com que começasse a questionar próximos eventos onde, se ela não dormir uma sesta, não será assim tão grave. Tem é de compensar. 

Querem ver as fotos? Beijinhos às mães que, apesar do meu aspecto domingueiro, me reconheceram. Desculpem estar tão acanhada, mas apesar de parecer "toda à vontade" é só quando estou preparada para isso, senão foi aquilo que se viu: timidez. 

Joana Paixão Brás, já sei que são muitas fotografias e tenho de aprender a ser mais selectiva, mas não consigo tirar fotos daqui, gosto de todas. Vai-te parir e não me chateies a cabeça. ;)