10.11.2016

Congresso Nacional do Bebé - Eu confio.

São tantos livros, tantos "especialistas", tantas reportagens, tantos grupos de facebook, tantos familiares... Às vezes parece que cada médico dita a sua sentença e assim fica difícil. Ainda para mais, a isto junta-se uma internet que sempre que pesquisamos alguma coisa dá o pior cenário possível. 

Lembro-me do primeiro livro que li e de achar que "era tudo, uma bíblia" e depois de chegar à parte em que "se chora a comer, até fica mais fácil de dar a comida por ter a boca aberta". Outro que li por curiosidade disse que o bebé que vomita num momento de alto stress como a hora de ir dormir, deve dormir com o vomitado para no dia seguinte não tornar a fazer. 

Ok, percebi eu. Tudo é informação, desde que com o devido espírito crítico. Quanto pior a fonte de informação, maior o espírito crítico.

Isto tudo para dizer que estou super feliz e confiante que esta iniciativa do Congresso Nacional do Bebé vá chegar a mais pais. Informação "a direito", sem interesses menos claros por trás, informação dada por quem se preocupa com as crianças, com os pais e em actualizar-se. 


Estou feliz por isto acontecer. Feliz por todas as consequências positivas que vão sair dali. Querem ir? 

Vai ser no dia 22 de Outubro, na Time Out e vai reunir mães, pais, bebés e profissionais de saúde. 
O Congresso vai terbons oradores, conferências, espaço para músicas e um workshop com a Constança Cordeiro Ferreira sobre equívocos de comunicação entre Pais e Bebés.

Vão ainda ser abordados diferentes temas ao longo de todo o dia, como:

·         Sono do Bebé: estratégias assentes na Ciência

·         Parto na perspectiva do bebé

·         Choro, sono, amamentação e equívocos frequentes na comunicação bebé-adulto

·         Construção do cérebro nos primeiros dois anos de vida

Acho que só têm a ganhar em ir. A sério. Bilhetes à venda aqui, por exemplo. 





Eu confio nesta malta. Mais informações aqui

5 comentários:

  1. Por acaso fiz o mesmo percurso a nível de leituras e lembro me de ter pensado o mesmo. Admito que tb li esse do vomitado ainda estava grávida e até concordei bastante com ele (shame on me) até claro ter efectivamente uma criança nos braços e todas as minhas certezas terem caído por terra. O Mario Cordeiro tem caído no meu descrédito aos poucos, mas não julgo a sua capacidade enquanto médico de doenças se é que me entendem. Depois de muitos livros lidos só estas pessoas é que fizeram sentido para mim. Adorava ir ao congresso :)

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  2. Não sei que livros do Mário cordeiro andam a ler, mas eu nunca li nada disso! Gosto muito do que já li e leio por aí e acho que é um médico de confiança (não conhecendo pessoalmente).

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  3. Só acho que o congresso é um pouco caro. Não é para o bolso de todas os papás que gostariam de assistir aos painéis.

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  4. Também li isso da boca aberta no livro do Mário Cordeiro, mas parece-me evidente que se tratava de humor. Aliás o livro está cheio de momentos desse género. Ainda por cima conhecendo-o pessoalmente percebo que tudo isso vem de uma vontade de mostrar que não pode haver fundamentalismos nesta história de educarmos/amarmos/respeitarmos os nossos filhos. Ele farta-se de dizer que cada criança é única e, nós enquanto pais, temos o privilégio de o conhecer e saber melhor que ninguém distinguir as suas necessidades, birras e amuos.
    Não quero dizer com isto que ele seja um guru que se deve seguir à risca e isso de chamarem Bíblia ao livro dele é mais sintomático de quem o lê do que de quem o escreveu. Ele aponta alguns caminhos possíveis dentro da generalização que é possível fazer.
    Eu, de facto, não conheço os profissionais que vão falar ao congresso nem nunca li nada deles. Mas desacreditar uns para elogio dos outros... até porque informar "a direito" e custar 45€. Enfim, isto tudo para dizer que para promover o congresso não teria sido necessário toda a introdução com afirmações mais ou menos indirectas a outros profissionais.

    Marta

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  5. Muita razão aqui "Não quero dizer com isto que ele seja um guru que se deve seguir à risca e isso de chamarem Bíblia ao livro dele é mais sintomático de quem o lê do que de quem o escreveu.". Acho que acertou mesmo no ponto. (In)felizmente há muitas mães que vão à procura de ter aquela confiança extra neste momento tão importante em pessoas aparentemente credíveis (médicos, especialistas, etc). Neste caso, acho que se deve ter cuidado com os momentos de humor e eu até sou humorista, mas acho que há espaços para tal (além de não ter tido graça ;)). Porém, nada contra. Apenas disse que "sintomaticamente" estava a aceitar tudo como verdade (era um médico conhecido, ela um livro grande, o "GRANDE LIVRO") e só quando cheguei a essa parte é que me apercebi que não conhecia aquela pessoa de lado nenhum e que há muita coisa ali que mesmo sendo um médico a opinar, que a opinião não passa de mais uma pessoa (com experiência por ter filhos e netos e tal), mas é uma pessoa a falar de coisas não médicas. Fez com que tivesse espírito crítico. como disse. Não desacreditei, nem falei quem seria. Apenas disse que foi o meu percurso e para ter mais cuidado com o que leio ou, como disse e bem, como leio :) Beijinhos.

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