10.13.2016

Olha nós!

"Olha nós!", diz-me a minha filha, com a maior das felicidades, a olhar para as nossas fotografias. Mas logo depois pergunta: "E a mana? Não está?" (estava a dormir no carrinho enquanto o pai nos tirava estas fotografias).

Quando chegámos de fim-de-semana, pediu-nos para voltarmos para a "casa das férias". Ela já começa a perceber como funcionam as semanas, já sabe que há dias de descanso, dias em que estamos todos juntinhos, em que o pai não vai trabalhar para longe, em que não há escola. Não que faça drama algum quando há escola, antes pelo contrário, adora. Mas agora, quando sabe que vamos "paxiar" fica em êxtase. "Os catro! Todos!"

Sim, filha, os quatro. A maravilha de sermos quatro em tão pouco tempo é saber que na cabeça dela não haverá outro número. É esta a família dela e sempre foi. Aliás, quando vê fotografias dela em bebé diz logo que é a Luísa. A Luísa fará sempre parte do passado dela, mesmo não tendo lá estado sempre. Que, no fundo, é um bocadinho o que eu sinto em relação à minha vida: quando penso no meu passado, estabeleço sempre uma relação com as minhas filhas, um traço, uma comparação, e acabo por ficar com a sensação de que já as carrego comigo há anos e anos, como se não houvesse um antes. É demasiado estranho sentir isto?



















Para quem precisar de ideias para escapadinhas, passámos um fim-de-semana tranquilo, num quarto enorme (mesmo, mesmo grande), com pequenos-almoços maravilhosos, jantar muito bom e um cheiro óptimo a flores no jardim no Hotel Rural Quinta do Marco. Aconselho!


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5 comentários:

  1. Engraçado, tenho exactamente esse sensação em relação ao passado. Parece que não houve vida antes dos filhos (quer dizer, eu sei que houve e foi muito bom) mas os filhos absorvem de tal forma os nossos dias e a nossa vida que esquecemos que houve um antes!

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  2. Eu sei que houve outra vida, mas quando me lembro é quase como se me lembrasse da vida de outra pessoa. Mas "pior" ainda é não conseguir imaginar a minha vida sem o meu filho, mas assim pequeno, que imagina-lo homem de barba (ou adolescente parvalhao antes disso), tb não dá! :)

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  3. Flavia Rosado9:46 da tarde

    Também sinto isso é como se a Sofia estivesse comigo em todas as memórias do passado é incrível como o amor de mãe se estende tanto... beijinhos grandes a todos

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  4. Estiveste na minha terra 😊 ainda bem que gostaram. Esse espaço é maravilhoso. Essa noção de serem sempre 4 não prevalece cá em casa. A minha filha tem 3 anos e tem bem definida a noção de que teve um irmão pois aqueles 3 dias sem a mãe marcaram-na. Mas é extremamente pacífico para ela o conceito de dividir os pais com o mano. Não houve aquela divisão de agora faço eu agora fazes tu. Ora sou eu, ora é o pai. Eles são uma extensão de nós daí a intemporalidade com que sentimos os filhos como presentes mesmo no passado.

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