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9.07.2016

Esta é a verdade sobre mim. Verdadinha.

Estou mesmo MUUUUUUUUUUUUUITO contente que a Irene tenha ido para a escola. Agora sim, o dia dela está repleto de coisas à medida dela e onde ela pode brincar com os amigos. Apercebo-me do peso que carregava diariamente de chegar a casa e de sentir que tinha de a ir entreter, passear, estimular, etc. Que maravilha. 

Também por outro motivo: fico sozinha de manhã!

O Frederico vai pô-la de manhã e, por isso, fico em casa a arranjar-me sozinha. Não me lembro da última vez que tive assim um tempo para mim sozinha em casa - não sentia necessidade disso, também não procurei - mas está a saber-me tão, mas tão bem. Por acaso, quando a Irene estava em casa e eu estava a arranjar-me, não me "chateava muito" porque ficava na sala, mas é outra coisa sentir a casa vazia. Só eu, os gatos e o robot aspirador a dar-me um jeito à cozinha (ahah). 

A verdade sobre mim? Sou uma pita insuportável. O que fiz logo assim que eles sairam de casa? Pus uma playlist para me sentir toda pumped up e gangsta (que, afinal, é aquilo que eu ainda gosto). E qual é aqui a playlist da menina? Acho que se nota aqui um pequeno fanatismo, eu sei. É que para me sentir sensualona e perigosa (hahahaha não paro de me rir) acho que é mesmo isto que bate certo: 







Esta última é um guilty pleasure só que sem ser nada guilty. Pronto e lá estou eu quase com 30 anos a fazer videoclips, de cuecas, com estas mamas amamentadeiras quase a darem-me chapadinhas na cara, as nádegas pouco tonificadas a continuarem a abanar 30 segundos depois de eu ter parado de o fazer, a lingerie um pouco abaixo do tamanho que seria desejável, um soutien meio russo (não é por ser da Rússia, espero que conheçam a expressão) e duas bolhas enormes nos pés porque ontem decidi ser optimista (ou estúpida, neste caso) e andar com umas sandálias de plástico (acho que se chamam aranhas) do Jumbo o dia inteiro. 

Pareceu que estava numa daquelas igrejas baptistas gospel, mas sozinha e despid.... bem, acho que afinal não tem nada que ver. 

Aconselho vivamente. 

Assinado, a pita sensualona e perigosa. 

9.01.2016

Habemus cacum!

Ai que maravilha! Ai que maravilha!

Só quando as coisas "passam" ou começam a acontecer é que me apercebo da pressão que tinha em cima dos ombros. O meu lado mais "tradicional" cedia às bocas alheias (e até à minha própria auto-crítica) da Irene ja dever estar sem fralda (que parvoíce, como se houvesse timings assim) e o meu lado mais informado, mais polidinho, mais seguro e mais crescido dizia "há tempo para tudo, ela dará sinais de que está pronta". 

Como vos contei aqui, associei (sem querer, era só para ela não se assustar quando acontecesse) o início da escola ao desfralde e ela usou a sanita e o penico (há imensa gente a odiar esta palavra, não fazia ideia, eheh) pela primeira vez e voluntariamente. 


Claro que já tinha sugerido algumas vezes cá em casa, já a tinha convidado, já lhe tinha explicado, etc.  Sempre disse que não. Porém, nunca a tinha posto numa prova de fogo, do género "agora estás nua e não podes fazer xixi no chão". Tenho ouvido e lido muitas histórias de desfraldes menos porreiros pelas crianças se sentirem mais pressionadas a não falhar, etc. 

Acredito - grande moral para uma mãe que ainda só viu um cocó na sanita e foi hoje - que tal como todas as outras aptidões, se insistirmos nelas antes deles estarem fisicamente ou psicologicamente preparados que poderemos estar a acentuar frustrações ou mesmo a remar no sentido oposto àquilo que seria desejável que será acompanhar a curiosidade dos bebés em se comportarem como nós ou quando a "necessidade não sei quê o engenho". 

Reparamos e estamos a ter cuidado com o reforço positivo com o cocó na sanita. Não queremos que ela queira fazer cocó quando não tem ou que quando já tenha acabado que faça força para sair mais. Tento por o enfoque dos feitos nela para que ela não tente fazer coisas para nos agradar, mas para cumprir (juro que não me estou a lembrar da palavra em português, não é para me armar em fina) milestones dela, próprias do crescimento. "Amanhã há mais" - disse ela depois do cocó antes de dormir. 

Começamos duas enormes fases ao mesmo tempo - contra tudo o que eu antes acharia desejável porque sempre me disseram para não fazer duas mudanças ao mesmo tempo (escola e desfralde), mas está tudo tranquilo e sinto-a bem. E é isso que importa, não é? 

Não há pressa. 

Amanhã se calhar nem quer ir à sanita e sabem o que vos digo? #caguei ;)


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O primeiro dia de creche da Irene.

Ontem não consegui adormecer. Não por estar pessimista, mas por estar ansiosa de saber como vai correr. Por, no fundo, achar que devia estar ansiosa passei a estar, foi estúpido. O dia começou bem: a Irene acordou super bem disposta e quando soube que ia para a escola também se quis despachar. "A Necas vai ter com os amigos, dançar, fazer desenhos, fazer cocó na sanita e depois diz 'Rosa já 'tá". 

Só depois me apercebi que com a história de a preparar para a creche -  de maneira que ela compreendesse que os pais iam trabalhar, mas que voltavam sempre - também associei a ela o momento do início do desfralde. Já vos conto mais. 

Fomos no carro, sempre entusiasmados com esta nova fase. Quando chegámos à escola, a Irene estava louca para entrar numa das salas dos vários meninos. E assim foi: entrou e não parou de brincar, foi lindo de se ver. 

Perguntei à educadora se deveria despedir-me ou se deveria ir embora de fininho (uma longa discussão entre mim e o Frederico já muito antiga) e ela disse para nós irmos embora, para a pouparmos à angústia da despedida. Confiando na experiência de muitos anos da doce educadora, contrariei o meu instinto. Mal sabia eu que era isso que me ia deixar muito mais nervosa. 

Não me despedir dela fez com que ela e eu não tivéssemos acabado uma conversa importante. É como se a tivessem arrancado a meio de uma mamada do meu colo, da minha mama. Não me despedi porquê se ia contra os meus instintos? Tinha medo de estar a ser egoísta. Estaria preocupada mais comigo ou com ela? "Mais vale confiar em quem sabe o que está a fazer". 

Lá fui. Pagar umas coisas à secretaria e tal. Até que vem a leitora do blog (minha amigalhona) e que me salvou a vida: "Acabei de ver a Irene e ela está óptima a brincar!". 

Desatei a chorar. Era mesmo isso que queria ouvir. Não sabia como é que ela tinha ficado depois de eu sair, sem lhe dizer que ia embora e que gostava dela. Afinal, ficou bem. 

Fomos fazer tempo para ali. Meio desnorteados, mas também a aproveitar para fazer umas compras desnecessárias. 

Liguei quando tinha combinado ligar com a educadora (ok, uma vez extra) e combinei com o Frederico que só a iríamos buscar se ela apresentasse sinais de querer vir embora. Não apresentou. Perguntou duas vezes por mim, mas "a mãe está a trabalhar". 

Comeu uma banana, fez cocó na sanita (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!), fez xixi no bacio (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!), dormiu a sesta e, muito engraçado, ajudou a educadora a sossegar os outros miúdos. Quando ela dizia "Francisco, vá... xiuuu", a Irene também recomendava ao Francisco que obedecesse e que descansasse. Quando falei ao telefone com a Rosa, disse que, para a adormecer, poderia abanar-lhe o rabo. A Rosa tentou, mas a Necas disse "para com isso!", virou-se para o lado e adormeceu sozinha (!!!!!!!!!!!!!!!!). Tive de confirmar várias vezes ao telefone se estariam a falar da minha filha, porque estava irreconhecível. 

Almoçou com ajuda da educadora, mas comeu bem e brincou muito. Não ignorou os outros miúdos, mas também não foi extremamente sociável. Se bem a conheço deve ter preferido ainda a companhia da educadora por estar ainda mais habituada a lidar com adultos, mas isso vai mudar. 

Ficou um dia inteiro na creche. Quando nos viu não estava à espera, ficou abananada e pediu logo maminha. Protelei até casa e já celebramos. 

Em vez de dizer que estava orgulhosa dela, disse-lhe que ela devia estar orgulhosa de si!

E está. 


PS - Não sou parva, sei que o segundo dia pode ser um terror ou, então, para a semana, quando se aperceber de que vai ser uma rotina é que vão ser elas. Para primeiro dia foi fabuloso e foi muito especial para todos. Estou feliz e ela também e o pai nem se fala.

Como correu o "vosso" primeiro dia? 

Mochila - Agu Agu

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8.25.2016

A Irene vai pela primeira vez à creche na quinta-feira.

Tenho perfeita consciência de que estou numa situação muito mais fácil que a maior parte de vocês. Penso sempre no exemplo da Joana Paixão Brás que foi obrigada a ir trabalhar ainda tinha a Isabelinha 3 meses - que desumano, que falta de direitos incrível! A Joana falará sobre isso, mas acho que ela pairou por essa dificuldade sem se afundar, entrou em modo de sobrevivência, porque "tinha que ser". 

A minha história é muito diferente. Aliás, foi uma das coisas que também me fez sentir confortável em ter "já" a Irene: o pai é freelancer e poderia ficar com ela até ela ter uma idade em que ficássemos ambos mais confortáveis que ela fosse para a creche. Acabei por tirar um ano sem vencimento da rádio e fiquei um ano e meio com ela em casa. O pai ficou, faz esta quarta-feira, praticamente um ano. com ela desde as 9 da manhã até à hora do lanche. 

Ela vai aos dois anos e meio para a creche. Poderia ir mais tarde, mas a verdade é que noto que a Irene vai beneficiar e muito de ter alguém constantemente interessada na sua aprendizagem e desenvolvimento, além de já notar nela uma vontade de socialização e de consciência do outro. Não apenas numa de "olha um bebé, mãe", mas está a aprender regras e limites, a aprender a lidar com as pessoas, com o mundo. 

Estou muito feliz. Sei que os meus problemas são "não problemas" porque, mais uma vez, tenho consciência do quanto tantas vocês têm de largar filhos em berçários e de ir trabalhar a seguir. Para umas é libertador e pacífico, para outras é de uma agressividade extrema, como se lhes estivessem a dar pontapés no coração. Lamento que tenhamos que passar por isto. Lamento que não haja mais empresas que tenham condições para podermos levar as nossas crianças para o trabalho e para podermos continuar a fazer parte do dia delas como quando estamos em casa ou parecido. Lamento, lamento, lamento. 

Prometo que se um dia for dona de alguma coisa ou patroa de alguém que tentarei facilitar tudo no que puder até porque sei que uma mulher e mãe equilibrada é melhor do que alguém desfeito em frente a um computador (ou o que for). 



Sinto-me em paz com a ida para a creche. Estou feliz por ela estar afastada do iPad. Agora, enquanto estiver no trabalho, sei que está a sentir-se incluída num grupo que terá os mesmos gostos e que andará a fazer experiências novas todos os dias com os novos amigos e com a professora. Creio que a culpa de ter que a passear sempre que chegava a casa do trabalho vai acabar. Ela vai ter dias variados e repletos de novidades. É isto que quero para ela. Menos um peso para mim, mais felicidade para ela. 

O pai diz que ela não vai chorar quando formos embora. Eu acho que é provável que sim mas que, mesmo que chore, sabe que voltamos. É a sorte dela já ir "crescida" e a falar. Já lhe expliquei que a vamos deixar na escola e que depois "vamos trabalhar" e que depois da sesta a iríamos buscar. Ela parece entusiasmada. Também já lhe expliquei que será outra pessoa a mudar-lhe a fralda, que irá um dia experimentar a sanita como os amigos, que vai comer sozinha... Ela parece-me feliz com a ideia!

Que privilégio poder explicar-lhe que eu depois volto. Lembro-me do meu regresso ao trabalho ao final do tal ano e meio em que me ia embora e ela chorava muito. Porém, parava minutos depois, envia-me o Frederico numa mensagem. Choram porque não querem que nos ausentemos, mas não porque não querem ficar no sítio onde estão.

Sonho com o dia em que a Irene chore porque não quer sair da escola. É isso que pretendo. É esse o meu objectivo. 

Uma curiosidade engraçada? Uma leitora do blogue tem-me ajudado muito a tirar monstros da cabeça. Quando fui à reunião com a educadora, ela estava a ir buscar a filha e reconheceu-me. Já tenho uma bff na creche que muito irei estimar e que, além disso, tem uma filha muuuito querida e que irá fazer as delícias da Irene. 

A Irene já me pode contar tudo o que fizer na creche. Acho que isso também contribui para que eu ande a conseguir dormir, apesar de já ter tido um pesadelo ou outro em que obviamente é o meu cérebro a processar esta "separação". 

Para vocês, mães, que estão tão assustadas que nem conseguem ver uma maneira das coisas correrem bem... Não consigo dizer-vos nada que vos ajude. Só que imensas já passaram por isso e ainda cá estão e que estão bem agora. Adorava poder abraçar-vos uma a uma porque... as mães também precisam de colo...

Força!

7.19.2016

Já conheci a educadora da Irene...

Estas fotografias não foram do dia em que fomos à escola ter a conversa inicial com a educadora da Irene, mas a fingir que sim. Ela é bonita todos os dias, a diferença é que não levei a máquina nesse dia. ;)

Fomos, finalmente, à reunião com a educadora da Irene. Já tinha gostado dela ao telefone - andava com medo de implicar com a moça - e também gostei dela ao vivo. Tem uns olhos azuis clarinhos e meigos, claramente que adora crianças e de cuidar delas (não tem aquela histeria, mas a calma de uma mãe experiente). É naturalmente curiosa e interessada. E passou-me a ideia de que estará sempre disponível para falarmos seja do que for.

Também me pareceu estar super animada com o facto de eu me ter disponibilizado para actividades na escola e também para ajudar nas festas - sim, sou desse género, pelos vistos. 

Ficou impressionada pela Irene já falar tanto, creio que ficou um pouco atarantada com o facto da Irene não ter boneco de "consolo" nem "chucha"... Isso teria de ser ela a dizer. 

Infelizmente, a Irene esteve a fazer birra praticamente toda a reunião - a educadora bem disse que iria ser uma seca para a Irene ir connosco - porque achou que a escola era um hospital (e o episódio ainda está muito vivo na memória dela). 

Depois, quando formos ver as crianças, quis ficar e pediu "mais escola" quando entrou no carro. Vamos tentar fazer a adaptação numa semana, mas já que pus duas semanas de férias (dos 25 dias úteis a que tenho direito por ano), se houver algum problema, poderemos estar mais à vontade e fazer tudo mais devagarinho.

Pelo facto dela estar a entrar para a sala dos dois anos, acho que só vai entrar mais uma menina nova além dela e, por isso, a educadora descansou-nos a dizer que seria mais fácil para ela dar atenção à Irene e dar-lhe colo. 

Deixa-me ligeiramente pensativa o facto dela falar muito e de talvez vir a sentir-se frustrada por não conseguir fazer-se entender com os amigos, mas a educadora diz que tudo se equilibra. 

Preocupação de mãe, não é? Ela vai ter 2 anos e meio... será melhor ir para a sala dos dois... ou dos três? 

Vão comer dois iogurtes com aromas durante a semana, cornflakes no dia dos cereais... Estou a aprender a não controlar tudo, a ver como corre. Em casa não comeria nem uma coisa nem outra. Ainda estou a definir que tipo de mãe quero ser e que tipo de relação quero ter com a escola, etc. Tudo aos poucos, devagarinho. 

Sei que vai correr tudo bem. Comece mais cedo ou mais tarde, vai correr tudo bem. Acima de tudo estou muito feliz por ela, por ir ter alguém dedicado a estimulá-la, a ensinar coisas mais artísticas... a conviver com miúdos. Parece-me o timing perfeito. 

Custou-me ter que passar as informações das convulsões da Irene e ela ter que ter "tratamento especial", mas é a vida. ;) 











Vestido - Zara


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11.18.2015

Isto não pode ser verdade!

A sério que isto está num livro do segundo ano?


A sério? A sério?

Estou incrédula. É assim que educamos para a tolerância e para a igualdade? Não haverá outras maneiras de ensinar os opostos? 

O filho da minha amiga estava até com dificuldade em resolver o exercício. Do alto dos seus 7 anos, o Tiago estava reticente em dizer que a rapariga era gorda. No outro exemplo, o rapaz era tão magro que tomava banho nos carris do eléctrico quando lavavam a rua. Really?

Se aos adultos, cursados, pedagogos, especializados em fazer manuais escolares e livros de exercícios para as crianças, não lhes cai a moeda... não nos surpreendamos que, depois no recreio, a rapariga gorda e o rapaz magro sejam gozados!... Não nos espantemos que estes estereótipos sejam perpetuados, que o bullying seja aceso... Mais consciência e responsabilidade, precisa-se!


Adenda ao post: Algumas pessoas vieram falar-me entretanto da história "O rapaz magro e a rapariga gorda", de Luísa Ducla Soares (do livro Tudo ao Contrário). Se o exercício estiver, de facto, contextualizado, com a história completa e com algum fundo de moral (não vejo nada de positivo neste exercício), ainda sou pessoa para dar a mão à palmatória.