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2.06.2017

Amor a três.

Abençoada tarde em que tive a brilhante ideia de ir passar uma noite aquele hotel pelo qual passamos algumas vezes de carro quando ainda não éramos pais. É verdade que, quando somos pais, não temos de deixar de ser um casal, mas isto iria saber-nos melhor com a Irene. Aliás, a nossa principal motivação foi essa: a Irene adora pequenos-almoços fora (a quem terá saído?) e está cheia de saudades de piscina. Fomos ao Senhora da Guia Cascais Boutique Hotel (***** - isto não é uma asneira, é o número de estrelas do "bicho" para me armar ao pingarelho) e foi tão perfeito quanto parece nas fotos, foi mesmo este o feeling. Já viram bem o ambiente do sítio? As fotos que dá? Imaginem-se a passar lá uns diazinhos no Verão... O que senti foi que tinha um tio muito rico (nope, não tenho) e que ele me tinha emprestado a casa dele para passar umas férias porque ele foi de jacto privado para uma ilha qualquer (dele, claro). Vou-vos mostrando o "fim-de-semana" (foi só de sábado para domingo) aos poucos porque estou louca com as fotos do LoveLab (obrigada, Joana) e não estou a conseguir dosear isto, pode ser? Ainda por cima fiz grandes compras nos saldos da Zara e já renderam nesta sessão, estou toda orgulhosa, ahah. 

Depois do check-in feito, lá fomos nós a caminhar até ao quarto naquele momento de sol que houve só para nós.  São ou não são boas compras na Zara? Ah pois é. Toda instagramer e blogger! 

Claro, o cenário perfeito para casamentos e baptizados, mas depois falo-vos mais disso. Só não baptizo lá a Irene porque não faz parte dos meus planos, mas Joana Paixão Brás, se calhar dá para baptizares lá as tuas 52 filhas para o ano. :)

Tivemos direito a suite e a esta recepção. Tive de me conter muito para não encher a boca toda de pastéis e morangos, mas o facto de estar lá a Joana a fotografar ajudou-me. Não queria ficar com dentinhos castanhos. 

Queríamos ir lá para fora celebrar este magnífico fim-de-semana a três (estou a falar da Irene, não da Joana que depois foi para casa ter com a sua família, ahah), mas a Irene teve de fazer uma chamada.

Foi um beijo pedido, é verdade, mas acho que se nota o carinho na mesma. Ela é a minha filha preferida :)

Abrimos a garrafa (abriu o Frederico que aquilo a mim parece-me mais complexo que mudar um pneu) e eu achei por bem parecer uma bicicleta antes de estar apoiada no descanso com aquele pézinho no ar. Adorei este momento. Daqueles em que nos apercebemos que temos tudo (só falseei que bebi, não foi por isso que me senti histérica de felicidade). Adoro a Irene a quebrar o momento "casório" da foto. Abençoada criança, extremamente oportuna como sua mãe.

Fui lá dentro saltar um pouco na cama gigante do quarto (mostro-vos depois) e, quando voltei, o pior já tinha acontecido. Irene,  estrafegada pela sua mãe demasiado presente (adoro as nossas haters),  decidiu afogar as suas mágoas no champanhe. 

Ah, afinal não! Parecia, só! Afinal de contas tem três anos e se calhar nunca bebeu por um copo! Custou-me deixá-la escolher os sapatos, confesso. Ainda lhe disse que os senhores do hotel só queriam meninas de carneiras, mas depois achei "qual é o ponto disto tudo se ela não puder vestir o que lhe apetecer?" (desde que o armário não seja 88% Ale Hop).

No próximo post vou mostrar-vos "os exteriores" (não consigo mesmo não mostrar quase todas as fotografias). Só para vos dar um "cheirinho": 

É, não é? Aquela posição de barriga para baixo com as pernas ligeiramente abertas para o sol não deixar de beijar todas as partes do nosso corpo e não ficarmos com um aspecto esquisito. Ouvi dizer que os cocktails no verão no bar da piscina são espectaculares... bebi um suminho de morango ao jantar que "Jasus"...

Coisinhas giras que podem ter gostado: 


Fotógrafa - LoveLab

Roupa da Irene - Zara (dada pela avó Sílvia - obrigada, mãe)

Roupa da Mãe - Zara (dada pelo meu cartãozinho)

Roupa do Pai - Ahmm... Sacoor e New Balance


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2.23.2016

Coisas que uma mãe feliz faz.

Já estive do outro lado, do lado infeliz, do lado cansado... ao mesmo tempo que, por uns minutos, tinha laivos do lado feliz da maternidade. Esta mudança deveu-se muito a dormir melhor (já vos falei disso aqui e aqui), mas também a tratar da minha ansiedade (aqui) e a voltar a trabalhar (aqui). 

Já chega de links, caramba. 

Mais fotos aqui


Coisas que noto em mim, agora que está tudo mais calmo: 
(não sei quanto tempo durará, mas sei que não será assim sempre e para sempre)

  • Quando a Irene me chama de manhã para acordar, vou cheia de vontade de a ver e entro no quarto com alegria e a brincar com ela e cheia de vontade de a mimar. - Dantes entrava triste, cabisbaixa, sem lhe passar alegria nenhuma por estar tão cansada e até zangada por ter sido acordada. 
  • Consigo arranjar estratégias mais criativas para contornar problemas temperamentais. Dantes, assim que ela me dissesse que não queria trocar a fralda (assim que acorda), ficava logo enervada. Agora, brinco e lá se muda a fralda até de uma maneira divertida. 
  • Tenho mais vontade de a integrar nas minhas tarefas. Em vez de a privar de ver a mãe a cozinhar (como se  eu cozinhasse) ou a maquilhar-se, tenho vontade de lhe mostrar o que são batons, as cores, etc. Dantes ela ficaria excluída e dir-lhe-ia só "isto é dos crescidos". 
  • Preparo-lhe os lanchinhos (e para mim também). Ontem lavei e cortei os morangos todos para, sempre que ela quiser, ser só servir. 
  • Presto mais atenção aos detalhes dela. Às vezes ela anda com as unhas mais tortas ou com o cabelo menos penteado ou, quando vamos à rua, visto-lhe a primeira coisa que me aparece à frente. Agora, até as unhas limei, tive finalmente paciência para inventar uma brincadeira para lhe conseguir secar o cabelo, ponho-lhe creminho da cara na cara, faço-lhe massagens nos pés depois do banho e escolho com imenso gosto e carinho a roupa que ela vai usar (se depois resulta, isso é outra coisa). 
  • Menos ipad e mais livros. Estou mais disponível para lhe dar de comer e para lhe contar histórias e ler coisas que impliquem paciência e não a despacho para o ipad. 
  • Mais dança! Mais vontade de por música a tocar, inventar coreografias, mais actividade física. 
  • Mais gosto em adormecê-la. Adormecê-la deixou de ser uma tortura e passou a ser um momento maravilhoso em que contemplo e saboreio e depois sinto um prazer enorme em que ela se "entregue ao sono" por se sentir protegida pela mãe que está ali ao lado dela. 
  • Mais carinho físico. Acaricio-a mais vezes, dou-lhe mais mimos, olho mais para ela, sorrimos mais juntas. Há mais silêncio. 
  • Maior vontade de fazer planos diferentes. Principalmente agora que o tempo não tem estado grande espingarda, apetece-me ensiná-la a descascar a banana para os bolos, a mexer nos ovos cozidos, a experimentar aulas de natação (ainda tenho de ir ver disto).
  • Vejo-a mais como ela é e o crescimento dela. O tempo abranda um bocadinho e consigo vê-la a crescer, que qualidades tem, como será a personalidade dela...
Isto tudo para vos dizer: se tiverem algo que vos esteja a impedir de serem felizes, resolvam! Ajam! Cada dia que passa é mais um que poderia ter sido muito mais fabuloso. E o bom disto é que, assim que descubramos como é bom quando as coisas correm assim, não queremos outra coisa e facilmente voltamos ao nosso equilíbrio. 

Assim, sim! ;)

2.19.2016

VOLTEI A DORMIR, CARAMBA!!! Parte 2!

Continuação deste post que era suposto só ter sido lido hoje de manhã, mas algumas de vocês não resistiram e vieram cuscar mais cedo, outras vieram pelo facebook do Centro do Bebé

Também era para publicar este post mais cedo hoje à noite mas vocês, mais do que ninguém, compreendem que os horários à noite podem sair um pouco furados, não é? É. 

Estava a explicar como conheci a Constança em pessoa e o que senti naquele dia em que me deu vontade de vomitar o coração para fora e deixá-lo em cima da secretária. Controlei-me mediocremente.

Já vos disse isto, mas já antes tinha falado com uma especialista do sono (que muito adoro e que muito me ajudou), mas que a primeira hipótese era de fazer o desmame nocturno (algo que sempre fui radicalmente contra, menos naqueles momentos de exaustão extrema em que tudo parece uma hipótese, até lhe dar um pontapé nos rins). Segui o meu instinto e prossegui. Vamo-nos adaptando (mais ou menos) a isto de não dormir. O cinzento começa a ser uma cor que nos segue para todo o lado e, às tantas, até já conseguimos duplicar as pequenas mini-forças que ainda temos em nós. Tudo é, porém, 10 vezes mais custoso e 10 vezes menos divertido. Estou convosco.

A Constança perguntou-me pelos hábitos da Irene e eu lá lhe disse. Eu sempre fui muito rígida nisto do sono porque fazia tudo o que estava ao meu alcance para ter a esperança de que pelo menos naquela noite conseguiria dormir mais do que 3 horas seguidas. Raramente. Uma das coisas que a Constança disse foi "se vires que ela tem sono, mesmo fora da hora da sesta, deixa-a cochilar... no teu colo, um bocadinho no sofá, se ela tem sono é porque está cansada". Fazer um sono curtinho de 30 minutinhos pode ser óptimo para eles e eu sempre a privei disso com os meus horários tão rígidos. Ainda hoje tenho imensa dificuldade porque não gosta que ela durma àquela hora e depois não saber quando é que ela vai adormecer outra vez, mas senti-me livre por saber que escutar a Irene e não as "teorias" não era algo imbecil, antes pelo contrário. Sinto que, aos poucos, "os livros" estão a passar a ser eu e ela, o nosso "nós". 

Outra coisa que ela me disse e que me fez todo o sentido foi que os bebés precisam de processar a informação que retiveram durante o dia antes de adormecer. Se tiver sido um dia muito mexido, aquela energia toda que eles têm antes de adormecer é óptima para o cérebro mastigar informação e quanto mais mastigada for, menos acordam durante a noite porque mais descansados dormem. Atenção que a Irene tem praticamente 2 anos, não sei se isto se aplica a bebés muito mais novos.

Isto fez com que eu passasse a não estar impaciente por ela andar aos saltinhos em cima da cama e aos gritinhos e a cantar e a bater palmas. Vi isso como um momento útil para um dormir mais tranquilo. Já não me enervou. Fez-me pensar também no meu erro mais comum nisto da maternidade que é não ver a Irene como uma pessoa. Ela é uma pessoa. Quantas vezes vamos para a cama e nos custa a adormecer logo? Porque é que exigimos isso dos nossos filhos? 

Ela tem que deitar fora aquela energia toda. Adormecer num ambiente calmo. Lembrei-me daquelas noites em que adormecemos depois de uma conversa mais séria ou até de uma discussão acesa e que, durante a noite, simplesmente sentimos que não descansamos ou acordamos com a sensação que nem dormirmos. Sinto que o nosso papel (e disse-me também a Constança) é garantir que eles têm as condições ideias para se sentirem amados, seguros, calmos e tranquilos e não sermos fonte de pressão e de energia negativa por eles não serem robôs. "Irene, são horas de dormir!!! Dorme!!". É só parvo. 

Recomendou-me que depois do jantar fossemos logo para o quarto para a cabeça não viajar muito mais depois da "calma" que o jantar traz. Vamos logo. 19h40 estamos no quarto e, durante sensivelmente meia hora, ainda de luz acesa, dou-lhe todos os miminhos do mundo (ou, mais no caso da Irene - igual à mãe - faço de público para as palhaçadas dela) incluindo festinhas no cabelo, beijinhos no corpo todo, maminha, muita maminha, por-lhe as mãozinhas dentro das minhas enquanto sopro lá para dentro para fazer quentinho (chamamos-lhe "o forninho"). Não sei se para vocês é fácil imaginar, mas ela tem um colchão de adulto no chão e eu deito-me com ela. Depois dessa meia hora em que, em princípio, estamos as duas calmas (pode não ser meia hora, atenção, não sejam chatas como eu), quando ela estiver mais molinha, desligo a luz e tento só dar-lhe os miminhos mínimos necessários.

A Constança disse que o primeiro acordar da noite costuma ser uma réplica do momento do adormecimento, por isso, quantos menos apetrechos ou técnicas utilizarmos para os fazer adormecer (colo, festinhas no rabo, canções, etc), mais suave será o primeiro acordar pois não acordarão à procura das condições que havia quando foram adormecidos. Se adormecerem sem ajuda (connosco lá ao lado a ouvi-los respirar - no nosso caso tenho feito conchinha, a ver se não repito muito para não ficar "bengala" hehehehe), vão acordar só quando for "preciso" e muito mais tranquilos. Assim tem sido. A Irene acorda agora uma ou duas vezes por noite (é uma sorte enorme comparadas com as 5/6 vezes que têm sido nos últimos dois anos). E ando a fazer isto bem há pouco tempo e acho que, mais uns dias, irá acordar ainda menos. E há de haver um dia em que tenho de ser eu a ir acordá-la haha!

Deixá-los esgotar as energias, proporcionar um ambiente calmo, sem pressas, reconhecê-los como indivíduos e não como nossa posse, não fazermos (adultos) birra por eles não adormecerem quando nos dá jeito e... acima de tudo: ver o momento do adormecimento como um momento de qualidade em que não há ruído nem telemóveis, nem nada. Só nós. 

A grande mudança aqui, além dessa minha postura pacífica foi a Irene ter a maminha antes de adormecer e não adormecer por completo na maminha, só consegui fazer isto graças a três coisas: consegui explicar à Irene que depois de mamar uma vez, as maminhas ficam vazias e só no dia seguinte é que têm muito leitinho (a história da maminha que conto dezenas de vezes antes de desligar a luz e a pedido - como é que mães de bebés mais novos podem fazer isto é que não sei, ajudou a Irene já me compreender), nos primeiros dias o pai ia adormecê-la comigo para haver maior "distracção" da maminha para quebrar a rotina e, agora, ela já sabe: a maminha é o tempo que ela quiser até se apagar a luz. Depois é ó-ó. 

Sabem que sou defensora acérrima da amamentação (como se houvesse algo para defender, como se não fosse mais do que óbvio), mas tenho a dizer-vos que desde que dei uma oportunidade a outro tipo de adormecimento que descobri outras formas de amor que ainda não tinha tido tanta oportunidade: as mãozinhas, os pézinhos, as festinhas... também tem sido lindo. Mães, não é preciso fazer desmame nocturno para eles dormirem bem! A culpa não é da maminha! A culpa não é de ninguém, o mais natural não é que eles durmam sozinhos até porque seriam caçados por um bicharoco qualquer, é normal que nos procurem, que nos chamem. Porém, esta é a maneira que tem funcionado para nós.

Não fiz desmame nocturno. Ela ainda mama quando acorda de noite e acordo cheia de vontade de lhe dar maminha, não estou habituada a tanto descanso haha. 

Graças à Irene a mim e ao pai e também à fada dos bebés - que também é a fada das mamãs em delírio graças à privação do sono. 

O que a Constança faz é simples. Vai buscar-NOS ao fundo do poço para onde nos atirámos com o nosso cansaço. E, com isto, faz os bebés crescerem felizes e com uma mãe muito mais feliz também. A mãe é que sabe, meninas, é o que vos digo. 



Tenho adorado adormecê-la. Depois de passar tantas horas em ela e de chegar a casa e ter de fazer coisas, aquele momento ninguém nos tira. Até ambas adormecermos naquele colchão. Adormecermos juntas. Que maravilha. 


(Cada bebé é um bebé, não são um robot, nem existem manuais para tratarmos deles como se tivessem um número de série. Reparem que não tive que a deixar chorar, nem a deixar sozinha ou deixá-la chorar a olhar para ela a dizer "a mãe está aqui", mas sem fazer nada para a ajudar - imaginem o que vai na cabeça deles "se estás aqui e me vês assim... por que não fazes nada?". A Constança é the real deal, é empática, não é só marrona e repetidora de conhecimento alheio. Sente-se quando estamos com ela. Sente-se que ela nasceu para isto e que não é apenas mais uma pessoa a tirar partido do nosso desespero para se tornar "conhecida" e para "aparecer". Foi o que senti.) 

Para dicas mais adaptadas a vocês e à vossa família, nada como a conhecerem. Depois digam-me se não sentirem o mesmo... 

2.18.2016

VOLTEI A DORMIR, CARAMBA!!!

Já está!!!!!!!

Já anda a acontecer há alguns dias, mas não queria dizer nada para não "amaldiçoar" a minha sorte! Não têm noção do que andei a "sofrer" nestes últimos dois anos com as noites da Irene... Ai, esqueçam.. têm, têm! Se andam por aqui é porque têm mesmo uma noção de tudo aquilo que passamos. Era horrível, sentia que estava aprisionada em mim própria sentindo-me impotente e menos presente, mas agora... ANDO LOUCA! CHEIA DE ENERGIA! mentira, adormeço à mesma depois de a deitar no sofá ou até com ela na cama. 

Sinto-me mais feliz, mais sorridente, mais esperta (aquilo do nosso cérebro desaparecer depois do parto é um pouco verdade, mas recuperamos um bocadinho quando passamos a dormir melhor) e com mais vontade de espalhar amor pela família toda. Notam o meu entusiasmo? Notam? Até a minha rosácea com melhores noites de sono já  me está a deixar ser um bocadinho mais bonita e com menos ar do Estebes do Herman. 

Como é que isto aconteceu? Em conversa com a Constança (cujo livro já tinha falado aqui)... Aliás, não foi assim! Eu escrevi um post a dizer que parte do segredo para sermos mais felizes é "deixar ir", algumas questões, desprendermo-nos da "vida passada" e aceitarmos o que há. Era um texto sobre o sono. A Constança (minha bff no Facebook) perguntou se precisava de alguma coisa e... BORRIFEI para tudo o que tinha escrito. Pensei: "Aceitar???' Não!!! Quero é que durmamos as duas muita bem!". Só para que se perceba aqui o "as duas" sou eu e a Irene e não eu e a Constança, acho que não faço muito o género dela.

Fui ter com a Constança ao Centro do Bebé no final de um dia de trabalho. Foi óptimo porque era à saída do metro,  nem tive que me mexer muito. 



E sim, a Marinel aceita marcações (o cabeleireiro no final da fotografia). Fui, adorei o espaço (todo naquela cor verde de água que nós adoramos e decorado de maneira muito rústica e cozy - mesmo tudo aquilo que a Constança sempre me transmitiu no livro dela) e esperei pela Constança. 

Entrei no gabinete e senti uma química especial (não aquela de que falei há pouco). Senti uma espécie de vontade genuína de ouvir e de ajudar. Coisa que não costumo sentir nos médicos que visito para as minhas consultas de rotina, sabem? Olham para nós mas parece que nem sempre nos vêem. A Constança viu-me e tive de me controlar porque ia começar a desbobinar a minha vida toda sem ninguém me ter perguntado nada sobre isso. Já conheceram pessoas assim que só dá vontade de fazer queixinhas da nossa vida toda? Foi o caso, mas dei o meu melhor para não ser chata. 

Falámos sobre a Irene. A Irene acordava imensas vezes durante a noite (sim, reparem no tempo verbal, ACORDAVA!) e eu não sabia o que poderia estar a fazer "mal". Já tinha falado com uma especialista de sono muito querida e ela já me tinha dado imensas dicas de horários, posturas, etc (e ajudou-me muito) e, por isso, a meu ver, tirando "o desmame" que nunca estive disposta a fazer de maneira artificial (assim, querendo só eu), não havia nada que estivesse a fazer de errado. E, realmente, não havia. 

Ao falar com a Constança percebi que nós não fazemos nada de errado, mas é exactamente esse receio que nos amaldiçoa. Lembro-me sempre de um exemplo, que não sei onde li/vi ou quem me contou (na volta, ainda foi no livro da Constança), de uma dupla de mãe e filha no hospital que não se estava a conseguir entender com a amamentação e imensa gente estava lá a mandar o seu bitaite, a opinar... Quando toda a gente saiu e ambas se concentraram uma na outra... a magia, o natural aconteceu. Estamos poluídas de teorias, inseguranças, novidades, tretas, bitaites... 

A Irene acordava imensas vezes durante a noite e eu também. Ela acordava, chamava por mim e dizia "mamã, maminha!", eu ia, dava a maminha com todo o gosto, mas de manhã sentia os "juros". E acho que ela também. Menos descansada. 

A Constança ajudou-me a que a Irene passasse a dormir melhor e sem nos tirar a maminha. Querem saber o resto? Conto-vos mais logo à noite, pode ser? ;)

12.06.2015

Acabou! Estou livre!

Já estão fartas de posts felizes meus? Compreendo. De certeza que me irão acompanhar em imensas fases da minha vida... Oi? Que presunção é esta de pensar que me vão continuar a ler durante anos e anos? Granda moral! Isto de ter perdido 5kgs numa semana e picos.... 5 kilos meninas! Muahahahh! Depois conto-vos isso. 

Este é mais um post feliz. Para resumir: era uma pessoa muito ansiosa e tudo veio ainda mais à superfície com a maternidade. Os primeiros meses foram muito complicados. Fiquei em casa um ano e meio com a Irene e já me estava a passar da cabeça, com carinho. Estava feliz por estar em casa, mas nem fazia ideia da quantidade de coisas que estavam em "stand-by". 


*fomos ao Le Chat em Santos e, credo, que sítio perfeito para acabar o fim-de-semana. Recomendo vivamente. As fotos são de hoje e aí.  Mais fotos no fim do post. 


Estes telefones de hoje em dia enervam-me solenemente que às vezes espalmam a cara das pessoas, que nervos. Vocês sabem que a Irene costuma estar melhor que isto, certo? ;)

Uma delas? O meu marido. A outra? Eu. 

Sim, muitas mães têm aquele chip (com o qual não me identifico) de conseguirem arranjar logo tempo para elas e de deixarem os bebés nos primeiros meses com outras pessoas para irem viajar ou ir ao cinema ou o que for. Não consegui. E não foi só pela ansiedade. A opinião que fui construindo (sempre com a minha capacidade interpretativa à mistura, claro) fez com que eu sentisse que nada valia a pena estar a afastar a minha filha de mim. Teria tanta coisa para explicar para perceberem bem a profundidade de tudo isto em mim, em nós... Talvez o texto "não senti" ajude nalguma coisa, embora seja só uma das milhares coisas que me influenciou a ser "menos livre". Está entre aspas porque não estava presa. Escolhi mesmo (mesmo com ansiedade de parte) viver assim. 

O facto da miúda ser amamentada e de não ter introduzido o biberão (além de um mês em que fui trabalhar - e depois pedi licença sem vencimento - aos 5 meses), criou logo alguns impasses. A mama não é só alimentação. Ela precisaria da mama para outra coisa e só lhe dariam um biberão dali a duas? Não era assim que queria funcionar. A Irene, ao longo de 21 meses (à excepção do mês em que fui trabalhar) teve sempre a mama disponível e isso, além das milhares de coisas boas que são indiscutíveis, tem outras que, aos poucos, me fui esquecendo que não eram tão positivas. 

Cheguei a uma conclusão: tudo tem o seu tempo. 

E todas as mães têm o seu. 

Por muito que me dissessem "por que é que não a deixas comigo?", não ia ser por aí que iria ter mais vontade de deixar  - bem sei que fui uma privilegiada e que a maior parte das mães não tem escolha e, às vezes, até antes dos 3 meses os miúdos são entregues a alguém. Cada mãe sente o seu momento de liberdade, de independência de individualidade ou sente essas três coisas na mesma, não se separando dos seus filhos. O que for. 

Comigo foi sentir que ambas estávamos prontas. Teve muito que ver com a amamentação. Aliás, a forma como o bebé é amamentado (frequência que pede, etc), a meu ver, é também um reflexo do desenvolvimento emocional do mesmo. A Irene, aos poucos, foi gostando de mim mais para outras coisas. A mãe já não é maminha. A mãe é a mãe das brincadeiras que, quando ela tem sede, sono, medo ou dor, dá maminha. Ela está crescida. Depois de umas férias de verão em que a maminha foi companhia constante, tudo acalmou. Durante a noite continua a chamar pelas maminhas, mas durante o dia tudo está calmo.

Este período em que ela está "maior" coincidiu com o meu regresso ao trabalho. Regressei em pânico com a dor que pudesse vir a sentir, mas tranquila relativamente à falta que já não fazia à Irene. Agora que ela quer menos maminha, já quer mais pai. Quer mais pão com fiambre de perú. Qualquer um pode fazê-lo, perfeito.

O ir trabalhar todos os dias, além de me ter feito maravilhas à cabeça (e por também ter coincidido com um período de melhoria pessoal a nível psicológico - consultas de hipnoterapia e tal de que falei aqui) tem ajudado imenso também em diminuir a "culpa" que sentia no afastamento. Ela precisa menos de mim, eu preciso mais de sair, estou a gostar de sair, ela fica bem sem mim... está tudo impecável.

Vomito um bocado na boca com expressões como "a mãe também é mulher", "temos de pensar em nós, nem tudo são os filhos". Essas frases são tão inúteis como "estás gorda", "já tiveste melhor ar", "já reparaste na borbulha que tens na testa". Nós sabemos que existimos e que há um mundo além da maternidade, mas podemos não ter todas as mesmas necessidades. Mais uma vez, há tempo para tudo. Nem por isso as mães que preferem estar com os filhos a irem ao cabeleireiro ou iren num fim-de-semana de trabalho quando eles são muito bebés estão deprimidas ou são altamente insensíveis. Temos de tentar compreender aquilo que não nos toca. E no meu caso acreditem que tem sido das missões mais complicadas de sempre. Sinto tudo e muito. E nisto da maternidade apetece-me logo cuspir fogo. 

Neste sábado fomos almoçar a um brunch que não me apetece dizer-vos  qual é (hehe) porque aquilo já estava cheio e se vos disser ainda me ocupam a minha mesa numa das próximas vezes (no Museu do Oriente, pronto) e deixamos a Irene com os avós. Já tínhamos ido almoçar fora sem a Irene pontualmente mas nunca sozinhos. Soube bem, muito bem. Encontrei 6 pessoas conhecidas, mas a fingir que foi muito romântico na mesma. 

E hoje fomos, em família, lanchar fora. A Irene está crescida. Está mais independente. Quer comer tudo o que está em cima da mesa. Fala. Canta. Já não chora no carro a pedir atenção constantemente. Corre atrás de cães. Chama os pombos. Mete-se com lllas pessoas das outras mesas. Espera que passe o próximo comboio para vê-lo da esplanada. É diferente. E eu? Eu já tenho capacidade de contemplar. Contemplá-la, contemplá-lo (o Frederico), contemplar-nos. 

O volume das preocupações maternais tem descido à medida que também desce a barreira comunicativa entre nós e a Irene. Já não somos dois e uma bebé. Somos três.

Acabou. Sinto que já podemos começar a viver como aquelas famílias que vemos nos restaurantes, cheias de filhos, que vivem num equilíbrio desequilibrado e tranquilamente intranquilos. 

Estamos em velocidade cruzeiro. Até à próxima fase. 

Venham daí os almoços sem Irene, os lanches com Irene. Almoços mais tardios com a Irene... tudo!





O meu coração parou aqui.

Há uma semana e meia não cabia neste casaco. Continuo a não caber, mas já me consigo espremer lá para dentro!

Cabelo solto, como me andaram a dizer, ok? ;)



O Frederico diz que eu com risco ao lado e com os aviator (óculos) pareço o Zé Manel, personagem da Rueff. Sacana...

Gorro da Irene - Anja Patuda

Tinha mesmo de referir o gorro porque estou apaixonada por ele. Isto foi porque uma vez fiz um post a dizer que estava triste por um da Benetton que lhe tinha comprado (com um urso) já não lhe servir e ainda o ano passado tentou fazer um parecido (ficou ainda mais giro) e além de servir... é lindo. Aproveito para voltar a agradecer o presente, Anja Patuda.