Não existe! Já mo disseram várias vezes e eu acredito. Há quem tenha tido experiências fantásticas com um ano de diferença, com dois, com quatro e outros com oito ou com onze. No nosso caso, a Isabel vai ser mais velha dois anos e dois meses.
Apesar de ter calhado na margem inferior que tínhamos pensado (assim que pensámos em começar a "tentar", foi logo na mouche, tenho de vos contar melhor isto noutro post), gostávamos que tivesse entre dois a três anos de diferença da(o) irmã(ão). Alguns amigos já disseram que somos loucos e que ainda nem dormimos decentemente, mas achamos que agora é a altura. Preferimos passar a fase mais desafiadora e difícil agora (porque acreditamos que, com a prática e o tempo, as dificuldades vão sendo menores ou a nossa prática faz com que as dificuldades pareçam menores).
Já nos apercebemos que a Isabel ainda não tem bem noção do que aí vem, ainda é muito pequenina, mas tenho a certeza de que vai adorar quando o bebé nascer. Ou mesmo que só tenha noção de tudo um pouco mais tarde. Eu tenho dois anos e meio de diferença do meu e crescemos muito próximos e eu sempre fui uma mana muito babada, adorava fazê-lo rir e era muito carinhosa para com ele. A minha primeira memória é a ter ido visitar a minha mãe ao hospital (não me lembro do meu irmão, sorry! hehe). O(a) mano(a) também vai gostar de ter uma irmã mais velha querida, meiga e rebelde q.b, para a vida.
Se tenho alguns receios? Tenho, claro. Mas até sou optimista e acho que vamos dar conta do recado. Acho que vamos adorar o desafio e estar à altura para dar toda a atenção à Isabel, para tentar compensá-la, e que vamos ter um coração suficientemente grande para albergar dois amores enormes. Não vou deixar de ir ao parque passear com ela por ter um bebé. Irei com ambos, numa ginástica para a qual vou ter flexibilidade. Vamos conseguir!
O bebé que aí vem vai ser muito amado (já o é - e foi incrível a emoção com que o senti mexer-se a primeira vez, tal como senti com a Isabel!) e sinto que vou ser a melhor mãe que ele poderá ter. Sinto que fui talhada para isto, o meu maior sonho era ser mãe e acho - modéstia à parte - que me ando a sair bem com a Isabel. Por isso, não há nada que não vá resultar com um segundo. Mesmo deixando cair uma ou duas bolas no malabarismo, de vez em quando, fazendo alusão ao post da Joana Gama. Sou mais adepta do errar, melhorando. Ou do melhorar, errando. Aperfeiçoando-me mais, sendo mais. Tendo um coração ainda maior, a bater por dois. Acho que todas as dificuldades sairão compensadas, nos momentos de partilha, de afecto, de união. Acho que até eu serei melhor mãe depois desta nova aventura. Assim o espero.