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7.29.2015

Técnica para a selfie com bebés.

Imaginem como era há uns anos. Quando as mães queriam aparecer nas fotografias e não queriam estar a chatear os pais com isso: "anda lá tirar-me uma foto, sff, com a miúda, para public... para pôr num álbum, vá". 

Adorava selfies durante a minha adolescência. Mas, na altura, como não havia muita gente a fazer, acho que se alguém visse a pasta "egocêntrica" no meu computador me mandava internar de fininho. Ainda bem que agora toda a gente gosta e faz. 

Tiro muitas selfies com a Irene. E tenho vindo a aprimorar a técnica. Era mais fácil quando ela não se mexia, verdade, mas agora também dá. Para ficarmos bem, aconselho algumas técnicas que já vos devem ser familiares: 


  • Olhar para a câmara e não para o visor!!! - Dah! (sim, dah!!!) Senão parecemos um bocadinho Rita Pereira. No que toca à única coisa menos boa que ela tem. Tem os olhos em processo de divórcio.

  • Ter o queixo direito e, até, se quiserem, esconderem-se um pouco por trás dos bebés. - Assim resolve-se a papada e alguma borbulha mais imbecil que tenham no queixo. Ou, talvez, o resto de banana com bolacha que roubaram ao miúdo. 

  • Abrir bem os olhos para não se notar que estamos a ser privadas do nosso sono de beleza há uns bons meses. - Queremos que eles depois vejam as fotografias e pensem: "se não fosse minha mãe, ia lá". Bem, se calhar não tanto, pronto.

  • Tentem ser muito rápidas para o bebé não entrar no modo de phonejacking. - É muita pressão, é verdade, mas não é mais difícil do que estar a mudar a fralda e ter que abrir um novo pacote de toalhitas ao mesmo tempo.

  • Se possível, apanhar luz de frente. - Estar de frente para uma janela ajuda muito. É como se fosse o filtro earlybird, mas natural (e depois ainda lhe podem espetar mais um filtro de instagram por cima, o que é maravilhoso).

  • Fechem os olhos e sorriam ao de leve (eu sei que há bocado disse o contrário) - É um clássico da maternidade e ficamos sempre bem, ficamos num momento de "ai que sou tão calma e bondosa e pareço a Virgem Maria adorando o meu menino". Só que sem ser Virgem. Sem ser Maria. Mas adorando o menino, claro. 

  • Façam caretas, mesmo que estejam cansadas. - Melhor truque do mundo para "ah, ela estava feia, mas era de propósito" e "que divertida que a mãe era". 

  • Quanto aos bebés: eles costumam ficar sempre bem a não ser que estejam a meio de um espirro, a meio de fazer um cocó ou se a câmara estiver a fazer um plano contra-picado. Tentem que a câmara os esteja a fotografar também ao nível deles, senão parece que pariram um pedaço de bacon fumado.

Pronto ficam aqui com algumas tentativas falhadas e duas muito bem sucedidas ;) Mais alguma técnica que queiram partilhar? Vá, para parecer que ainda estamos todas "no mercado", apesar de termos o filho deles ao colo ;)














6.28.2015

O que nos dizem que vai acontecer quando temos um bebé e o que é verdade.

Não vale a pena dizer que as pessoas falam demais quando sabem que estamos a planear ter um bebé, quando estamos grávidas ou quando estamos a parir ou quando já temos o bebé em casa. As pessoas falam demais no geral e nós também somos essas pessoas. 

No início enervava-me imenso que as pessoas me dissessem "aproveita para dormir" e "olha que passa muito rápido" e agora sou uma dessas pessoas. Oh well. Vamos lá ver se ajudamos as nossas futuras-mamãs e futuras-futuras-mamãs aqui com uma listinha do que dizem e do que realmente acontece. Eu começo!



# - Aproveita agora para dormir!!

- Calma, nem todos os bebés dormem mal e porcamente. Há bebés que, desde sempre, dormem mais de 10 horas seguidas ao ponto de deixarem as mães em pânico por não saberem se está tudo bem com eles. Há bebés que dormem muito. Há bebés que dormem pouco. Há bebés que acordam muito. Não sabemos que tipo de bebé vai calhar na rifa, mas pode ser que corra tudo pelo melhor. Agora, o mau sono começa normalmente na fase final da gravidez (no início também para quem sofra muito de enjoos e azias e afins - há grávidas que até têm de dormir sentadas para conseguir dormir). A verdade é que nunca mais teremos liberdade para dormir as horas que quisermos sem sermos interrompidas. Pelo menos até eles têm pêlos púbicos, digo. Depois também não dormirmos porque foram sair à noite. Bom, se calhar as pessoas até têm razão neste. APROVEITA PARA DORMIR!



# - Aproveita que passa num instante!!

- E é mesmo verdade! Passa muito rápido. O tempo, já por si, passa rápido. Quando nos estamos a divertir, passa ainda mais rápido. Quando temos um bebé, continua a passar rápido mas temos ali uma referência de que isso está a acontecer. Ainda para mais eles duplicam o tamanho no primeiro ano de vida e aprendem tudo de enfiada. É assustador. E como, em Portugal, temos uma licença de maternidade tão pequena, trabalhando e indo para casa, as coisas parecem passar ainda mais rápido. Confesso que estando em casa que passa rápido, mas não tanto assim. Parece que passa tão rápido quanto aquelas curtes de verão esquisitas que tínhamos quando íamos de férias para algum lado com os pais. Por que é que eu estou a falar disto na primeira pessoa do plural? Eu? Nã. 



# - Vais ficar com a barriga toda cheia de estrias.

- Sim, pode-se ficar. E então? É o processo natural das coisas. Não digo que seja "o preço" a pagar por termos este dom enorme de gerar a vida, porque não acho que seja "um preço", mas é algo relativamente insignificante comparativamente com o que ganhamos. Nem todas temos estrias. Depende da genética de cada uma, mais disso do que dos cremes, mas dá-lhes jeito que pensemos que não tivemos por causa deles, quando perguntamos à nossa mãe e ela não teve também. 



# - Vais ficar com a barriga toda flácida. 

- Sim e não. Há quem fique e há quem não fique. Há quem já tivesse antes e quem passasse a não ter depois. Há quem nunca tenha tido (o caso da Carolina Patrocínio, por exemplo). Se realmente nos importarmos com a nossa forma e se tivermos uma gravidez sem risco, podemos não prejudicar a nossa "forma e linha" de maneira alguma. Temos mesmo é de fazer um esforço. Teremos de querer. Além disso, pouco tempo depois da gravidez, podem-se praticar abdominais hipopressivos (falem com quem perceba disto) que ajuda facilmente a resolver a questão da barriga. Esqueçam o "facilmente". Eu não consegui. 





# - O casamento vai à vida... 

- Vai e não vai. Depende do tipo de casamento, depende das expectativas. Acima de tudo, ter um filho é uma decisão que deve ser muito bem pensada não só pela criança, mas também para nos prepararmos e percebermos o que poderá acontecer com a vinda da mesma. Digo-vos que é lixado não dormirmos nos primeiros meses, estarmos cheias de dores (podemos não ter) e hormonais e termos um parceiro que o compreenda sem se exaltar de vez em quando. E mais, muitas vezes até fazemos a festa sozinhas. Muita coisa muda, temos de estar preparadas para isso. E, melhor: mudar não significa que seja para pior, não é? 



# - Acabou-se a boa vida!

- É um bocadinho verdade. E ainda bem que as pessoas dizem isso, porque é mais uma das coisas que deve pesar no timing de se ter um filho. Se ainda estiverem muito agarradas a sair todos os dias à noite e apanharem grandes bezanas e acordarem ao lado dum tipo chamado Tiago que tem um cheiro esquisito, provavelmente não será boa altura. Se andarem numa de viajar pelo mundo todos os meses e de fazer interrails por países que nem saibam o que é um ben-u-ron, pensem bem no que estão a fazer porque... já perceberam, não é? 



# - O balúrdio que vai ser!!

- Gasta-se mais dinheiro com um bebé do que sem um bebé, claro (duh!), mas pode não ser esse balúrdio todo. Há escolhas que se podem fazer consoante o orçamento familiar e valores. Não há dinheiro para uma creche pipi? Fica na avó. Não há dinheiro para pagar à avó? Fica com a avó da melhor amiga. É preciso é ser tão flexível como gostaríamos que o nosso orçamento fosse. "Tudo se faz".  Por falar em flexibilidade, eu tenho a flexibilidade de um t0 em Pina Manique.



# - É a melhor coisa do mundo.

- E é. É mesmo. É um desafio constante? É, também. Se é igualmente gratificante? É. É muito importante não termos ilusões sobre o que é ter um filho. Ter um filho, não é ter um Nenuco. Ter um filho é ter uma mini pessoa que temos de amar educando. Temos de estas preparadas para amar muito muito ao ponto de sermos maiores que nós próprias todos os dias. Preparem-se para amar como nunca amaram antes. Preparem-se para ganhar paciência e forças onde nunca pensaram que fossem arranjar. Digo-vos uma coisa: até vão gostar de ver cocó de outra pessoa à vossa frente. 


Algo mais a acrescentar? ;)

6.21.2015

PRAIA: Lista de coisas a NÃO LEVAR

SOCORRO! Foi o que pensei quando pusemos os pés na praia hoje. Estava a ver já meio turvo e com a sensação de se desmaiasse até não era mal pensado porque ia finalmente descansar.

Aprendemos com os erros. Mas às vezes temos de errar não sei quantas vezes até acertar. Ora, no ano passado, arrendámos uma casa que ficava mesmo, mesmo em frente à praia. Era atravessar e pronto. Ia com a Isabel às horas das crianças para a praia num sling e púnhamo-nos em casa em menos de nada. Este fim-de-semana estivemos em Cabanas de Tavira, onde talvez fiquemos uma semana em Agosto. É muito bonito, sim senhor, não se tem de pegar no carro, mas ainda é um esticão até à praia. Pelo menos com filha. Pelo menos com malas. Pelo menos com lancheira. Pelo menos com brinquedos. Pelo menos com chapéu.

Fica a minha sugestão de ERROS que se comentem na hora de fazer as malas para ir até à praia:

- MALA DE VERGA. Em que é que eu estava a pensar? Fiquei com o ombro mais pisado que um bife do lombo. É que levar uma mala de verga da moda com uma toalha, um livro, um creme e uma garrafa de água, à solteiro, é uma coisa. Levar uma mala de verga com duas toalhas, a toalha dela, os cremes todos, os nossos e os dela, toalhetes, fraldas, roupa suplente, brinquedos, balde, máquina fotográfica... é ficar com o ombro cozido na certa.


Sugestão: aquele trolley de praia com rodinhas onde cabe tudo e mais alguma coisa ou uma mochila de alças.


- CARRINHO. A ideia é aparentemente boa. Vai no carrinho, pesa menos nas costas e ainda dorme na praia. ERRADO, pelo menos por aqui. Arrastar o carrinho pela areia fora, entrar no barco, passar por zonas enlameadas, mesmo com um carrinho todo-o-terreno é tarefa hercúlea.

Sugestão: uma mochila porta-bebés. Para dormir, dorme na toalha debaixo do chapéu de sol.


- SACO GIGANTE DE BRINQUEDOS. Para bem das nossas escolioses, a praia não tem de ser um parque de diversões. Aliás, com poucos brinquedos até pode ser que ganhem espírito de partilha e façam amigos mais depressa. Passam a ser os "teus e os meus".


Sugestão: Um balde, uma pá, uns dois ou três moldes e uma bola é mais que suficiente para eles se entreterem. Quando mais velhos, até podem levar um livro.


- DESPENSA. Com crianças pequenas não vamos ficar mais de duas, três horas seguidas na praia, por isso não vale a pena levar a casa atrás.

Sugestão: Fruta, iogurtes, água, umas sandes/wraps e está feito. Um saco-térmico dos pequeninos talvez seja suficiente.


- TOALHAS PESADAS: Convém levar toalhas, claro, mas para poupar nas idas ao fisioterapeuta, não aconselho a levar toalhas daquelas tradicionais, grandes e pesadas, quando molhadas. 

Sugestão: Umas toalhas fininhas, que demorem pouco a secar e que sejam leves e voilà.



- UM CHAPÉU DE SOL PARA CADA: gosto de observar um fenómeno que se verifica em muitas praias portuguesas: famílias que levam um chapéu de sol para cada elemento da família e muitas vezes sem se avistar vivalma. Marca-se os lugares, monta-se assim uma espécie de acampamento, com uns bons 20 metros quadrados, e depois não se põe lá os pezinhos. Deve ser este o conceito de praia exclusiva. Além de ser, como dizer, parvo, faz com que famílias com crianças como eu tenham de andar mais 4 km até arranjar lugar.

Sugestão: partilhar o chapéu com mais elementos da família. Parecendo que não, é muito giro. Joga-se às cartas, aos dados, conta-se histórias, partilha-se melão cortado aos bocadinhos, é mesmo engraçado.


Acho que para já, é isto. As nossas costas agradecem. É sempre bom não chegar à praia sem ser lavados em suor e sem uma tendinite. Se pouparmos nestas coisas, já podemos levar PÓ DE TALCO no saco. Pó de talco, perguntam vocês? Pois, pois, eu antes de me iniciar nesta coisa da maternidade só usava pó de talco naqueles dias em que adormecia e não tinha tempo de lavar o cabelo de manhã, para disfarçar a oleosidade (é um dos componentes, pelo que me explicaram, dos champôs secos). Passava na raiz um bocadinho, deixava actuar e depois tirava com uma escova. Um milagre.

Mas agora vou dar-vos esta dica: se passarem pó de talco nos pés dos vossos filhotes (ou noutras partes do corpo), a areia sai que é uma maravilha. Facto comprovado.

O que querem acrescentar à lista? :)

6.16.2015

Como sair do quarto de fininho.

As coisas mudaram cá em casa. Para quem não saiba, as mães que dão mama são umas sortudas e normalmente têm a vida muito facilitada quando é para adormecer os bebés. Foi o meu caso até há pouco tempo. À noite, para a adormececer, punha-a à mama, ainda a punha acordada na cama, saía do quarto descontraidamente e pronto.

Agora não. Agora a mama não está a funcionar (talvez porque ande a comer melhor e perca o interesse mais rápido quando a vou por a dormir, sei lá) e, por isso, pela primeira vez tive de ganhar skills para a adormecer. Grrr. Agora sou como aqueles pais que têm de sair do quarto de fininho, sem fazer barulho algum, senão o bicho volta a acordar. 



Para quem se esteja a iniciar nesta viagem de ter de sair do quarto "de fino", aqui vão algumas dicas: 

- MEIAS SEM ANTI-DERRAPANTES - Não se metam em pantufas ou de saltos altos. Muito menos daquelas meias com aqueles coisinhos por baixo. Acreditem que não querem ter feito o trabalho todo e depois, quando precisam de sair em silêncio, fazer o som de beijinhos com os pés. Se forem como o Frederico (meu marido) que sua tanto dos pés como eu do bigode quando ponho hidratante e tenho de subir a rua que vai do Rossio ao Chiado, têm mesmo de por umas meias, até para não deixar o chão todo suadinho - nojo.

- TER TUDO PREPARADO - Antes de pegarem ao serviço, verifiquem se têm tudo o que precisam convosco e ligado/desligado. Não há pior que ter tudo feito, ir a sair e termos que voltar atrás para ligar o intercomunicador. No meu caso, quase que arranco cabelos de nervos. Só não arranco na realidade porque prezo muito os meus 3/4 cabelinhos. 

- ESTAR ESCURO - A saída do quarto tem de estar minimamente protegida da luz. Estar a querer sair de fininho e o miúdo levar com um chapão na fronha não é agradável para ninguém. Eu cá não gosto. Tento sempre que o corredor esteja o mais escuro possível. Tanto quanto possível sem que o Frederico me diga "tu és só manias, só mariquices, ela adormeceria na mesma, agora tenho de fechar as janelas porque vais adormecer a miúda... ai!!" e depois dá-me um soco no cóccix. 

- ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO CONTROLADOS - Eu amo os meus gatos, mas se me acordam a miúda, estão a candidatar-se seriamente a uma espécie de tratamento Amish quanto saem da religião. Geralmente ficam na sala com o Frederico, para assegurar que está tudo em ordem. 

- PORTA ENTREABERTA E SEM BARULHOS - Se a vossa porta for daquelas que range tanto quanto a cara toda da Lili quando vai espirrar, o melhor é mesmo tratarem disso e olearem as (não sei o nome) coisas que seguram a porta à ombreira, pronto. Dobradiças? Será? E não fechem a porta porque o simples facto de a abrir pode fazer com que acorde o monstrinho. 

- VIZINHOS QUE NÃO SE ARMEM EM PARVOS - Têm vizinhos com vida social activa? Mudem-se. Se há coisa que me deixe louca é quando estou a adormecer a Irene e chegam uns 20 marmanjos à casa de cima para um jantar ou então para uma orgia esquisita que envolva loiça e talheres. 

6.15.2015

Lista de Essenciais para o Bebé (e para nós)

Tenho uma amiga que tem uma amiga que está grávida. (A sério que estás a começar este texto assim?, pergunta o grilinho dentro da minha cabeça.) E essa amiga da amiga, a Carla, pediu-me que a ajudasse com a lista de essenciais para o bebé. "Mas queres a lista para a maternidade ou para ter em casa?" "Tudo, por favor." Vou dar o meu melhor.

Já vos fomos dando algumas dicas, aqui e aqui. Mas cá fica a minha lista:

MALA DE MATERNIDADE DO(A) FILHO(A)

- Três babygrows fáceis de vestir (nada destes para os quais a Joana Gama chamou a atenção aqui que, por sinal, eram do género do primeiro que a Isabel vestiu e tive as enfermeiras em stress a tentarem vestir-lhe aquilo). Acho que, no verão, de algodão serão suficientes.
A primeira roupa da Isabel
- Três bodies de manga comprida, de algodão (compro os interiores e os pijamas todos na Primark)

- Três calças interiores ou collants

- Um casaquinho de malha

- Um gorro (perdem muito calor pela cabeça), mas depende muito do calor do hospital (o meu era uma estufa e só usou na primeira noite).

- Quatro pares de meias

- Fraldas q.b. (alguns hospitais dão as fraldas. E mesmo que sejam precisas mais, há sempre um pai ou um avô para ir buscar mais). Eu comprei Dodot, mas dizem que as Libero para recém-nascido são muito boas.

- Compressas (não usei toalhitas nos primeiros meses), limpava apenas com compressas com água quente

- Fraldas de pano (uma ou duas): no meu caso, fiz uns envelopes com as fraldas de pano para cada uma das mudas de roupa, selados com alfinetes de ama.

- Toalha para o banho

Não é necessário:

- Chucha (para não atrapalhar a amamentação) nem biberon
- Sapatos nem gangas e coisas desconfortáveis

Eu sou betinha, por isso levei uns conjuntos todos mariquinhas - mas práticos - com cueiros, divididos por dias, mas duvido que haja por aqui muita gente com paciência para isso, daí ter simplificado a coisa


MALA DE MATERNIDADE DA MÃE

- Três camisas de dormir (ou aquilo que for mais confortável para vocês, equacionando que têm de  despir para dar mama)

- Chinelos (de banho e de quarto, ou só de banho)

- Kit higiene + cremes 

- Soutiens de amamentação (dois ou três)

- Discos absorventes para pôr no soutien (caso tenham a subida do leite logo lá)

- Purelan, da Medela - pomada para os mamilos - os primeiros tempos da amamentação podem não ser a coisa mais maravilhosa do mundo, porque nem sempre a pega está a ser bem feita, por isso, usar Purelan ajudou-me bastante.

- Carregador telemóvel + máquina fotográfica (com cartão e bateria carregada)

EXTRAS QUE ME SALVARAM A VIDA:

- Elástico para o cabelo (parece ridículo, mas depois esquecem-se e dá tanto jeito!)

- Spray de água termal da Vichy - naquelas longas horas de espera em trabalho de parto em que não se pode comer nem beber, borrifar-me foi o que me safou, palavra! Sentia a cara e os lábios sempre hidratados.

- Tena Pants - Ah, pois é, minhas amigas, também eu pensava que me ia guardar lá para os 70 anos, mas segui o conselho não sei de quem, experimentei e não quis outra coisa (quer dizer, quis, quis outra coisa, mas enfim, teve de ser). Ainda experimentei uma vez um penso numa daquelas cuecas de rede que nos dão no hospital e não tem nada a ver, deslocam-se, saem de sítio e é desconfortável. Com estas cuecas-penso não há risco de nada sair de sítio, ajustam-se bem e estamos sempre confortáveis. Além de que se rasgam para despir, não tendo de fazer grande esforço para nos baixarmos. Recomendo, sem dúvida! 


COISAS QUE ME SALVARAM AS MAMAS EM CASA:

Além do Purelan e do leitinho materno aplicado nos mamilos, as almofadas de hidrogel (que vão ao micro-ondas e ao congelador) e as conchas colectoras foram tão minhas amigas! Andar com as mamas ao ar-livre também. Aconselho, aconselho, aconselho (mesmo que pinguem LOL).



EM CASA:

- Berço para estar coladinho à nossa cama: nos primeiros meses, pelo menos, o lugar do bebé é bem pertinho de nós. Emprestaram-me um antigo, de verga, lindão, mas há já imensa oferta por aí. Gostei deste da Chicco, por exemplo. Se quiserem poupar uns trocos, ou não puderem meter-se em mais despesas, a cama de grades colada à nossa também funciona, claro.

- Cama de grades: comprei a cama no IKEA e adoro. Barata e bonita. O colchão também é do IKEA, mas investi no melhorzinho que lá havia. Vão precisar também de resgardo para a cama, lençóis e uma manta. Ou um saco-cama, como preferirem.


- Trocador: é dispensável, se tiverem um armário de gavetas com uma largura considerável, onde possam pôr um muda-fraldas. Eu comprei o trocador no IKEA (Gulliver), com 3 prateleiras, que além do apoio à higiene (com fraldas e produtos dentro de cestas de vime da Zara Home), tem também, ao nível da Isabel, a biblioteca dela.
Como não apreciei as forras do muda-fraldas do IKEA, comprei uma linda da Blu Home.  Além desta forra de tecido, apercebi-me que teria de ter resguardos descartáveis, que se mudam assim que há alguém que decide mexer-se um bocadinho e “borrar a pintura” durante a muda da fralda. 

- Cadeira/ poltrona para amamentar e dar colinho.
Andei meses à procura de uma poltrona para o quarto dela, mas acabei por comprar uma cadeira de balouço branca que “forrei” com almofadas. Não sabia se seria prática, mas é! Era onde amamentava quando a mudei de quarto e onde lhe conto histórias e onde a embalo, nos dias em que se torna impossível adormecê-la na cama. 

- Tapete: quis o mais simples possível e encontrei na Quadrinhos da Mó um creme, fácil de lavar, que é só pôr na máquina.

- Almofada de amamentação: deu-me um jeitaço nos primeiros meses para a amamentar na minha cama e no sofá da sala

- Banheira: como não tínhamos espaço na casa de banho, pusemos uma banheira à nossa altura (acho fundamental para as nossas costas), que era simultaneamente trocador, no nosso quarto. Comprámos em segunda mão. Quando começou a nadar na banheira, e a molhar o chão todo, mudámos só a banheira (sem a estrutura alta) para o nosso WC, encaixando-a na nossa banheira.

CASA/RUA:

- Ovo para o automóvel: usei o do carrinho da Chicco que me emprestaram, mas nunca fui fã (comprei uma forra também na Blue Home, na imagem acima).
- Carrinho (se fosse agora, teria o que ando sempre a apregoar, porque é leve e prático, da Greentom)
- Espreguiçadeira (para quando precisamos de ir fazer um xixi, comer ou tomar banho e tê-los sempre debaixo de olho)
- Sling/pano/marsúpio: emprestaram-me um sling de argolas e adorei tê-la sempre pertinho de mim, levá-la a passear e até para fazer algumas coisas em casa
- Pano para Swaddle (neste vídeo mostra como fazê-lo: garanto-vos que os acalma muito!)

Não é necessário: esterilizador, biberons, leite adaptado, brinquedos (no primeiro mês não ligam e vão oferecer-vos também).

Mais alguma coisa a acrescentar à lista? O que tirariam da lista? ;)

5.23.2015

Querem stressar quando for para os por a dormir?

É capaz de ser a coisa mais simples de sempre. Stressar com algo que não controlamos é-nos quase inato. Stressar com algo que não controlamos e que, ainda para mais, não percebemos o porquê das coisas não acontecerem como nós queremos, ainda pior. 

Pô-los a dormir (falo de bebés até à idade da Irene que o resto não sei) pode ser das coisas mais enervantes de sempre. 

Piora se forem daquelas mães que têm de acordar muitas vezes durante a noite. Piora se forem daquelas que, quando não dormem, ficam as maiores cabras de todo o tamanho, apesar de terem consciência disso. Olá, sou a Joana. 

Querem stressar quando for para os pôr a dormir? Sim senhora. Isto é o que têm a fazer: 


1) Não ter nenhum critério para o momento em que os põem na cama. 

Interessa se o miúdo tem sono ou não? Interessa se já está acordado há 23 horas ou se acordou apenas há duas? Claro que não. Têm de dormir quando nós queremos, tenham eles sono ou estejam eléctricos por terem muito sono ou não tenham eles sono nenhum. Isto funciona com tudo o resto, não é? Nós queremos que eles comam e comem, nós queremos que eles comecem a andar e andam. 

2) Não ter nenhum tipo de rotina para os adormecer ou acalmar para os adormecer.

O melhor é apanhar os miúdos de surpresa. Estão a divertir-se a brincar com aquele brinquedo irritante que não dá para baixar o som e tungas! Sem avisar sequer, é enfiá-los na cama e dar de frosques. Por que é que hão de chorar? Não são pessoas nem nada. Só por estarem na cama, devia ser mágico e adormecer. Não é o que acontece connosco? Não.

3) Ter pressa.

Já ouvi várias vezes "quando eu mais quero que ele adormeça, é quando ele não adormece". E porquê? Porque não estamos calmas (eles sentem) e porque, geralmente, isso faz com que nos esqueçamos dos outros dois passos em cima. Por isso, se querem stressar quando for para os por a dormir é ter imensa pressa e imensa coisa planeada para quando os puserem a dormir.



4) Fazer birra.

Somos nós as adultas, mas achamos perfeitamente normal sermos nós a fazer birra. Não dorme? Ai vais ver se não dormes. Volta para a cama. Já. Deita-te. DEITA-TE. Por que é que não ficas deitado? Toma a chucha! Toma a chucha! Dorme! Dorme! Não dorme. Lidemos com isso. Não façamos birra a não ser que queiramos stressar quando for para os por a dormir, claro. 

5) Ter muito sono.

Quando temos sono, temos ainda maior probabilidade de fazermos tudo o que escrevi nos passos anteriores. Aproveitar todos os momentos de descanso deles é fulcral para mantermos a nossa sanidade mental e, se for caso disso, o nosso casamento. Querem stressar quando for para os por a dormir? Estejam cheias de sono. Ninguém é mais esperto quando não está bem dormido, se não estiver sob o efeito de nada. 

6) Ir com ódio.

Sim, o melhor é irmos já a pensar que vai tudo correr mal. Que vai ser mais uma oportunidade falhada. Que o raio do bicho parece que está a gozar connosco. Não está. Não estão é a ser feitas as coisas como é susposto para o bicho querer dormir. Se é para stressar, é para irmos logo super pessimistas e com vontade de esganar o bicho (não esse, que nojo, não era isso que queria dizer, ainda estava a falar do bebé, que horror)



Pronto. Isto é tudo o que faço quando as coisas correm mal. Parece que, às vezes, até faço de propósito. 

5.15.2015

26 Pessoas que uma mãe dispensa.



1 - Pessoas que digam que o bebé tem fome ou frio ou sono.

2 - Pessoas que apontem defeitos nos bebés.

3 - Pessoas que façam as mesmas perguntas quando os vêem.

4 - Pessoas que digam que é a cara chapada do pai.

5 - Pessoas que comentem o peso do bebé.

6 - Pessoas que comentem a opção de alimentação nos primeiros meses de vida.

7 - Pessoas que digam que o bebé delas não era assim.

8 - Pessoas que digam que o bebé delas dorme a noite toda.

9 - Pessoas que digam que devíamos ir fazer ginástica.

10 - Pessoas que não percebem por que é que ainda não os deixámos com os avós.

11 - Pessoas que cheirem mal.

12 - Pessoas que não entendam que não é fácil cumprir horários com bebés.

13 - Pessoas que se atrasam quando combinam coisas connosco e com os nossos filhos.

14 - Pessoas que os tiram logo do nosso colo sem perguntar.

15 - Pessoas que têm tantos filhos que se riem dos nossos desabafos com coisas que, para elas, são simples.

16 - Pessoas que nos vêem com miúdos pequeninos e que nos pedem para passar à frente na fila.

17 - Pessoas que não nos dão prioridade nos elevadores ou nas filas de supermercado quando temos bebés pequenos.

18 - Pessoas que estacionam nos lugares para família quando vão sem ela, só porque têm uma cadeirinha atrás.

19 - Pessoas que, mesmo à tuga, quando vêem os nosso filhos dizem "coitadinho", sem motivo algum.

20 - Pessoas que se deixam de lembrar de nós só porque deixamos de estar tão disponíveis.

21 - Pessoas que esperam que as nossas vidas continuem iguais depois das nossas prioridades mudarem.

22 - Pessoas que acham que somos menos boas profissionais porque agora temos filhos.

23 - Pessoas que têm filhos, mas que agem como se não os tivessem.

24 - Pessoas que nos dizem que "dantes não eras assim".

25 - Pessoas que não compreendem que sair mais cedo naquele dia não significa que não tenhamos trabalhado tanto ou mais do que os outros para compensar.

26 - Pessoas que digam que "o meu, com a essa idade, já me fazia o jantar enquanto dava uma pirueta".

(....)

4.30.2015

Como engravidar como gente grande.

Sim, parece um título absurdo, mas a verdade é que mesmo nós, mulheres que nos consideramos pouco estúpidas, por vezes cometemos erros imbecis.  Nós demorámos algum tempo a engravidar, acho que foi, em parte, pela minha ansiedade e pelo desmame hormonal do anel contraceptivo (dizem que não há desmame, mas como não há se estamos todas mamadas de hormonas vindas "de fora" há anos e o corpo, de um momento para o outro, se vê sem elas?).


Aqui vão alguns truques: 

Ir a uma consulta de ginecologia/obstetrícia

Convém ir ver se está tudo bem com o nosso pipi, se não está a cair aos bocados por dentro. Se não temos por lá um tampão que nos esquecemos de tirar quando tínhamos 15 anos (há mesmo histórias destas). A GO (ginecologista/obstetra) irá mandar-vos fazerem análises ao sangue e isso, tomar ácido fólico, deixarem de fumar coisas esquisitas e de beber coisas que venham em garrafas de vidro.

Fazer sexo

Convém mesmo por a pilinha no pipi, senão a coisa não funciona tão bem a nível de criar um bebé. Também se pode por noutros sítios, mas para fazer um bebé tem mesmo de ser no pipi. E, em princípio, no da pessoa que se quer engravidar. 

Não usar contraceptivos

Parece óbvio, não parece? E é. Não convém estarmos a tomar pílula nenhuma, usar anel nenhum, nem chip nem não sei quê que já se usa agora. Nem instrumentos dentro do pipi que parecem estendais de roupa (é a ideia que eu tenho). 




Não fazer amor todos os dias

Nós queríamos tanto fazer uma Irene que fazíamos amor todos os dias e eu até anotava num calendário menstrual do iphone para saber se já tinhamos feito ou não e para depois ver quando é que tinha sido concebida. É estúpido e obsessivo, além de que fazendo amor todos os dias não dá tempo aos espermatozóides de amadurecerem o suficiente para serem capazes de fecundar o óvulo. Tem de ser dia sim, dia não. Ou seja, tem de ser um intervalo de 48 horas. Senão os tipos ficam todos fraquinhos e vão a tossirem-se todos até lá acima. 

Não achar que se vai conseguir logo

Costumo pensar que, quando não se quer é quando acontece à primeira e quando se quer é quando se demora mais tempo. Claro que há milhões de histórias que provam o contrário, mas o melhor mesmo é ver como "treinos" e não como "tiro ao alvo". Se der este mês, deu. Se não der, é mais tempo para planear umas coisas e arrumar outras, com calma. Como sempre, vamos odiar ter o período. Neste caso vai ser sinal de que ainda não estamos grávidas e vamos odiar o nosso genital. Odiá-lo como se de uma amiga traidora se tratasse. Vamos querer bater-lhe e cortá-lo com um daqueles instrumentos de cortar ovos cozidos às fatias que são muito giros.

Não se porem com tretas

Não se ponham com tretas da lua e de se fizerem amor às 11h30 que vai dar menino e se for às 2h34 e com um morango no rabo, que têm uma menina. Para mim, esse tipo de indicações têm a mesma credibilidade que um horóscopo. Já vos disse que tenho um amigo que se divertia a fazer um horóscopo para um jornal conhecido? Bom, aceitem o que vier e façam figas para que não saia igual ao pai. ;)



Posições que podem ajudar

Esta foi uma senhora da farmácia que me disse. Não sei se foi a gozar, mas parece-me fazer sentido. Estarmos por baixo, com uma almofada por baixo do rabo para inclinar mais o corpo. E depois até podemos ter durante algum tempo as pernas para o ar, para deixar os meninos escorregar tipo Aquasplash do Algarve.  Qualquer posição que faça com que os meninos não fiquem nem a marinar nem venham conhecer o maravilhoso mundo que existe fora de nós, é boa. 

Teste de ovulação ou lá o que é. 

Se calhar é indicativo de que falo demais, mas uma senhora de um restaurante na Rinchoa disse que ajudava muito saber mais ou menos quando estamos a ovular (claro que não tinha de ser uma senhora do restaurante a dizer isto, mas falou-me do teste e isso não sabia) e tentar nessas alturas. Depois de termos tentado "à vontade" lá fomos comprar esse teste e, pode ter sido coincidência, mas as coisas resultaram melhor. 




Para isto se tornar mais completo, mandem vir aí as vossas dicas nos comentários para as outras mães que estão a tentar lerem. ;)

3.23.2015

20 maneiras de ter um pequeno AVC

"Mãe sofre". 

É um clássico. É verdade que se sofre um bocadinho, mas tudo depende da perspectiva e, acima de tudo, da falta de calma. 

Às vezes parece que queremos efectivamente ter um pequenino AVC. Fica aqui, então, uma lista para esses momentos, para os termos o mais depressa possível. 

1 - não querer que o bebé se suje

Não será irrealista visto que estão ali as canetas e que lhe estamos a dar uma papa viscosa à boca? 


2 - não querer que o bebé suje a casa

É continuar-lhe a dar bolachas e pão enquanto se arrasta de um lado para o outro e esperar que ele vá buscar uma tacinha e coma para cima dela. 


3 - querer chegar a horas a algum lado sem ter tudo em ordem com uma hora de antecedência

O bebé é que tem de cooperar para chegarmos a horas ao compromisso.  Não, os pais é que têm de precaver todos os atrasos.


4 - querer que o bebé coma sempre o mesmo a todas as refeições

Porque nós também comemos sempre o mesmo. E adoramos estar sempre a repetir a mesma comida. Adoraríamos comer o mesmo todos os dias durante uma semana.




5 - querer que o bebé durma sem o acalmar primeiro

Nós também não precisamos disso. Só de ver televisão para ficar com sono ou ver o instagram todo no telemóvel ou ler um livro qualquer do top da FNAC.


6 - querer que o bebé fique com as meias calçadas o dia inteiro

É algo super natural. Os bebés já nascem de meias e tudo. São mais os bebés que andam à procura de meias para calçar do que para tirar. Not.


7 - querer que o bebé fique completamente quieto quando se lhe muda a fralda

Ele vai pensar que vai encher o trocador do IKEA de cocó e vai ter imenso respeito. É assim que é.


8 - querer que o bebé durma por nós termos sono

É só fazer-nos um favorzinho, qual é o problema dele?


9 - querer que o bebé pare de fazer barulho com os brinquedos

Até lhe demos só brinquedos de pano. Como é que ele consegue fazer aquele barulho todo? Especialmente aquele que conta até 10 como se tivesse um maracujá no rabo?


10 - querer ir almoçar fora com o bebé e que tudo corra bem

É só ir e vir. Qual é o problema de ele ficar quieto sem nada de interessante para fazer, preso numa cadeira ou carrinho, durante uma hora e meia? 

11 - deixar o bebé sozinho na banheira

Não nascem a saber nadar? É aplicar isso. Quando voltarmos está a nadar mariposa. Só que não.


12 - embuchar um bebé de ben-u-ron durante dias a fio e depois descobrir que afinal não era só dor de dentes

É tudo dentes. Nunca poderá ser outro tipo de dor. O melhor é embuchar durante imenso tempo. São baratos e tudo. 


13 - querer cortar todas as unhas de uma só vez ao bebé

Nós também arranjamos as unhas todas de uma só vez, por que é que eles têm de ser diferentes? Só por terem menos de 20 anos que nós?


14 - querer que o bebé pare de atirar as coisas da cadeira da papa para o chão

Parece que está a gozar connosco. Gosta de nos ver a apanhar as coisas por ele. Tem uma mentalidade dominadora e é muita mau. Adora subjugar a mãe. Ou então é só um bebé e está a ver o efeito da gravidade e a ouvir o som que as coisas fazem. 


15 - não conseguir dizer que não ao bebé sempre que ele pede que lhe leiamos o mesmo livro


Esta é lixada. Não consigo e às vezes não me apetece. Às vezes um livro de 10 páginas passa a ter só a parte do pinguim e do leão.


16 - querer lavar-lhe os dentes pormenorizadamente

Como se estivesse no higienista.


17 - querer que o bebé aceite a chucha quando está num ataque de choro

Porque nós também adoraríamos que nos espetassem um rabanete pela boca a dentro quando estivéssemos a expressar a nossa frustração


18 - querer que o bebé fique feliz no colo de uma velhota qualquer que nunca viu na vida

Nós também adoramos dar beijinhos e abraços às pessoas que vemos a passar por aí. 


19 - querer que ele volte a adormecer depois da hora normal de acordar

Se estamos cansadas, eles é que deviam dormir.

20 - ir fazer análises ao sangue do bebé e querer sair de lá menos que traumatizada
Pior. coisa. de. sempre.

2.16.2015

Manual de sobrevivência para uma mãe que está em casa

Faz dia 21 de Março um ano desde que tomo todos os dias conta da minha bebé e em casa. Sou uma privilegiada e, ao mesmo tempo, uma óptima candidata a um esgotamento nervoso.

Há amor, é verdade, há muito amor, mas... também há muito, muito enervamento.

É como dizem os concorrentes dos reality shows: "são 24h sobre 24h, voz, ai... Teresa!"

Ainda bem mas... MEU DEUS!

Fica aqui um resumo das coisas que me apercebi que nos fazem bem (às duas e, vá, aos três porque o meu marido também leva por tabela, obviamente):





1- Tomar banho todos os dias

Tem um efeito especial em nós - já para não falar da higiene, claro. Tomar banho faz-nos sentir mais capazes, mais bonitas, com mais força e com menos cansaço. Parece que é uma espécie de reset. Mesmo quando a noite do dia anterior foi tão calminha quanto ver pessoal a dançar Afrobeat, ganhamos uma meia hora de energia e duas de paciência. 

Mães de recém-nascidos: aproveitem uma altura em que eles estejam mais calminhos, deitem-nos na espreguiçadeira ou numa alcofa de maneira a que consigam vê-los da banheira com a cortina um pouco aberta e pronto. Se for preciso alguma coisa, não demoram a lá chegar. Podem desfrutar de um banho calmamente. E sim, nós ouvimo-los a chorar, mesmo que eles não estejam quando estamos longe deles. 

2- Mudar o pijama ou, idealmente, vestir roupa confortável mas não de dormir.

Mais uma vez: "já para não falar da higiene, claro". Se nos aprontássemos todos os dias um bocadinho, mesmo que não saíssemos de casa era mesmo óptimo. Vestirmo-nos faz com que estejamos mais perto daquele papel que desempenhamos numa vida mais "activa" (refiro-me a quando vamos trabalhar) e vamos buscar também as qualidades que mais usamos nessas alturas: organização, responsabilidade, paciência, etc. Não digo pintarmo-nos loucamente como se fossemos a Paula Bobone ou como se soubéssemos que íamos encontrar o amor da nossa vida, mas um creminho hidratante e mudar a roupa, já é bom!

3- Ter um plano diário.

Por muito insignificante que seja: ir aos correios, passear ao jardim, ter de ir à FNAC, etc. Ter um plano diário faz com que consigamos diferenciar os dias uns dos outros e também que nos dê algum objectivo além de lidar com o bebé.

Sentimo-nos "úteis" e levamos o bebé connosco a passear. Um óptimo dois em um. É muito apetitoso gastar dinheiro, principalmente no Inverno que saímos mais para centros comerciais mas façam como eu e não tenham dinheiro na conta. É isso.

Se os fãs da Sofia da Casa dos Segredos também que quiserem passar dinheiro, eu dou o meu NIB sem problemas. Também sou uma mãe coragem e leoa, o que quiserem que justifique.

Sei que é uma segunda referência ao programa, mas é o que se vê cá em casa à noite. Não digam ao meu marido que escrevi isto que ele gosta de dar aquele ar de que é muito machão e depois delira com estas bimbalhadas como eu.

4- Ter uma rotina de arrumação da casa.

De preferência de manhã quando o bebé ainda não está rabugento. Não digo dar uma volta à casa tipo Cinderela sobre o efeito de bebidas energéticas, mas dar aquela "voltinha": fazer as camas, organizar a casa de banho, tirar e por a loiça na máquina, etc. Fingir que se limpou tudo. Vocês sabem como é, que eu sei. Até podem acender aquelas duas velas grandes do Ikea para cheirar a lavadinho e tudo. 

5- Dormir sempre que o bebé dorme ou, pelo menos, uma das sestas.

É mesmo muito muito complicado irmos dormir quando estamos cansadas. Andamos a manhã inteira a sonhar que o bebé adormeça e, finalmente, quando adormece ficamos tipo estúpidas a olhar para a televisão a ver programas tão pouco produtivos como o FaceOff da Sic Radical. Temos de ser mais espertas e de nos obrigar a ir dormir. É como ir ao ginásio. Sabemos que nos vamos sentir bem, mas só no fim, claro.

6- Não querer ser muito produtiva.

Se fizermos muitos planos e quisermos acabar muitas coisas, além de ser muito complicado conseguirmos e de, no final, nos podermos sentir menos capazes, acaba por ser contraproducente quando o bebé estiver mais rabugento: "ainda tenho que ir fazer isto, ainda me falta acabar aquilo... assim não consigo fazer nada!!"

Logo se vê. Eu, por exemplo, há um mês que estou para escrever uma peça. Não é por preguiça, a sério. Estou louca para deitar as mãos à massa, mas isto de "não trabalhar", dá muito, muito, muito mais trabalho do que pensava.

7- Se o bebé está birrento é só estar lá para ele.

Está muito ligada à sugestão anterior. O melhor é mesmo dedicarmo-nos ao bebé, com tempo e calma quando ele precisa. É desesperante (para os dois) se tentar fazer algo ao mesmo tempo porque começa a vê-lo como um empecilho às outras coisas que está a tentar fazer. Aquela dica de não se olhar para o relógio quando se amamenta em livre demanda acho que se aplica em todas as outras ocasiões (menos na hora de dormir). Faz birra? Vamos a isso. Temos tempo. "Temos", mais ou menos.  Espero que o Manoel de Oliveira tenha menos tempo que eu. Começa a ser assustador.

8 -  As pilhas do bebé não duram para sempre. 

"Não dorme agora, dorme depois" - disse-me o pai de três filhos pequeninos e ficou-me sempre na cabeça.

"As pilhas vão acabar" -  para dizer como mantra nos momentos mais complicados.

O importante é manter uma atmosfera calma para os dois. 

9 - Ressalvar com os amigos com quem combina alguma coisa que tudo pode ser alterado conforme a disposição do bebé

Evita enervamentos a toda a gente, mais a nós que, geralmente, os outros chegam atrasados a tudo. 

10 - Vestir sempre o bebé 

Torna-se mais rápido sair entre mamadas e sonos e é menos um entrave a uma possível saída espontânea. Não que o bebé estivesse nu, claro. 

11 -  Ter noção de que ver televisão - ainda para mais sozinha - é uma perda de tempo. 

Estar em casa, apesar de as vezes poder ser muito difícil, é uma dádiva para se poder dar mais ao nosso bebé. Lá por estarmos "habituadas a isso", vai ser como a gravidez: vamos ter muitas, muitas saudades, "apesar de tudo". 


12 -  "Isto é só uma fase".  

É fácil desesperar quando as coisas não correm bem, mas vai haver uma idade em que vão acordar sozinhos e fazer o seu próprio pequeno almoço. 

13 - "Limpa-se amanhã".

Não deu para limpar hoje a casa? Limpa-se amanhã. Ou depois. Ou depois. O importante é aspirar para o miúdo não andar alimentado a bolas de cotão.



Mais conselhos? Acho que só temos a ganhar se trocarmos dicas umas com as outras :)

*Imagem do site We Heart It.

1.29.2015

O pai perfeito

Desde a infância que sonhamos com o "foram felizes para sempre" e presumo que a maioria de nós queira mais do que um sorriso pepsodent e uma conta recheada num homem. Procuramos o homem perfeito: o melhor namorado, marido e, se não for pedir muito, o melhor pai para os nossos filhos. 
Queremos o príncipe encantado, bonito, musculado e detentor de uma espada, mas isso só não chega e acabamos por preferir que seja um Shrek: trapalhão, mas um bom pai de família. 



Segue-se uma pequena lista que condensa o que queremos num pai (dos nossos filhos):

1) alguém que não tenha medo de por as mãos no cocó 
Mudar a fralda é das coisas mais fáceis do mundo. Se eles vos dizem que não têm jeito (desculpa a ver se pega) façam-nos treinar num nenuco. Se é difícil no início, esperem para ver quando eles se tornam nuns leões indomáveis ou até mesmo quando começam a comer peixe na sopa (mola no nariz).

2) alguém que os adormeça 
Contar uma história (mesmo que as personagens tenham nomes como Lisandro López, Artur e Ola John), fazer quilómetros a balançá-los no colo, dar-lhes festinhas e aconchegar na caminha é coisa de pai, tanto quanto de mãe. Isso e quando os filhos acordam a meio da noite, essa não é tarefa exclusiva da mãe, espertinhos!

3) alguém que lhes dê colo 
"Está a chorar" é a frase que não queremos ouvir. Até porque não somos surdas. O pai da criança tem de saber levantar o rabinho do sofá e ir confortá-la, mimá-la e acalmá-la.

4) alguém que lhes dê banho
Tirando as primeiras vezes em que eles são tão pequeninos que por pouco não escapam por entre os nossos dedos, não há nada que saber - o pai da Isabel teve de lhe dar banho logo no primeiro dia que até andou de lado. Remédio santo.

5) alguém que lhes dê a papa 
Tirando os 6 primeiros meses de amamentação exclusiva, os pais não se devem acanhar na hora da papa. Têm tanto jeito como nós para cantar, fazer aviões ou até mesmo fazer o pino para eles comerem.

6) alguém que faça sopa 
Mesmo que vos perguntem 10 vezes o que leva a sopa, repitam 10 vezes, encorajem-nos, digam-lhes que se safam muito bem. Os tempos do homem que se sentava à mesa e era o primeiro a ser servido pertencem, e ainda bem, ao passado.

7) alguém que os vista  
Mesmo que conjuguem riscas com bolas, rosa com vermelho ou que ponham um bolero por cima de um pullover, a iniciativa deve ser elogiada. Eles vão lá. Ou não, mas não faz mal, até tem graça.

8) alguém que tenha paciência
Paciência é palavra de ordem. Paciência para os filhos e para as mães, mas ai deles se nos dizem alguma coisinha. "Estás impossível" é coisa para verem os nossos dentes cerrados nos próximos séculos e terem direito a cartão vermelho. Querido, não sei se reparaste mas acordei às 06h30, fui trabalhar, fui buscá-la, dei-lhe banho, ela fez birra, pu-la a dormir, limpei a casa toda, fiz o jantar, estendi a roupa, ela acordou, perdi o apetite e tu chegaste só agora. Parece impossível, mas estou impossível, estou. 

9) alguém que seja um exemplo
Não é novidade que os filhos são esponjas e um reflexo do que veem. A forma como se trata os outros e como se lida com os problemas, o amor e o carinho que se transmitem, a humildade, o exemplo de esforço e dedicação: tudo isso está sob o  olhar deles.

10) alguém que não cumpra estes 9 requisitos, mas que se esforce para tal
Ninguém é perfeito, por isso não há pais perfeitos: até o Shrek é feio e porco. Mas há uma enorme diferença entre tentar e estar-se a marimbar. Um pai perfeito é um pai imperfeito que quer ser o mais perfeito possível.


*imagens We Heart It

1.02.2015

O pânico com a porcaria da mala da maternidade

Lembro-me de ficar em pânico com isto quando estava grávida. Havia imensas listas por todo o lado na internet (porque eu as procurava, é verdade) e cada item que lá estava ou que, por comparação, faltava, deixava-me cheia de nervos. Pior: as listas podem mudar de hospital para hospital. Pior: nas aulas de preparação para o parto do meu hospital, avisaram-me que podia nem haver compressas... pelo que me apeteceu transportar uma farmácia para lá no dia do parto. 

Não precisa de ser nenhuma mala em especial, por amor de Deus. Claro que há mães (como a outra Joana) que gostam de caprichar em tudo o que levam e usam por serem muito visuais e por tudo ficar bem numa fotografia para depois comover os próprios filhos quando as revirem ou as mães porque "dantes ainda tinham paciência para isso". 

Eu levei a minha mala normal de viagem. Sim, nada romântica. Ao menos tem umas riscas cor-de-rosa, já não parecia propriamente que ia para um treino de futebol feminino (e que tinha engolido a bola). Não interessa o que levei lá dentro. Interessa, sim, o que levaria hoje, já com a experiência de uma estadia anterior.


Duas dicas importantes :

- O pai, ou os avós podem muito bem ir e voltar todos os dias e trazer o que precisamos. Não é necessário enfardarmos a mala de tralhas como se fossemos para uma zona recôndita no Alentejo onde nem há bomba de gasolina. 

- Está um calor só estúpido na maternidade. Só para terem noção, tinha as maminhas todas carcomidas da Irene ser uma parvalhona a mamar e eu não ter jeito nenhum, estavam besuntadas de pomada (a Purelan da Medela - muito peganhenta, quase nem saia da roupa ao lavar) e ao léu. Sem frio. Zero.