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4.11.2016

Tal mãe, tal filha

Estava aqui a fazer um exercício parvo, mas querido, de tentar encontrar semelhanças entre a minha filha e a sua progenitora. Nunca saberemos se somos nós a tentar ver-nos neles, se são eles que são umas esponjas e imitam tudo, mas acho que a minha filha tem muito de mim (física e psicologicamente, como diríamos nas composições da escola primária).

Às tantas esta lista é como os horóscopos: todos batem certo, porque estão cheios de frases feitas e parecem encaixar em qualquer pessoa. Às tantas vão sentir que vos estou a descrever a vocês e aos vossos filhos. Mas cá vai:

- somos beijoqueiras
- adoramos cantar
- adoramos dançar
- adoramos dar espectáculo, no geral
- gostamos de fazer olhinhos
- gostamos de nos pentear
- gostamos de cães
- temos vozes calminhas e queridas
- temos monocelhas
- temos unhas dos pés iguais
- temos orelhas de abanico
- gostamos de pão
- adoramos abraços
- gostamos de livros
- gostamos de praia
- gostamos de sumo de laranja
- não gostamos de sair do banho
- adoramos queijo
- fazemos cara feia a comer sopa, mas comemos
- gostamos de fazer os outros rir

E podia continuar nisto mais umas horas. E vocês? Também vêem muito de vocês nos vossos filhos?

Adora ter "papatos" iguais aos da mãe e do pai <3


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E a mim também;) @JoanaPaixaoBras

3.28.2016

Top 10 de coisas que uma mãe quer muito ouvir.

Claro que nem todas somos iguais. E, claro que, agora com tempo, vão lembrar-se de coisas bem mais pertinentes para esta lista. Porém, estas foram as que me saíram. Não, não são indirectas que o meu marido não lê o blogue, só se desse para pôr na Playstation e não fosse o blogue, mas um jogo. Claro que também há maridos que são tão solícitos e queridos que pedem com licença antes de nos começarem a fecundar. Claro que há gente para tudo. ;)





#10 - "Olhei para ti e apaixonei-me outra vez.".

Acho que andamos todas todos os dias à procura/à espera de sentir aquele frenesim de paixão adolescente. Gostaríamos muito que eles reconhecessem a nossa magia diariamente como se fosse a primeira vez. E, mesmo que não reconheçam, dissessem na mesma que sim de vez em quando. Eu posso fazer uma tabela no Excel, imprimir, pôr no frigorífico e ainda configurar os lembretes do telemóvel. Sempre tudo muito espontâneo, claro. 

#9 - "Estão a oferecer coisas na Zara!".

Se já nos passamos com aquelas alturas em que eles vão buscar roupas de há 4 anos e dizem que desceram os preços, imaginem se, de repente, passássemos por uma Zara e dissessem: "olhem, estou farta de arrumar isto todos os dias, levem lá o que quiserem!". Ai, eu ia até à secção de homem que é uma zona perfeitamente desconhecida para mim a não ser para fugir quando estamos todas engalinhadas na fila da secção de mulher (ou de criança). 

#8 - "Cortaste o cabelo? Fica-te ainda melhor!".

Epá, mesmo que não tivéssemos cortado. Não interessa. Isto quer dizer qualquer coisa como "reparo em ti e tens algo de diferente hoje, não sei o que é mas adoro". Desde que não tenhamos um rim na testa... 

#7 - "É incrível como consegues dar conta de tanta coisa.".

É a nossa missão todos os dias, não é? Sermos as tais super-mulheres. Conseguimos trabalhar, dar um jeito a casa, educar os filhos, amá-los, dar mimos ao marido, adormecer no sofá e, quiçá, ainda manter a chama do casamento viva. Muito mais provável de acontecer se eles disseram coisas que estão neste top... Depois queixem-se. Estou a dar a lista e tudo. 

#6 - "Eu vou com eles ao jardim hoje, tens o dia todo para ti.". 

Ah-ah! Raro, muito raro (digo eu), serem eles a porem-se nos nossos pés e sugerirem algo que, só para nós, será proveitoso. Isto porque, para muitos deles ir ao jardim com as crianças não tem nada de especial... 

#5 - "Queres ir jantar/almoçar fora hoje?". 

Desde que não seja perto do estádio do Benfica para ficarem mais perto do jogo de logo, acho isto um amor. Quer dizer imensa coisa, que gostam de nós, que querem estar connosco a sós e que têm fome. 

#4 - "O que achas de fazermos algo diferente no próximo fim-de-semana?".

Awwwwwww. Só de ler isto ali escrito apeteceu-me casar comigo própria e fazer-me mais uns quantos filhos. Ah... desde que o "fazer algo diferente" não seja passar a tarde no Leroy Merlin a ver barbecues. Tanto dá, até pode ser ir para a casa de uma prima afastada de Melgaço. Tudo parece pertinente (quase, pronto). 

#3 - Deixa estar, eu faço isso!

Mais depressa isto nos deixaria com vontade de chorar do que se continuassem a matar quarentões simpáticos e aprazíveis na Anatomia de Grey. Quem nos dera ter alguém que fizesse as coisas que não nos apetece fazer, mas sem que tivéssemos de pedir, não era? Era. Pronto. Alguém tinha que responder, respondi a mim própria. 

#2 - Estás a fazer um óptimo trabalho. Os teus filhos são os maiores!

Isto, se viesse do nosso marido ou namorado já seria perfeitamente ofensivo: "Os MEUS filhos? Como assim os MEUS filhos?". A verdade é que sabe bem ouvir este reconhecimento. Temos o resultado nas mãos e não há nada melhor do que isso, verdade, mas... alguém nos dizer é como se fosse um abraço a um bebé (foi o que melhor que me saiu, haha). 

#1 - Estás mais magra? 

Somos mães mas não deixamos de ser aquelas totós que se preocupam com o peso e que adoraríamos ter emagrecido sem termos de fazer nada para isso. Dizerem que estamos mais magras é o equivalente a dizer: "o que fazes para ser uma espécie de top model, mas que mora em Benfica?". 


Vamos cozinhar aqui o documento mais importante do universo e partilhá-lo tanto que haja uma dezena de maridos nossos a ler e talvez nos digam uma destas coisas? ;) É só uma ideia. 



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2.12.2016

Coisas que as pessoas que não têm filhos têm de perceber.

É que é mesmo assim. Já passou o tempo das falinhas mansas. Bem sabemos que vocês ainda andam aí no bem bom e que ainda ficam irritados porque um vizinho vos acorda ao meio dia de domingo (!!!), mas têm de perceber, vocês que não têm filhos, umas coisas:

- Não deixámos de ser as mesmas pessoas só porque temos filhos, mas passámos a ter pessoas que sobrevivem graças a nós e, parecendo que não, isso é algo importante. E, portanto, para nós é agradável se formos convidados para eventos em que as crianças possam ir, possam ser alimentadas convenientemente, tenhamos sítios para mudar as fraldas, a música não esteja muito alto, não haja tabaco ao fartote, etc. 

- Não deixámos de gostar de vocês só porque demoramos mais de dois dias a responder-vos às mensagens. Simplesmente parece não haver timing perfeito na nossa vida para vos responder e vocês já não são a coisa mais urgente da nossa vida. Depois deles irem dormir, não queremos contacto social, queremos descanso. 

- Sim, falamos muito dos nossos bebés. Da mesma maneira que quando trocávamos de namorado falávamos muito disso ou quando nos chateávamos com alguém no trabalho também nos fartávamos de falar sobre isso. Qual é o problema de falarmos muito dos nossos bebés? Só por não terem um, quer dizer que é algo que não vos interessa? 

- Somos as mesmas, mas mudámos. Hão de reparar que conseguimos dar-vos perspectivas muito mais produtivas em relação à vossa vida. Não vos inflamamos, mas antes vos incentivamos a ter paciência, a recuar um pouco e a tentar agir com clarividência. Somos mães, estamos expostas a desafios tremendos no que toque a esse tipo de qualidades. Já levamos um avanço. Oiçam-nos.

- Também queremos prendas! Quando vierem visitar a malta não se lembrem só da miúda que vos vai esquecer assim que sairem pela porta. Eu quero miminhos. Eu não sou só a mãe da miúda. Nem que seja uma fotografia da nossa última saída de loucura, o que for.

- Estamos cansados. Sim, verdade que até podiamos deixá-los com os avós hoje e ir sair convosco, mas sabem que mais? Não nos apetece. E provavelmente sentimos que não vai compensar estarmos a cair de sono logo às 10h da noite e que o dia seguinte custe 45 vezes mais por estarmos cansados.

Somos os mesmos, mas numa versão mais cansada, mas amamo-vos na mesma. Será que conseguem perceber?


Obrigada e, pelo menos pensem, que em 50% do meu dia, tenho saudades de ser como vocês :)

12.27.2015

Coisas que os bebés costumam odiar!

Completem a lista!

E, sim, já sabemos que há excepções: o Manel que adora que lhe lavem o cabelo e a Maria que desenvolveu um gosto esquisito pelos supositórios... ;)



  • Supositórios
Não era giro? Alguém chegar à farmácia e dizer: "tem aí supositórios? De qualquer coisa, tanto dá, é que a miúda fica tão contente...".
  • Medir a febre no braço ou no rabo
Tudo aquilo que implique eles ficarem imóveis (sem perceberem porquê) é chato. E creio que no rabo não será lá muito agradável. Não sei e não pretendo saber em breve que tenho uma vida algo ocupada. 
  • Mudar a fralda
Há fases. Há fazes em que nem reparam no que está a acontecer e há outras em que temos de de montar todo um circo Cardinali para lhes limpar o cocó da peidola. É o caso da Irene, agora e a história da comida antiga
  • Lavar o cabelo
Eu percebo. Bebé que é bebé tem medo de morrer. Eu também tenho um bocado. E a água escorre-lhes pela cara e não há nada que possam fazer, nem reconhecem aquela sensação. Além de que apesar de alguns champôs dizerem "sem  lágrimas", a miúda chora na mesma. E como ainda não são vaidosos, depois não vão olhar para o espelho e pensar "custou, mas valeu a pena, olhem só para este volume". 
  • Pôr soro no nariz
Outra. Alguém gosta? Há gente esquisita. Já ouvi dizer que houve quem dissesse a uma auxiliar "nasci para fazer clisteres", mas pôr soro no nariz... ainda para mais deitado... é o mesmo que gostar que lhe façam amonas na piscina. Se ainda conseguissem ser eles próprios a fazer, mas não: 0 tempo de mentalização. Tungas. 
  • Aspirar o ranho
Horrível. Aquilo no nosso nariz não faz grande mossa, mas posso dizer que já fui operada ao nariz e a sensação de nos tirarem algo do nariz assim é como se nos estivessem a chupar o cérebro para fora. É normal que não gostem, digo eu. De resto, isto de andarmos a aspirar macacos do nariz com a boca... hmm... 
  • Cortar as unhas
É preciso fazer imensos teatrinhos e passamos pela fase em que a lima parece mais prática, mas não. Depois é a tesoura e depois é o corta-unhas. O ideal era mesmo arranjar-lhes um arranhador como há para os gatos e que eles se entretivessem sem nos chatearem a cabeça. 
  • Lavar os dentes
Ui! Comer a pasta é bom, mas e lavar os dentes? Querem ser eles a fazer (quando querem) e fica tudo só num lado e sem escovar, sequer. No meu caso tenho de contar histórias como se fosse um animador de campos de férias para adolescentes com problemas de entendimento, tenho de dar tudo. Lá vou conseguindo.
  • Vacinas
Não é agradável. Nem sei para quem é pior: se para nós ou para eles. Custa-me muito crer que em pleno século XXI, ainda não haja uma solução mais fácil que esta estupidez. Um pensinho no braço para ser absorvido? Sei lá. 
  • Tomar banho
Interrompe o que eles estão a fazer, claro. Há maneiras de minimizar tudo isto com algumas ideias sugeridas pela Disciplina/Parentalidade Positiva. Como, por exemplo: avisar que daqui a pouco vai tomar banho, haver rotina, etc. Porém, a mim, às vezes, também não me apetece tomar banho. A diferença é que só vou quando me apetece ou, então, sei quais são as consequências de não ir. 
  • Calçarem pantufas ou sapatos
O ideal seria não usarem nada disso durante os primeiros tempos, mas não moramos numa loja de tapetes. Não querem porque gostam de sentir os pézinhos no chão e, acima de tudo, porque nós queremos. É o "tem de ser, senão fica com ranho". 
  • Secar o cabelo com o secador
Mete medo ao susto o barulho? Mete. Eles, quando são mesmo bebés, adoram ruídos brancos para adormecer porque o som fica bastante semelhante ao que eles ouviam quando estavam na nossa barriga. Quando crescem... é preciso uns meses... (ainda não consegui) a convecê-los de que sai um quentinho bom e que é divertido...Grr. Não me apetece nada andar a secar-lhe o cabelo com ela histérica..

E mais coisas? 

Há bebés que não gostam de comer, certo? Não gostam de ir dormir, não gostam de ir para a escolha, não gostam de fazer os trabalhos de casa (aí já não tão bebés, presumo, senão seriam sobredotados...).

Que complicações há por aí? 

12.11.2015

Coisas que devia ter feito mais cedo.

Já escrevi um post sobre "coisas que não vou repetir com um segundo filho", mas este é ligeiramente diferente. Deixem-me só ir ler o outro para ter mesmo a certeza... Ok! É mesmo diferente.

Coisas que deveria ter feito mais cedo e que vou fazer mais cedo para a próxima:





  • mudá-la para a cama normal
Feita parva, demorei imenso tempo a tirá-la do berço. Todas os bebés têm o timing deles (ou pais), mas no nosso caso, a Irene andava a dar cabeçadas feita estúpida há meses (mesmo com o contorno do berço) e pontapés e ainda hoje não entendo por que é que demorei tanto. 
  • baixar o volume do intercomunicador
Por causa do stress de não a ouvir, tinha sempre o intercomunicador no máximo, por isso até ouvia a baba a escorrer, se ela dormisse de boca aberta. Se eles precisarem de nós fazem-se ouvir ao ponto de não termos de ter o intercomunicador no máximo, de certeza. Andava eu a stressar-me com barulhinhos de nada e a acordar milhares de vezes... 
  • borrifar para os babygrows e usar pijamas
Tão mais prático e fica tão mais gira! Não entendo a magia dos babygrows, a sério! Especialmente aqueles que têm as molas atrás (wtf?) como já escrevi aqui
  • deixar de lhe dar comida entre as refeições
Ficava sempre muito preocupada por ela não comer bem ao almoço e ao jantar, mas continuava a dar-lhe pão o dia inteiro e bolachinhas, não fosse a miúda ter fome... 
  • cortar-lhe eu mesma o cabelo
Andou a miúda parecida com o MacGyver demasiado tempo por não querer arriscar...
  • introduzir o segundo prato
Esteve a miúda a rejeitar sopa por estar desinteressada da textura... E, afinal, queria era variedade.
  •  mudar para toalhas maiores
Limpar um bebé maior com aquelas toalhas de recém-nascido com capuz... É uma tortura! E para os dois!
  • jogar às escondidas
Houve algo em mim que me impediu de vê-la como uma companheira para brincadeiras demasiado complexas. Afinal já podíamos andar a brincar às escondidas há taaaanto tempo...
  • comprar sapatos
Sim, é parvo ver um bebé de sapatos se não anda, mas andar com ele na rua com 4 pares de meias para não ter frio nos pés também... 


E vocês? 

11.08.2015

Coisas boas de voltar ao trabalho.

Para quem acompanha o blog, foi sabendo (nunca escondo nada) que o meu regresso ao trabalho estava a deixar-me muito ansiosa e triste. "Separar-me" da Irene, deixar de estar 100% presente em tudo o que ela faz, saber que o tempo não volta para trás, etc. 

Amanhã conto-vos mais ao pormenor (está tudo louco para saber, não está?) como aconteceu tudo na prática e na minha cabeça. Hoje, porém, queria deixar-vos - ao contrário do que tem acontecido (sorry) - coisas positivas sobre o regresso ao trabalho. Não estou a abrilhantar nada, é mesmo o que sinto. 

Voltar a ter vontade de me arranjar.

Sejamos vaidosas ou não, o facto de passarmos muito tempo em casa e só com o nosso filho faz com que nos tornemos um pouco mais preguiçosas ou, vá, práticas. Para ir "ali ao jardim" não me apetecia propriamente maquilhar ou, às vezes, até tomar banho. Agora voltei a ter a minha rotina até está estabeleci o domingo para dia de esfoliante e máscara hidratante. São mariquices que fazem toda a diferença e vocês sabem disto. Tenho-me maquilhado todos os dias (menos na sexta que era maquilhar-me ou tomar o pequeno almoço em família) e tenho adorado escolher a roupa no dia anterior e trocar malas para condizer. 

Voltar a comunicar com pessoas. 

Claro que comunicava antes, mas é diferente de chegar ao trabalho e ter 17 pessoas (não me apetece contar) que façam de público para as minhas palhaçadas e vice-versa. É giro voltar a almoçar em grupo, voltar a saber da vida das outras pessoas e não ter que ter um "olho no burro e outro no cigano" por termos sempre a bebé possivelmente a atirar-se à ração dos gatos. 

Voltar a ter glúteos. 

O meu corpo está mais mole que um arroz demasiado cozido. Praticamente parecia uma anémona ou uma ameba. Com uma semana a subir ruas e escadas (vou de transportes) desde o Rossio até ao Chiado e vice-versa, acho que voltei a ter um músculo na perna. Glúteos vão demorar muito mais tempo, eu sei, mas gémeos já começam a aparecer. 

Estar silenciosamente muito ocupada. 

De repente tenho um milhão de mails para responder e escrever. Telefonemas, pessoas com quem falar, eventos para distribuir, planear, etc. A melhor diferença é que não tenho de fazê-lo enquanto respondo que "sim é um hipopótamo". Sinto que a minha cabeça agora está de férias e que posso potenciar justamente os 2% do meu cérebro que ainda uso. 

Estar 100% presente quando estou em casa.

A Irene agora está menos tempo com a mãe. E, apesar da mãe estar cansada, estamos as duas juntas a 100%. A mãe agora larga o telemóvel mais vezes. A mãe deita-se mais vezes na cama para lhe dar beijinhos no corpo e dizer que cheira a bebé cozido, tem mais paciência para lhe dar o jantar, para a por a dormir, para lhe dar banho e brincar com ela... 

Sinto-me apaixonada e grata o dia inteiro.

Ser mãe a tempo inteiro é um máximo, é mágico mas ficamos facilmente adormecidas pelo cansaço, pela rotina, pela "solidão". Temos momentos muito muito intensos todos os dias, é verdade, mas a saudade é especial. A saudade faz-nos ter corações nos olhos o dia inteiro e que eles dupliquem quando chegamos a casa. 


Há coisas boas nisto de voltar ao trabalho. Seja como for, concordo muito com esta imagem: 





11.04.2015

5 coisas parvas que gostava de ter sabido antes

Sabem aquelas coisas que gostávamos de ter sabido antes, mas que no fundo não mudava quase nada se as soubéssemos? Coisas que na altura parecem o fim do mundo, mas depois vai-se a ver e são só parvas? 
Cá está uma lista mais ou menos aleatória de idiotices que nos podem moer nos primeiros dias na maternidade: 
#05 olhos tortos
É normal que os recém-nascidos tenham um olho a olhar para o burro e outro para o infinito. Por isso, nada de, ainda na maternidade, ficarem cheínhas de medo que a vossa filha se pareça com a Rita Pereira (se bem que até não ficavam mal servidos, que é gira que se farta)
#04 ventosa
Quando o vosso filho não está a querer sair nem por nada pelo vosso pipi por variadíssimas razões, a equipa médica pode ter de usar ventosa - tipo desentupidor de canos, estão a ver? E como é que a médica pede a dita? Achavam que dizia "ventosa, ófaxavor?" Não, não. Fala em código, neste caso com um som "bahbah" (onomatopeia inventada agora com som de desentupir canos).
#03 miauffff
O vosso filho pode nascer com uma cara que parece ter sido arranhada por um gato ou ficar com ela assim logo nas primeiras horas. A Isabel nasceu com unhas de fazer inveja a muitas mães e uma cara que parecia um quadro de Miró. Não sei se já alguém concorreu ao Guiness com isto, mas eu posso apostar que foram as unhas mais compridas de um recém-nascido. Comprei logo uma lima (wrong! tesoura, tesoura, tesoura) e ainda tentei solucionar aquilo, mas já foi tarde.
#02 calor tropical
Como nasce no Inverno, três babygrows quentinhos, três casaquinhos, três pares de colants, botinhas de lã, gorrinhos, mantas. Mala de maternidade pronta. Danger, senhoras! Perigo de verem os vossos filhos a derreter! Encarem a maternidade como uma viagem ali ao Brasil, estejam preparadas para temperaturas a rondar os 60 graus e para as visitas que ainda aquecem mais o ambiente. (Ou seria eu que estava em brasa? Digam-me: não sentiram que estavam numa sauna?)
01 mecónio 
Meconiquê? Na maternidade, uma enfermeira vai fazer um número de contorcionismo com o vosso bebé, para o ajudar a fazer cocó, e vai parecer que o estão a tentar encaixar numa mala de viagem a abarrotar. Agarra as pernas, encolhe as pernas, espreme o puto, até começar a sair o mecónio. Não, não descobriram uma reserva de petróleo, aquela é a cor do primeiro cocó dos bebés.
Mães grávidas, que tempo mais bem gasto das vossas vidas com dicas e alertas importantíssimos! Só que não. Comprem mas é o livro do Mário Cordeiro, que aqui não se aprende nada.


9.07.2015

Não gosto, pá!

Sabem quando, ao vermos as outras pessoas, nos apercebemos de coisas que fazemos e não gostamos? Eis coisas que me tenho apercebido e que não gosto e, portanto, vou evitar fazer. Sogra e mãe, sim, algumas são inspiradas em vocês. É normal, são vocês que convivem connosco, está bem? 



- Falar de morte desnecessariamente. 

Não gosto. Passei a ser super sensível a isso. Dizer que que o boneco morreu por estar estendido no chão não me parece saudável, não entendo porquê. Claro que a morte é algo natural e que os miúdos devem saber do que se trata, mas andar a lidar com o luto dos bonecos 10 vezes ao dia, não me parece uma coisa agradável. 

- "Fez dói-dói? Ahh! Cadeira má! Dá tau-tau na cadeira!".

Não. Não se dá tau-tau em ninguém. Muito menos na cadeira que estava lá antes e que foi a bebé que não prestou atenção. Fez dói-dói, dá miminho e é seguir em frente sem violência. Um dia será a mãe que lhe faz dói-dói sem querer e depois leva meio tabefe que até anda de lado.

- "Não come mais? Menina feia! És feia, não gosto de ti!". 

Não. Ninguém é feio por não ter apetite. Nem se deve deixar de gostar de alguém por não o conseguirmos obrigar a comer. E ser feio não devia ser um castigo e muito menos estar ligado ao afecto que temos por essa pessoa. 

- "Olha, Olha, vem ali um memé, olha" 

Se não vier nenhum memé, se não vier nenhum pássaro, não se diz que sim. É errado mentir. É errado criar expectativas. A não ser achemos mesmo que possa vir um. A confiança é algo que se constrói. Estas técnicas depois deixam de funcionar e não ensinam grande coisa. A mim, se me disserem "é hoje que cai o salário na tua conta" e depois não cair, fico furiosa. 

- "Quer comer mais mulão? Mumiu bem? Vamos apertar o passato?"

Bom. Culpadíssima. Faço este reparo à minha mãe e sogra e ainda hoje lhe perguntei se ela queria comer mais uma tóta (tosta). É tentador, sim senhora, mas não é bom. A Irene, ainda por cima, consegue aprender facilmente palavras e ensiná-las mal é um desperdício e até confuso. 

- "Vá, a gente depois toma ali banho. Vamos já."

Mais uma vez, prometer coisas que não se cumpre só porque achamos que eles têm a memória curta. Podem não ficar a pensar nesta, mas ficarão ou ficaram noutra. Não é bom e não estamos a aprender a funcionar com eles. Só a mentir. 

- "Não."

Não gosto. Só não, não. 



Pronto. Foi isto que vocês sentiram. "Então, é isto? É não e pronto? E não explica?".


- "Ehhhhhhhh, festa!!!! Palminhas!!!!"

É comum. Eu provavelmente também o faria se não passasse tanto tempo com a Irene como passo, mas não entendo a necessidade de excitar os miúdos sem motivo. Estarem eles a andar, a explorar e estar a alguém a dizer BEM ALTO "olha isto, olha aquilo!". Tenho vindo a aprender um novo modo de apreciar as coisas que é: observando. Conhecendo-os. Para além disso, faz-me confusão fazer "festa" por nada. Se ela conseguir fazer algo, sim! Se vir algo que a deixa feliz, compreendo que queiramos partilhar esse momento, mas... por nada? 


- "Maminha??? Outra vez??"

A Irene anda numa fase em que mama de 3 em 3 minutos. Salto de desenvolvimento, dores de dentes, não sei. É aborrecido? É. É normal? É. Recriminar a miúda não está certo. Ela tem essa necessidade, que lhe faz SÓ bem. E este foi um erro meu. Sempre que ela pedia eu dizia "que chatice" para ela perceber que a mãe queria fazer coisas e... ela passou a dizer "que chatice" sempre que vem mamar. Já lhe passou, claro. Agora tento ensinar-lhe a frase "mas que belas e firmes mamas que tens" para que ela diga antes de se servir. 

- "Não fez nada dói-dói, não seja maricas!". 

Não tratamos a miúda por você mas, às vezes, pela 3ª pessoa do singular. É querido, pronto. Da mesma maneira que não gostamos que alguém negue os nossos sentimentos, não neguemos os deles. Se eles choram, ou ficaram magoados ou apanharam um grande susto. Validemos isso que é já metade da ajuda para tudo passar. 


Estas são as que têm andado na minha cabeça para reflexão. E vocês? Há alguma destas com a qual concordem? Outras que queiram sugerir?

8.31.2015

Coisas cruciais nestas férias.

Só de relembrar que viemos passar as férias numa casa alugada em Sesimbra e com os avós paternos da Irene. Trouxe milhares de coisas, eis o meu resumo do que realmente me/nos tem dado jeito e o que nem por isso. Claro que não estou a falar de coisas normais como fraldas e isso. Seria parvo. Até para mim. Comecemos por aquilo que me tem dado jeito. 



O que tem dado jeito: 

- Babetes 

"Ah! Isso depois logo se vê! Põe-se um guardanapo ou assim". Não. Se já com os babetes, às vezes, é o filme que é, imaginem com a novidade de por um guardanapo na camisola. Até tentei uma vez, só porque não me apetecia levantar o rabo para ir buscar o babete, mas não deu resultado.

- Talheres dela

"Eles comem com qualquer colher, lembro-me de quando a minha avó me dava a sopa toda numa concha da sopa e ficava logo despachada". Sim, verdade. A mim dá-me jeito porque já tenho destreza afinada para cada colher e falho menos no alvo e consigo dar-lhe melhor a sopa. 

- Piscina pequenina

"Temos uma pisicina dos grandes, para quê uma pequenina?". Tão bem que soube vê-la na piscina pequenina e eu não ter que me molhar ou andar a passeá-la na água. Nem sempre as vontades estão sincronizadas e, se os vossos bebés forem como a Irene, não querem fazer outra coisa senão estar dentro de água. São 5 minutinhos em que quase que podem fazer um cocó vontade. Vocês. 

- Toalha com buraco para a cabeça

Por parvoíce agora chamo-a de macaca. Disse "anda cá, macaca" e pus-lhe a toalha e assim ficou. É óptimo porque continuam livres e a ficarem secos sem termos que os prender para os enxaguar. Se também ficavam limpos se lhes passássemos os panos da loiça da cozinha no pêlo? Sim, ficavam, mas menos prático e um pouco porcalhote.

- Intercomunicador

Esta nem é preciso explicar. A liberdade desta invenção é incrível. Qual invenção da roda, qual quê? Isto, sim! Libertou a mãe nas férias (quando ela não ia roncar que nem uma obesa mórbida para o quarto). 

- Copinho da água dela

Ficamos sempre mais descansados quando eles podem beber quando têm sede. Sem termos de estar com coisas. Sem ficarem miss t-shirt molhada com aqueles mamilinhos mais pequenos que um sinal mais ou menos feio de nascença.

- Brinquedos

Alguns, vá. Trouxe mais roupas que brinquedos. Aqui o pai e eu estamos a discordar (uhh que novidade). Eu acho que ela não lhes liga nenhuma. O pai diz que são muito importantes para que a Irene não andasse a mexer em tudo aquilo que está exposto e que é do dono da casa. Os brinquedos para a água, sim. 

- Lápis e bloco

Nada melhor que uns lápis de cera já todos partidos e lambidos para se entreter durante uns mágicos 3 minutos. 

- Objecto de transição

O coelhinho com que ela dorme é essencial. Está cada vez mais agarrada a ele. Gosto, confesso que gosto, apesar daquilo já ter sido arrastado por todo o lado e de cheirar muito a bedum. 


Logo à noite escrevo o que não devia ter trazido, acho eu. A ver se dá uma lista, mas duvido porque sou muita boa. 

7.23.2015

Coisas que me dão vontade de lhe partir os ossinhos.

E isto é num bom sentido. Era o que o Frederico me dizia no início do nosso namoro. "Até me dás vontade de te partir os ossinhos todos". Fiquei com algum medo, depois passou a dizer isso à minha gata e ela nunca foi tão mimada, por isso... fiquei descansada. 

Obviamente que não dá para enumerar e muito menos por ordem as coisas que nos fazem gostar ainda mais deles, as que nos fazem sorrir quando pensamos nelas e eles estão a dormir, mas ela está a comer melão sozinha e vou aproveitar para tentar. 



(ui, já apaguei e rescrevi 3 vezes, está a ser mais difícil do que o que pensava)


Quando a vejo a brincar sozinha

Quando se diverte a brincar comigo

Quando pergunta pelos avós

Quando pergunta pela Joana (uma amiga do parque onde vamos)

Quando quer uma coisa, vai à procura dela e encontra

Quando pede maminhas

Quando adormece rápido

Quando gosta da comida

Quando dança

Quando canta

Quando a vejo de cabelo apanhado

Quando se ri e diz "pipi" enquanto lhe troco a fralda

Quando nos tenta fazer rir

Quando trepa para a nossa cama para lhe fazermos brincadeiras

Quando aponta para as coisas que não pode fazer e diz "nanã"

Quando persegue o Noddy

Quando, por nada, se põe em biquinhos dos pés

Quando a vejo de vestido

Quando a vejo de calções

Quando anda de baloiço

Quando brinca com as pedrinhas

Quando vamos à praia

Quando pede para lhe cantar uma música específica

Quando estou no quarto "a dormir" e ela, de vez em quando, se lembra de mim

Quando percebo o que ela quer dizer

Quando ela diz que não

Quando simula que está ao telefone connosco

Quando o pai lhe dá banho

Quando eu lhe dou banho

Quando a vejo nua

Quando lhe ponho creminho ou água hidratante depois do banho

Quando a vejo a andar um bocadinho "sozinha" pelo centro comercial

Quando diz "Olá" a toda a gente e sorri para toda a gente

Quando bate palminhas por ver um peluche ou boneco que goste

Quando tenta calçar meias minhas ou sapatos

Quando acorda de manhã e me diz olá

Quando pede colo

Quando quer comer da nossa comida

Quando tomo banho com ela

Quando se tenta pentear

Quando está tão feliz que perde a força nas perninhas

Quando apanha algo no chão que está "sujo" e dá à mãe

Quando pede uma história em particular

Quando está a repetir a mesma piada durante uma hora

Quando se esconde atrás de uma grade no berço e espreita por outra

Quando dá pinotes na cama 

Quando mostra os dentinhos todos

Quando diz não, com birra

Quando responde que não tem cocó e tem

Quando fica toda feliz durante um dia inteiro por andar com uma colher que tem um leão

Quando pede para lhe dar peixinho e depois dar uma colher de sopa e depois peixinho

E, coisas como hoje, que não queria comer nada e lembrou-se duma coisa chamada melão e agora está a comê-lo sozinha.


Falta tanto... tentei ;)

6.08.2015

Coisas que tenho aprendido desde que sou Mãe.

Sabem aquela coisa que todas nós costumamos dizer quando alguém anda muito resmungão? Bem, dizemos duas. Uma é "anda a precisar de ..." a outra é "tem de arranjar uma vida". 

Neste último ano e meio, arranjei uma vida. E, por isso, tenho aprendido imensas coisas sobre o "eu" antes de ser mãe e o meu eu agora que durará para sempre. 




1 - Há tantas coisas mais importantes que probleminhas da trampa.

Lembro-me perfeitamente de andar irritada com aquilo que "o outro disse" ou pensou ou escreveu. Não tenho tempo para isso. De repente, não é tudo importante. O tudo passou a ser outra coisa e, por acaso, mais pequena (por enquanto) que toda a gente. 

2 - Sou mais infantil que a minha filha. 

Afinal quem faz as birras sou eu. E desde que ando mais atenta ao meu comportamento e a tentar melhorar a minha paciência, reparo que muitas das minhas atitudes são de birra. São porque "quero e quero" e não aceito esperar, nem ceder. Noto muito isto quando quero que ela adormeça rapidamente ou que coma tudo. 

3 - Ser mãe melhora-nos.

Ando na esperança de que esteja acumular novos conhecimentos personalísticos e que estes se manifestem quando deixar de estar privada de sono. Sinto que o facto de estar focada em algo que me gratifica que me torna numa pessoa melhor, mais equilibrada (atenção que não disse totalmente equilibrada que não crio ilusões ;))

4 - Temos todas o "Last-Chance-Workout"

Lembram-se do Biggest Loser? Em que a Jillian gritava sempre "Last Chance Workout" quando os tipos já se estavam a vomitar todos e ainda treinavam mais uma hora ou duas? Quando eles ficam doentes, ganhamos energias. Andei dois dias sem dormir de dia e de noite e andava mais "descansada" do que quando até dormia 3 horas de dia. 

5 - Isto é amor.

Claro, claro que amamos os nossos respectivos e os nossos animais de estimação e familiares. Para mim, isto é o que sinto. Amar é isto. Amor é isto. O resto prepara-nos aos poucos para este momento. Para não explodirmos de tanto disto. 

4.29.2015

Lista de coisas NÃO obrigatórias quando se vai ter um bebé.

- Corta-unhas e lima de papel

É só estúpido. Dizem até para se usar uma lima de papel mas, sinceramente, vim a descobrir que uma tesoura de pontas redondas é o mais fácil.





- Álcool para o coto umbilical

Podem comprar e usar, mas não é necessário. Na maior parte dos casos ele cai por si. Até podemos lavar no banho e tudo desde que os sequemos bem. 

- Toalhitas

As de viagem sim, são úteis. De resto, nos primeiros tempos, aconselho mesmo que se use compressas de tecido não tecido (nome estúpido) e ou água com um pouco de gel do banho deles (só um bocadinho) ou as "primeiras águas". 




- Termómetro rectal

Não é agradável nem para nós, quanto mais para eles. Além de ser difícil assegurar uma higiene constante daquilo em momentos que os filhotes tenham febre. Comprei um daqueles que se mede dentro do ouvido. Super rápido. De confiança. 

- 30 biberões

Não é necessário. Nem se sabe se vai ser necessário usar biberões nos primeiros tempos. Em princípio a mamã irá conseguir dar de mamar com o apoio certo (sugiro a linha SOS amamentação ou então o grupo no Facebook "Amamentação com Desmame Natural") e só precisará dos biberões para quando precisar de se ausentar e alguém lhe der o leitinho da mãe.



- Aquecedor de biberões

Não é necessário. É um conforto, mas não é necessário. Além de não se saber se realmente irá passar pela rotina dos biberões (a Irene só terá mamado uns 15 biberões até hoje), é fácil aquecer um biberão se tiver uma chaleira. Põe num tupperware com água quente e pronto (ou até debaixo da torneira). 

- Esterilizador 

Também é possível fazer-se esterilizações sem se comprar coisas. Além disso, há teorias de que nem é necessário esterilizar o que é para eles. Como queremos fazer tudo "muita bem" é normal que tenhamos esses cuidados nos primeiros tempos, mas se pusermos uma panela com água a ferver e "o material" (salvo seja ;)) lá dentro, fica na mesma e era como se fazia antes. 



- Bomba extractora de leite

Em princípio será necessário para quando a mãe for trabalhar, para o bebé continuar a beber o leite dela. Porém, até lá, antes de comprar a bomba, poderá alugar se preferir não gastar dinheiro ou até pedir emprestado às amigas (parece nojento para quem não esteja habituada a estas lides, mas é um alívio de mais de 100 euros). 

- Chuchas

Não é preciso comprar chucha. Os bebés não precisam de chucha. Temos de pensar sempre no que será mais natural. Eles, se precisam de satisfazer o desejo de sucção, têm de estar na maminha da mãe até para garantir o sucesso da amamentação.  No primeiro mês é até muito desaconselhável por poder causar "nipple confusion". Pode comprar-se depois, se se quiser. 




- Fazer stock de fraldas

A nossa vida não vai ficar confinada a casa. Até vai nos primeiros tempos (se for o primeiro filho, se for o segundo já andamos com ele às costas enquanto vamos ao cinema e arranjamos as cutículas), mas vamos continuar a ter que fazer compras (aconselho fazer-se online, é um luxo) e, com essas compras, podem vir fraldas. Há sempre promoções. Não se deixem enganar. 

- Roupa de rua

Eu sei que dá gozo. Que são muito queridas, mas o ideal é até que o bebé, nuns primeiros tempos, não esteja exposto a muitos estímulos. Para ele, ficar em casa, já é como apanhar uma cadela no Lux. Ir a restaurantes e a supermercados faz com que fiquem hiper-estimulados e faz com que fiquem muito desconfortáveis. Muitas das vezes, erradamente se atribuem distúrbios intestinais a bebés (cólicas) que não tiveram descanso suficiente durante o dia ou que estejam demasiado estimulados para conseguirem descansar. Não retirei grande prazer de andar a trocar a Irene de roupa nos primeiros três meses. Andava com o pijama. Estou só a dizer que não é necessário comprar, mas quem quiser... ;)



- Sapatos

Epá, não. Os recém nascidos não precisam de sapatos. 0. Podem ter umas meias boas e uns carupins (acho que é assim que se diz) para terem os pés quentinhos, mas bebé nenhum, nos primeiros meses, precisará de sapatos. A não ser que tenha nascido a andar. E, se for esse o caso, lamento o vosso pipi. 

- Toalhas para o bebé

É giro, mais uma vez, mas não necessário. Temos sempre uma toalha muito melhor que as outras cá em casa. Essa fica para o bebé. Ele não se importa se for uma toalha grande, até gostará de ficar melhor aninhado. 

- Brinquedos

Eles estão a borrifar-se para os brinquedos nos primeiros 3/4 meses. Não precisam disso. Podemos introduzir um doudou logo no início, mas só terá efeito a médio prazo. 



Tudo o que sintam falta depois, podem pedir. Isto se estiverem numa de gastar dinheiro. Se tiverem uma competição saudável entre avós e se vos apetecer espremer... Ficam aqui com algumas ideias quando já tiverem o necessário. 


*imagens We Heart It. 

3.15.2015

13 coisas que ADOREI na gravidez

Vá, para que as grávidas não fiquem só assustadas com as nossas queixas. ;)


1 - Adorei ter umas mamas tipo silicone 

nada estrábicas, nada caídas, sempre todas rijas que mais pareciam o rabo de uma ginasta, mais diferentes das dos meu marido.

2 - Adorei ter cabelo de princesa da Disney

impecável! Sempre todo farfalhudo e parecia que se mexia em uníssono como, lá está, essas pindéricas da Disney que têm sempre um cabelo maravilhoso.




3 - Adorei não ter que encolher a barriga nas fotografias 

esquecer-me de um hábito que tive durante 27 anos é maravilhoso. Estar a borrifar-me e poder sorrir genuinamente para a fotografia em vez de ter ar de quem quer dar um pum por me estar a encolher toda foi óptimo.

4 - Adorei não ter que me baixar para fazer nada 

nunca mais tive de ser eu a ligar para o senhores do MEO e ser eu a "ir ver lá atrás se os fios estavam ligados" ou nunca mais tive de apanhar coisas do chão, mesmo que não me fizesse diferença.




5 - Adorei nunca mais ter que levar sacos das compras para cima

0! 0 de levar sacos! Só tinha de ajudar a pôr as coisas dentro deles na caixa do supermercado e, mesmo assim, não tinha de o fazer porque o meu marido gosta de organizar tudo por categorias nos sacos e eu juntava os cotonetes com a picanha (terá sido de propósito?)

6 - Adorei não ter peso na consciência por não andar no ginásio

Não convém fazer grande exercício no princípio da gravidez, depois não nos apetece porque não sei quê e, no final, tal e tal. Esquecermo-nos das nossas obrigações desportivas é das melhores coisas de sempre. 

7 - Adorei poder usar roupas justas ao corpo

sem ser claro o bikini ou o fato de banho. Tão bom andar tranquilamente com aquelas camisolas justas à barriga e até usar riscas horizontais sem parecermos uma cadeira de piscina.




8 - Adorei ter mais apetites...

sim, principalmente esse, mas também andei a comer maçãs e tangerinas que nem uma estúpida.

9 - Adorei sentir-me merecedora do meu marido sair de casa para me ir comprar batatas ao McDonalds.

quase que não me senti mal por pedir. 



10 - Adorei nunca me sentir sozinha

sentia que tinha sempre um segredo comigo e que falava com ela nos meus pensamentos. 

11 - Adorei ganhar o dom da relativização

por não me poder irritar, aprendi a não me irritar tanto



 12 - Adorei que as pessoas achassem que a minha pele oleosa era o "brilho da gravidez". 

época aurea, minhas amigas, aproveitem. 

13 - Adorei nunca mais ter que tratar da areia dos gatos.

quero ter um segundo filho só por causa disso. 9 meses santos sem cocós de felinos. E, vá, outros três depois da miúda nascer.  


12.27.2014

Como se tornar numa mommy blogger de sucesso

Ser uma mommy blogger está na moda. Sim, nós somos mommy bloggers, mas, como já perceberam de certeza, somos tipo aqueles penetras que entram na Moda Lisboa sem saber nomes dos estilistas e sem o menor sentido de estética.
Não somos um blogue de maternidade convencional: nem tudo é perfeito, os nossos filhos não estão sempre bem vestidos, têm casacos com borbotos e estão ranhosos e doentes, dizemos asneiras e não temos os melhores looks nem o cabelo sempre arranjado... No fundo, somos o velhinho Estrela da Amadora nos início dos anos 90: estamos na segunda liga, mas com muito esforço talvez até consigamos chegar à primeira (pensando bem, talvez esta comparação não tenha sido boa, até porque o Estrela da Amadora subiu algumas vezes à primeira divisão e depois faleceu. Paz à sua alma).

Desengane-se quem pensa que ter um blogue de sucesso é fácil. "Ah é só escrever umas coisinhas, tirar umas fotos e está feito!", "Aquilo também eu faria." Então, força! Boa sorte!

Antes de se aventurarem, ficam as seis regras para pertencerem à Primeira Liga:

1. FILHOS SEMPRE EM ALTA. Os vossos filhos não têm ranho no nariz, nem ar de quem acabou de acordar, não fazem birras nem ficam com restos de sopa seca no queixo. O cabelo tem de estar sempre penteadinho, com um laço (se forem miúdas, senão seria estranho), e as roupas são sempre da última grife.

2. MÃES QUE PARECEM A IRMÃ MAIS NOVA. Mãe blogger que se preze fica em forma no dia do parto e se não fica, tem de parecer. Looks sempre fantásticos, cabelo sempre brilhante, olheiras sempre disfarçadas.

3. CASAS DE REVISTA. A vossa casa tem de estar sempre pronta a ser fotografada por uma revista do jet set. A sala tem um tapete branco imaculado, não há um brinquedo no chão, nem restos de papa.

4. FOTÓGRAFO PROFISSIONAL. Estão a ver as fotografias tiradas com telemóvel, em que eles estão super espontâneos e lindos, mas ficaram um nadica escuras e têm um braço desfocado? Esqueçam. Na blogosfera, se querem ter alguma credibilidade, têm de publicar fotos com a luz certa e o enquadramento digno de um World Press Photo.

5. SÍTIOS IN. O restaurante do momento, a loja mais querida, a feira das roupas mais apetecíveis. Se possível, ir a fazer matchy-matchy com os filhos (para quem não sabe, é irem vestidos a combinar).

6. MUNDO PERFEITO. A maternidade é um mundo cor-de-rosa, os nossos filhos estão sempre sorridentes, não há dores de amamentação e até parece que isto não dá muito trabalho. O quartinho deles é um reino encantado e todas as fotos espelham a felicidade que é ser-se mãe.

Quando é que vamos conseguir cumprir estes requisitos? Nunca, não é? Fiquemo-nos, orgulhosamente, pela segunda divisão.