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8.05.2017

Será que vou habituá-la mal?

Estamos a passar por uma fase tão boa quanto má de informação. Ter acesso a muita coisa, muitas opiniões e não sabermos como lidar com isso faz com que nos esqueçamos da principal fonte de informação: nós e a nossa criança. 

Apesar de ter "um blog de maternidade" e de já ter lido praticamente uma centena de livros - até os melhores no que toca a que nos sintamos mais confiantes no nosso "instinto maternal" ou na nossa intuição, como lhe quizerem chamar (estou a falar nos da Constança, claro) - não deixo de ter algumas dúvidas de "iniciada", alguns pensamentos com os quais me debato e que se comparam a não dar colo porque o "habituas mal". A propósito disso, leiam isto, por favor e partilhem por quem sintam que anda perdida nessa questão. 

Não habituei a minha filha mal com nada. Gosto de quem ela é e da nossa relação. Habituei-a a ser amada e isso fará com que procure a quantidade certa de amor para si sem sofreguidão no futuro, quero acreditar - uma das minhas principais preocupações. 

A Irene a dormir depois de um início de férias difícil com mais uma convulsão febril. 


Completamente desnorteada e adormecida, depois de um parto que não foi muito simpático, acabei por por a Irene a dormir no quarto dela no 2º dia de vida. Toda a gente me julgou, outras que apenas estranharam, mas ninguém viu o que estava a acontecer: eu estava morta por dentro, não conseguia sequer sentir amor pela minha filha. Estava em choque. 

O amor foi crescendo. A maternidade deixou de ser um silêncio gigante entre nós as duas e uma gritaria dentro de mim. Agora amo-a. Mais do que tudo e mais do que a mim (sei a que me sujeito a estar a escrever isto, claro). 

Depois do divórcio, tenho o lado direito da minha cama vazio (é mentira, porque agora ando super livre pelos dois lados, tendo sempre um lado da cama fresquinho) e confesso que já me passou pela cabeça, mais de uma centena de vezes - principalmente depois de dormir com ela nas férias ou quando está doente - em pô-la a dormir comigo. Sei que é um desejo amoroso, mas há algo em mim que me diz que não está certo, como se fosse uma regressão.

Acho que a Irene não deve ocupar o lado direito da minha cama, esse fica para mim por enquanto (engraçado o simbolismo da coisa) já que adoro rebolar de um lado para o outro. Fica para ela quando estiver doente também, mas ficará um dia para alguém que o/nos mereceça. 

Não quero de todo preencher a solidão que agora sinto com o corpinho da minha filha ali ao meu lado, ouvi-la respirar (e ressonar também, porra, que nem tudo são rosas) e tê-la a acordar-me com beijos. 

Eu não quero "habituá-la mal", mas tenho este desejo grande que sinto que devo controlar e até é mais por ela do que por mim. 


Nota: Sou muuuito adepta do co-sleeping, acho que é o que faz sentido, mas a nossa história é diferente e a Irene já tem 3 anos. 



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7.10.2017

Não obrigo os meus filhos a dizer "olá" nem a emprestar? Vamos lá falar sobre isto.

Estes tempos de correria, de mais horas de trabalho e menos disponibilidade para os filhos, de redes sociais, likes e pressa e, também, de sentimentos de culpa à mistura, têm servido, pelo menos, para uma coisa boa: pensarmos mais na forma como andamos a educar os nossos filhos e desejarmos melhorar. Traz-nos uma educação mais consciente e, pelo que vejo à minha volta, que quer estar mais atenta às necessidades das crianças, respeitando-as na sua individualidade. Sou fã de tudo isso, procuro seguir-me pela disciplina positiva - e não por isso menos assertiva - que tenta encontrar soluções além do castigo, da berraria, das ameaças e do estalo (sinto que podemos ser todos mais inteligentes do que isso).

No entanto, leio um pouco por todo o lado, uma "nova" corrente que, em virtude desse tal respeito pela individualidade de cada criança, se apropria do "não quer dar beijinho, não dá", "não quer dizer bom dia, não diz", "não quer emprestar, não empresta", "não quer dizer obrigada, não diz", "não quer dizer olá, não diz". Coitadinho. Não quer, não lhe apetece, não faz. Está no seu direito. Estará?

Concordo, em parte, que estará. Acho que não temos de armar ali um escarcéu, acho que não temos de comprar uma guerra ali, muito menos dizer-lhes que são isto ou aquilo, acho que a vida pode seguir, como dantes, com leveza, mas... acho que temos de incentivá-los a tudo isso: a cumprimentar, a emprestar, a agradecer. E não é à frente deles que vamos dizer "não quer dar beijinho, não dá" (estamos a falar de pessoas próximas, também não incentivo que beije desconhecidos assim do nada) ou "não queres dizer olá, não digas", porque acho que isso é estar a dar-lhes força para um comportamento que eu não considero desejável. Ser educado, empático e agradecido é algo bom para a vida em sociedade e começa agora. Acho bonito e acho que nos pode trazer coisas boas.

Se obrigo a dar beijinhos, ralhando ou forçando? Não, não obrigo.
No entanto digo: "não te esqueças de dar um beijinho à Susana!"(educadora) ou "Então e não te despedes da Susana?". "Essa menina quer dar-te um abraço e um beijinho, por que não lhe dás também?".
Se lhe arranco o balde das mãos, aos gritos, para o dar ao João? Não, não arranco.
No entanto digo: "era bom se emprestasses um bocadinho o teu Mínimo a essa menina. Um dia, ela também te empresta o boneco dela". Ou reforço: "ai que querido esse menino que te emprestou a bicicleta. Uau! Vês, que bom que é quando nos emprestam as coisinhas? Tu também emprestas às vezes!". [Quando o miúdo começou a choramingar que afinal queria a bicicleta não precisei de lhe dizer nada: levantou-se e foi entregá-la].
Se lhe dou um calduço por não agradecer alguma coisa? Credo, claro que não.
No entanto, quando se esquece de agradecer, lembro-a das palavrinhas mágicas que faltam.

E, mais importante ainda, claro, DOU (/tento dar sempre) O EXEMPLO. Agradeço, cumprimento, empresto (sim, empresto! Que história é essa de que os adultos não emprestam coisas uns aos outros? Não dividem? Não repartem? Acho que nos anda a faltar uma boa dose de generosidade e de simpatia).

Não temos de ser todos Joanas Paixão Brás, que, com 10 anos, achou que ser generosa era dar a boneca preferida a uma menina que lá foi pedir bonecos ao prédio, descalça. Essa Joana - cheia de vontade de agradar os outros (ainda hoje é assim, com tudo o que isso tem de bom e de mau) - ficou a chorar toda a semana cheia de saudades da boneca preferida, de cabelo ondulado. Aprendi que também não temos de ser tonhós e que há um enorme espectro de possibilidades entre agasalhar os outros e ficarmos nuas. Há meios termos entre aquilo que podemos dar aos outros, sem nos tirar a nós.

Acredito que emprestar o brinquedo preferido no parque não seja fácil (também eu estremeci quando emprestei o telemóvel a uma desconhecida no meio de Lisboa para que fizesse uma chamada), mas às vezes compensa correr o "risco". E pode ser que um dia sejamos nós a querer experimentar o brinquedo. Ou a precisar de um telemóvel (já me aconteceu, três vezes!). São "coisas", caraças. Sim, que custam a ganhar, que devemos estimar, mas são coisas. Se as tratarmos como coisas e se os nossos filhos nos virem a reagir dessa forma perante elas, tratando-as claro, com cuidado e exigindo isso dos outros (ninguém diz o contrário), talvez eles aprendam lições que ultrapassam o lado material e se tornem mais generosos. Mais... humanos.

Por isso, não entendo muito bem esse orgulho todo em gritar aos sete ventos que não se obriga os filhos a agradecer, a cumprimentar, a emprestar. Eu também não a encosto a uma parede, mas sugiro, sugestiono, ensino como acho que se deve fazer. Quando não gosto de alguma atitude, falo com ela sobre isso. Pode sair-me tudo ao lado, mas isto faz-me sentido assim. Por agora, pelo menos, tem dado frutos.

as primas a partilharem os brinquedos da praia



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7.05.2017

Pais, dêem mais espaço ao brincar!



O amadurecimento do sistema nervoso e os estímulos ambientais permitem que o bebé, ao longo do primeiro ano de vida, adquira um progressivo domínio do seu corpo e se comece a relacionar com o meio que o rodeia. Esta fase é muito importante para o desenvolvimento psicomotor.

A estimulação precoce nos primeiros anos de vida do bebé é fundamental para o seu desenvolvimento e nesta fase é a família que tem um papel mais importante. Verifica-se, por variadas razões, que os pais têm menos oportunidade de tempo para interagir e brincar com as suas crianças. Desta forma é muito importante que a família brinque e interaja com o seu filho, proporcionando um meio rico e diversificado de experiências para que este aprenda e se desenvolva de uma forma harmoniosa. Os pais devem conhecer e experienciar o desenvolvimento psicomotor e efetivo-emocional dos seus filhos respeitando seu ritmo individual e propiciando o desenvolvimento das suas potencialidades/capacidades.

Como cita Brazelton, “os estados de desenvolvimento são particularmente importantes para a compreensão da interação na infância, uma fase em que as necessidades e as capacidades se alteram muito rapidamente”. Em especial os bebés prematuros necessitam de uma especial atenção através de experiências psicomotoras adequadas às suas necessidades, para que consigam atingir adequadamente a maturação do sistema nervoso central.

Por outro lado, surgem no mercado inúmeros materiais de apoio à infância como cadeiras e outros apoios para posicionamento das crianças cada vez mais variados e sofisticados. Alertamos para o facto de que, se as crianças se limitarem a todos estes apoios, que reduzem a exploração do espaço envolvente e o brincar, pode resultar num impedimento ao desenvolvimento adequado. Por esta razão, deve-se colocar a criança num espaço amplo e seguro para que esta explore o ambiente que a rodeia, promovendo desta forma o rebolar, rastejar, gatinhar e a marcha.

É no brincar organizado e estimulante que a criança se torna mais autoconfiante e criativa, ou seja, ganha as competências necessárias para lidar com os desafios do dia a dia. Devem então os pais serem incentivados a brincar com os seus filhos de uma forma conhecedora da respetiva etapa de desenvolvimento, proporcionando um brincar direcionado para a aquisição de competências.

Fisioterapeuta Maria João Mendes
Terapeuta Ocupacional Sandra Nobre

Colaboração:
Happy Move


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6.30.2017

Será que vou ao terceiro?

É inevitável sentir-me assim. Eu, que já jurei a pés juntos que não vou ter mais filhos - quem mais jura mais mente?-, fico de pernas a tremelicar só de estar perto de um recém-nascido. Se o tiver no colo então, quentinho, com aquele cheiro que só eles têm, é como se nada fosse mais sagrado. Fui conhecer o filho de uma das minhas melhores amigas, o Lourenço, e desejei, secretamente, ter mais um, meu. Não há nada mais doce, mais bonito, mais puro, do que um bebé acabado de chegar ao mundo. É luz, é redenção, é oportunidade, é recomeço... são páginas em branco por escrever. É enternecedor ver um ser tão pequenino no colo da sua mãe - e que mãe! Ver a minha amiga ser mãe, tão cheia de amor e instintos, a saber dançar já tão bem esta dança - mesmo que com todas as dúvidas e receios que qualquer mãe tem, sempre, a vida toda - deixa-me tão feliz! Ainda hoje os imaginei a darem colo um ao outro, a conhecerem-se melhor, a serem um. É mágico. Tem muito de difícil, sim, não me posso esquecer. Visto de fora, por apenas algumas horas, é um romance. De dentro, é romance, é drama, é trágico-cómico. Mas é um começo e os começos têm tanto de energia e corações palpitantes como de receios e hesitações e cansaço. Passa tão depressa. Passa mesmo. Ainda agora a Luísa me cabia num braço e já preciso do corpo todo para lhe dar colo. Já está a andar pelo próprio pé, a mandar beijinhos e a fazer birrinhas em que se manda para o chão e bate com a perna direita duas, três, quatro vezes e ainda ontem era só maminha e colo e maminha e colo. 

Adoro recém-nascidos. Adoro tudo o que eles representam e são. Adoro a fragilidade, o tamanho, a dependência, as boquinhas. 

Adorei conhecer o Lourenço. Que tenha a melhor das infâncias e um futuro brilhante. Meu sobrinho emprestado. Tudo começa agora. Para ele, mas também em cada um de nós há uma sensação de recomeço, ao sermos todos mais felizes por ele existir.




Ah! Mas e o título? Será que vou ao terceiro? A resposta mais provável é não. Um dia explico. 

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6.23.2017

Ser mãe de meninas é...

- é ter a delicadeza e a meiguice de mãos dadas à rabugice e ao espírito indomável

- é pôr no cabelo um gancho (ou dois ou quantos quiserem), nas unhas verniz e (tentar) meter no coração bondade e na cabeça espírito crítico

- é conviver com purpurinas e castelos e microfones mas não deixar que apenas isso seja opção

- é prepará-las para saberem viver bem com os seus corpos e (tentar) que não tenham problemas de auto-estima

- é dar-lhes armas para serem independentes, fortes, destemidas e acreditarem que podem ser até astronautas se quiserem

- é querer protegê-las de tudo mas desejar que se saibam proteger e lutar pelos seus direitos

- é dizer-lhes o quão esforçadas e inteligentes são em vez de lhes dizer que são princesas, bonitas e bem comportadas

- é ensiná-las a desejar o melhor às outras mulheres, a apoiá-las, a estar lá para elas, em vez de serem as primeiras a criticá-las e a deitá-las abaixo

- é desejar que o mundo seja delas e que serão livres para ser mães, se quiserem, casar, se quiserem, trabalhar no que quiserem, namorar com quem quiserem, sem pressões da sociedade (e muito menos minhas) desde que o façam com muito amor

- é maquilhar-me à frente delas, emprestar-lhes a maquilhagem, deixá-las andar nos meus saltos altos, mas mostrar-lhes que me sinto bem de cara lavada e com jeans rotos e chinelos e que, se nos sentirmos confiantes na nossa pele, o resto não é importante

- é mostrar-lhes que é possível sermos sensíveis e sermos corajosas, que podemos chorar mas que dentro de nós haverá força para limpar as lágrimas e ir à luta


SER MÃE era o meu SONHO. 
Aconteceu ser mãe de meninas. 
Adoro (adoraria ser de meninos também, tenho a certeza). 
Adoro ser Mãe, ponto. 

E, pensando bem, se fosse mãe de menino talvez lhe desejasse exactamente o mesmo, talvez agisse de forma semelhante. Talvez não lhe comprasse tutus cor-de-rosa por minha espontânea vontade, mas caso ele o desejasse compraria, sem hesitar. De resto, educá-lo-ia com os mesmos valores, com o mesmo cuidado, com o mesmo rigor. Educá-lo-ia a defender as mulheres, a amá-las e a respeitá-las.



















Sapatos Hierbabuena
 Tutus e camisolas personalizadas Kutchies
Fotografia
Tila do Amaral
Horto do Campo Grande

 
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6.21.2017

Mães que vivem sozinhas com os filhos: palmas para vocês.

Seja por divórcio, seja porque o marido está no estrangeiro, ou porque trabalha fora, seja por que razão for, opcional ou não, ter os filhos apenas sob a nossa alçada todos os dias, cuidar deles, brincar, acalmar os pesadelos, passear, cumprir horários, educar... É DOSE. E eu cheguei a esta conclusão tendo o David presente ao fim-de-semana, nem quero imaginar quem só tem de quando em quando... ou NUNCA! 

Por motivos profissionais (dele), vivemos assim em abril e maio. Além das saudades que todas sentimos (e ele também, claro), foi duro. É duro a falta de apoio, aquele time breakzinho, aquela ida à casa de banho mais demorada enquanto se faz uma passagem rápida pelo feed do telemóvel, porque sabemos que o outro está lá. Não há um jantar feito pelo outro, não há um "pergunta ao pai", não há aquele apoio perante uma birra, até porque às vezes é preciso é ter ideias para contornar as crises. Não dá para tirar um intervalinho, é contínuo, é sem paragens e sem desculpas. 

Não é fácil, pois não? Ou sou eu que tenho uma tendenciazita para a vitimização - o que também é possível, porque com o cansaço (lá está a queixinhas em acção), a nossa margem para resistir e aguentar tudo diminui substancialmente!

Vocês, que vivem só com os filhos, merecem uma estátua. A sério que sim. "Eu não aguentaria muito mais tempo", saiu-me várias vezes. Claro que aguentaria, se tivesse de ser. Mas sai do pêlo, desgasta, cansa. Por eles, tudo, claro. E acredito que aquela felicidade espontânea, aquele abraço mais demorado sem termos pedido, aquele "gosto de ti, mãe" no final do dia ao adormecer seja suficiente para repor as energias para mais 24 horas. Queixamo-nos mas queixamo-nos com o coração a transbordar.


Fotografia: The Love Project

*Válido também para pais, claro 


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5.31.2017

A Luísa já tem 1 ano!

E já estou naquela fase em que entro numa onda de melancolia amena e meiga com a passagem do tempo. Fico naquele limbo entre felicidade e nostalgia, prazer de vê-la crescer e saudades de a ter bem pequenina. É um clássico, eu sei, muita gente sente o mesmo, não estou a sentir nada de novo, mas quem, como eu, está a ter o privilégio de acompanhar cada centímetro do cabelo a crescer e - ao mesmo tempo - acusa o cansaço de ter de estar lá sempre para aparar cada queda, para adormecer, para limpar e para arrumar tudo o que se lembram de tirar das gavetas e do armário, sem ter muito tempo livre, vive isto de uma forma tão intensa que é difícil manter um equilíbrio. Queremos que cresçam, queremos que se mantenham mínimos e nossos. 

Estou apaixonada. Acho que sempre tive, mas agora mais. Mais. Mais. Gosto de vê-la dançar (contorce-se toda), tentar cantar, provocar-me para ir atrás dela enchê-la de cócegas, tentar comunicar comigo. Ela quer tanto falar! Adoro quando me procura, quando deita a cabeça no meu peito e quando tenta dar-me beijinhos com a boca aberta. Está a crescer depressa, mesmo que devagarinho, ao meu lado.

Adoro-a pelo que é, como ser único que é, mas como já escrevi aqui, ainda a adoro mais com a irmã. Vê-las, as duas, a descobrirem-se de manhã, a dar a mão no carro, a reverem-se quando vou buscar a irmã, a brincarem no banho, a darem gargalhadas juntas... não há coisa mais bonita. Obrigada filha, por nos teres vindo acrescentar tanto, por seres esse ser tão especial e tão cheio de luz.

Já tem um aninho, este meu amor. Um aninho! Que nos continues sempre a abraçar e a dar mimo dessa forma e a fazer crescer em nós os melhores sentimentos, a fazer-nos derreter de tanto amor. Cá estaremos sempre.










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5.29.2017

Para as leitoras que dizem que vivo a Irene intensamente...

Foi no fim-de-semana, ao contrário do que tinha previsto com o saco. E não devo ter ido mais do que 3 vezes à Praia da Costa, mas decidi ir com ela, para vivermos mais "praia" e menos um "viemos aqui e já vamos embora". 

Tempo manhoso, mas abafado e praia vazia - perfeita. Gritou, correu, quis andar nua, fez xixi, encheu-se de areia, comeu panados, pôs protector... tudo! Ficamos as duas com aquela estafa de praia e com o coração cheio de amor na praia. Das duas. 

Vivo a Irene intensamente. É verdade. Tenho os meus motivos para isso. Todas as mães os têm, além de praticamente todas sentirmos este amor que nos sai da pele. Para mim é o que de mais gratificante existe na vida além de ser a minha maior responsabilidade. Além disso, tenho outras características em mim, outros passados, outras questões que me fazem querer dar tudo sempre que posso, sabendo-me gerir e vendo-me como ser humano e, portanto, falível. 

Não fosse este um blog de maternidade e falaria muito mais de todos os meus outros interesses, mas nada nem ninguém como esta garota que, quando abri a porta do quarto dela hoje de manhã me disse: "Cucu!". 

Tenho uma relação pouco saudável com a minha filha? Duvido. Ninguém melhor que eu e ela (e o pai) sabemos o que é o melhor para ela, para nós. A Irene é a nossa vida.

Isto é como na culinária. Todos temos de comer. Há uns que gostam de cozinhar, outros que gostam menos, um que gostam com mais sal, outros com menos, uns que só consomem biológico, outros que acham isso uma seita... O resultado tem de agradar a quem confeccionou e a quem vai comer. E mais do que agradar, alimentar, servir.

Quanto mais seguras estivermos, menos tudo o que é "ao lado" nos afecta. 

Estamos bem. Espero que vocês todas também e, se não estiverem, não tem mal. Terão em vocês e nas vossas famílias as ferramentas necessárias para estarem novamente um dia. Caso não tenham, peçam ajuda. Falem. 

O truque é estarmos conscientes, atentas porque o amor todas nós temos. E tanto. 










Coisas que possam ter achado giras: 

Chapéu - Jumbo
Top de alças - Zara
Fato de Banho - Tuc-Tuc 


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