8.12.2015

Os vossos também fazem isto?

Já sabem que andamos sempre à procura de talentos escondidos nos nossos filhos e, principalmente, demasiado precocemente.

Neste caso ando desconfiada que a minha filha tem um dom para bailado (daqueles dos Cisnes) ou, então, que acha que andar de saltos lhe realçaria o traseiro.

Já antes de começar a andar que a Irene está constantemente em biquinhos dos pés. Dá dois passos normalmente e dez assim. Quando está a ver televisão em pé, também está sempre a fazer como as bailarinas fazem. 

E eu que o diga que uma vez me inscrevi para Dança Contemporânea a pensar que era Hip-Hop (para mim era contemporâneo, pelo menos em relação à minha pessoa) e levei ainda com uma aula de ballet que andei de lado e literalmente de lado. 

Isto é mais uma daquelas coisas em que acho que ela é especial e afinal todos fazem ou tenho de ir a um podologista que é capaz de lhe doer os calcanhares? ;)



8.11.2015

A minha filha é porcalhota?

Juro que pensava que isto só lhe ia dar lá para os 8 anos.

- Isabel Alicia vai lavar os dentes!
- Já vou!
- Isabel Alicia, a mãe está a mandar!
- Mãe, agora não posso!
- Mas já há uma semana que não podes, Isabel Alicia. Daqui a pouco quem não pode com o cheiro dos teus dentes são os bichos que já aí montaram acampamento, Isabel Alicia.
- Oh mãe!!!
- E alguns vão ficar sem-abrigo porque os teus dentinhos vão cair todos, Isabel Alicia.

(Nota: a minha filha não se chama Isabel Alicia. Só Isabel, mas para estes efeitos, bem que dava jeito ter um segundo nome. Não esta combinação (desculpem-me as Isabéis Alicias desta vida, que serão só uma ou duas no mundo, espero).

Afinal a fase de não estar nem aí para os dentes a ganharem bicharada começa mais cedo. Não a consigo enganar. Nem sempre foi assim. Dantes adorava! Comprei uma dedeira, molhava apenas em água e a miúda adorava quando lhe esfregava as gengivas. Ria-se que nem uma perdida. Bastava dizer-lhe "vamos lavar os dentes", que ela fazia um som como se estivesse a bochechar, que lhe ensinei.

Depois, comprei uma escova macia da Chicco, própria para crianças e nos primeiros tempos ainda a conseguia enganar, com uma pasta com sabor a morango. Depois, só lhe interessava chupar aquilo e recusava-se terminantemente a que lhe escovasse os dentes. Comecei a dar-lhe a escova para a mão, para se entreter e de vez em quando lá ia a chata (eu) tentar fazer o serviço bem feito: passar pelo menos uma vez nos dentes.

Saquei uma aplicação para o tablet - chamada Talking Angela - que basicamente é uma gata que replica a nossa voz, a quem damos comida, damos banho, pomos a dormir, etc (o maior sucesso com a sobrinha Laura, de 4 anos). Acha um piadão à parte de lhe lavar os dentes. Mas depois quero replicar com ela e nada.



Cerra a boca, logo depois de chupar a pasta. Diz "nã, nã". E pronto. Resultado: está há dias sem lavar os dentes.

Alguma técnica para tornar este momento numa coisa aliciante?

8.10.2015

Não vão ao Zoo!

Este é o conselho que tenho para vos dar caso achem que os vossos filhos fiquem mais fascinados com aspersores (rega automática) do que com os animais em si. Vocês vão ficar mais fascinados é com o preço dos bilhetes, mas não deve ser fácil manter tanto animal ali. E animal de grande porte. Eu vejo pela quantidade de carne que o Frederico é capaz de comer. Imagino um elefante ou um urso.

Se valeu a pena? A alternativa era fazer o mesmo "de sempre", por isso claro que valeu! Até aos 2 anos eles não pagam bilhete - apesar de, a meu ver, eles não pagarem bilhete até começarem a trabalhar - e nós temos desconto com cartão FNAC, por exemplo.


Não ampliem isto no telefone. Eu fiz e reparei que tenho ali um dentinho com restos de bolacha. Juro que não é tártaro. Uma mulher tem de comer, pá.
Fomos de taxi, como vos escrevi de manhã aqui. Tivemos sorte porque, assim que chegámos, o comboio do Zoo estava logo de saída. Custou um euro (a mim, às pessoas que o mandaram fazer, acho que deve ter sido mais caro). 

Conselhos para o comboio: 

- Não se sentem na parte mais atrás das carruagens: tem colunas com um relatório bastante secante (sorry, mas é verdade) e não adequado ao público e aos altos berros. Perturba e não deixa que consigamos ouvir-nos uns aos outros.

- Crianças pequeninas a meio do banco porque, dos lados, não tem grande segurança se tiverem um miúdo mais mexido.

- Levem protector solar também para o comboio, porque nunca se sabe se têm que se chegar "para lá" e ficam a apanhar sol (ou os braços do vosso filhote) durante todos os quinze minutos da viagem. 

Valeu a pena o comboio. Se não tivesse conseguido andar com ela pelo jardim todo a ver os animais, já senti que tinha visto algumas coisas. Já não tinha sido em vão. 

Fomos num dia de grande, grande calor (ontem). Por isso, mais do que darmos graças pelos "chuveiros humanos" que o Zoo tem espalhados pelo recinto (contei dois intencionais e umas centenas de aspersores que deu para nos molharmos na mesma), também tive de ter muita atenção ao que levava para ela: 


O meu pai perguntou-me se ela estava triste na fotografia. Não estava. Estava a ver os macacos na aldeia dos macacos e raramente lhe peço para sorrir para as fotografias. Sou mais de gostar de ter lembranças "au naturel". 

- Água fresquinha 

- Melão

- Bolachas

- Banana

- Mamas

- Protector solar

- Chapéu

Ui e tanta maminha que houve. Não parava de pedir. Bebeu água, bebeu o "suminho" do melão que estava no tupperware, esvaziou-me toda 40 vezes. 

Adorámos. Jogo muito ao jogo da memória com ela, em que enunciamos juntas coisas que nos lembramos de dias mais especiais. E este é mais um dia para conversarmos juntas do que mais gostámos.

Não deu para tirar mais fotografias. Entre andar com ela ao colo, de mão dada com ela ou com ela nas maminhas... 

Ah! O pior de tudo foi eu ter apanhado um escaldão no bigode. Viva! Como suo imenso daí, mais o sol directo... maravilhoso! Ainda não me olhei decentemente mas devo ter uma risca horizontal castanha-escura, como sempre. 

Voltámos de comboio. Adorou. Claro que fiquei entalada na merd* das portas com a mochila. Que nervos. 

A mãe sugere - Quarto dos Miúdos (#02)

Depois das sugestões para o quarto das miúdas, com tons vivaços ou cores pastel, ficam as sugestões para o quarto dos miúdos, com inspiração escandinava, mais minimalista, com a predominância do preto, do branco e do cinzento.

Acho que se da próxima vez tiver um miúdo (que deverá dividir o quarto com a Isabel, até porque não temos mais em casa), vai ser muito por aqui (também gosto muito para menina, acrescentaria talvez mais uns acessórios em cores pastel ou neon). 







 
    














 

É que gosto mesmo, mesmo disto! 
Os autocolantes nas paredes, os posters com frases inspiradoras, as bandeirolas, a mistura do preto e do branco (nunca pensei gostar de ver uma parede preta, mas resulta).
A ideia das camas no chão, então, acho fantástica, muito montessoriana.

Com mais uns pormenores girly:

 


Gostam ou são mais adeptas de cor nos quartos dos miúdos?



Os links para estas imagens estão todos no meu Pinterest.

Fui apanhada



Passei pelas brasas. Assim, dentro de água, a agarrar a borda da piscina. Acho que ser mãe me treinou para adormecer em qualquer lugar, em qualquer circunstância e para readormecer com muita facilidade (depois do treino da amamentação e de chegar a ir ao quarto dela 8 vezes por noite). Não há tempo a perder.

O marido achou giro tirar-me esta foto sem eu dar conta. E depois? Depois senti uma coisa a cair ao meu lado, a molhar-me toda. O meu coração disparou como nunca. Pensei que era a Isabel a cair à piscina (apesar de estar sempre um de alerta). Saltei dali num ápice, pronta a ir buscá-la. Não. A Isabel estava na cadeirinha. Era o tonto do pai da criança. Todos os nomes do mundo.

Er... alguma especialista?

Ontem a Irene e eu fomos ao Jardim Zoológico. Devo contar tudo no post da noite (que agora estou podre de sono e não consigo que o meu cérebro escreva mais do que algumas linhas sem dar de si). 

A ir não chegámos a apanhar o comboio porque, por ser domingo, iria demorar muito tempo a chegar (tinha acabado de partir um), acabámos por ir de txi, já que estamos a menos de 10 minutos do Zoo.


Alguém sabe como funciona o transporte de crianças pequenas no taxi? Fiquei impressionada pelo taxista não me saber dizer. "Aí está uma boa pergunta! Se forem pequeninas vão ao colo da mãe e pronto". Não me parece bem. É isto? Num país civilizado? Tanta coisa para as crianças andarem contra a marcha e com cintos e não sei quê e depois, nos taxis, vai ao colo da mãe e pronto? Não sou física mas, em caso de acidente, parece-me que a criança deverá assim até amparar alguns golpes à mãe e acho que seja o desejável.

Criminalmente quem seria o responsável? O taxista por não ter transporte adequado para as crianças, a mãe por não levar ou a mãe por, mesmo assim, ter decidido ir de taxi?

Não acho possível que todos os taxis tenham uma cadeirinha, não. Até porque estava o sr a explicar-me que "roubaria lugar de passageiros ou de bagagem", mas poderia haver os taxi com possibilidade de transporte de crianças e outros que não. Tal como há com o multibanco. Se calhar até há, há?

Sabem de alguma coisa? 

Sei que não é normal andar-se de taxi frequentemente mas os acidentes nem sempre acontecem pela frequência, certo?

8.09.2015

As 22 melhores coisas da maternidade

Depois de ter escrito este post (as 22 piores coisas da maternidade), surgiram várias propostas para enumerar as 22 melhores coisas da maternidade.


Cá estão. Tenho a certeza de que muitas vão ter de ficar de fora. Sim, porque a Isabel ainda não disse "gosto muito de ti, mãe". Quando disser, vou chorar. De certezinha!

Acrescentem as vossas! :)



1. Acordar bem cedo e ser recebido por um bebé sorridente, que só tem olhos para nós.

2. Ouvir "mamã".

3. Receber o melhor dos abraços.

4. A primeira gargalhada. E todas as que se seguem.

5. Dar-lhes colo. Beijar cada dedinho, cada refego.

6. Amamentar e sentirmo-nos umas super-mulheres.

7. Dar-lhes leite no biberão e ver aqueles olhos brilhantes, apaixonados por nós.

8. Esforçarmo-nos, todos os dias, para sermos pessoas melhores.

9. Comprar roupinhas em ponto pequeno.

10. Quando nos começam a dar beijinhos.

11. Quando partilham a comida connosco.

12. Quando fazem gracinhas para nos conquistar e fazer rir.

13. Reaprendermos brincadeiras e canções da nossa infância.

14. Tornarmo-nos palhaços, dançarmos em qualquer lugar, sem vergonha, só para os fazer rir.

15. Passarmos a dar prioridade àquilo que a tem. Passarmos a colocar tudo o resto em perspectiva.

16. Redescobrirmos lugares, jardins, voltarmos ao Zoo e ao Oceanário.

17. Quando chegamos a casa ou à creche e vêm a correr e a dar gritinhos de alegria.

18. Ver chover, ver as árvores a dançar ao vento: olhar para tudo como se fosse a primeira vez.

19. Vê-los gatinhar. Vê-los dar os primeiros passos. Vê-los comer a primeira sopa. Vê-los crescer.

20. Tê-los a dormir aninhados a nós, serenos, perfeitos.

21. Amá-los todos os dias, mais e mais. O nosso coração é elástico.

22. ___________________ (complete).




Nem sempre é fácil, mas ser mãe é MESMO a melhor coisa do mundo!

Promessas falhadas.

Oops... em dois dias foram duas, mas não foram de propósito. Dou o meu melhor para ser coerente. Se digo que "vamos lá" a seguir é porque vamos. Se dou as chaves de casa, depois de fechar a porta, dou. Senão não digo que vamos depois ou que depois dou. Não faz sentido mentir porque também não quero que ela venha a mentir também. Ou redirecciono ou faço-a esperar um bocadinho. Vai saber que a mãe é de confiança. 

Infelizmente em dois dias, duas promessas falhadas. Duas coisas que eu contava que fossem acontecer não aconteceram e, por acaso, a miúda reagiu bem, claro. Passado 10 segundos já não se lembrava, só eu. 

Uma era que íamos ao jardim e que íamos brincar com a Joana. Ela está lá sempre, não têm noção. Das 48 vezes que fui àquele parque, não houve uma única vez que não estivesse. Ontem que disse "vá, quando acordares vamos ao parque brincar com a Joana", o raio da miúda não estava lá. 

Outra foi que hoje íamos à rua (tinha de ir à farmácia) e que passávamos pelo gatinho da mãozinha (aqueles gatos chineses que abanam uma pata para cima e para baixo). Foi o caminho todo a falar disso. A manhã toda até. Quando chegamos lá apercebi-me que nem loja dos chineses, nem farmácia: hoje é domingo.

Bom, sempre deu para brincar com uns azulejos a que achou piada.

A minha filha vai de body para a rua ;) 


Para a próxima vou dizer "podemos tentar ver se está lá a Joana" ou tentar lembrar-me que dia da semana é. Agora ela nem reparou, mas tenho que ir treinando estas coisas para quando importar ainda mais. 

8.08.2015

Pergunta para queijo...

A que é que a Irene chama um "já sei"?

1) a uma sopa japonesa esquisita que temos por aqui e que se chama "xôsê", mas sai-lhe assim.

2) ao chassi dum carro, mas a tentar pronunciá-lo em inglês: "chássey".

3) a uma tortilha porque houve um dia que não parava de me chatear para lhe dar alguma coisa e eu gritei "já sei" e dei-lhe um pedaço de tortilha.

a resposta está depois de carregarem no "ler mais" (se eu souber fazer isto)


Crianças Felizes, o livro de Magda Gomes Dias.



A especialista em blogues aqui do nosso estaminé é a outra, a Joana Paixão Brás. Ela é que sabe quem são as pessoas, sobre o que escrevem, etc. Eu não faço a mínima. Desde que temos aqui o a Mãe é que sabe tenho feito um esforço, por achar que tenho de estar a par "do meio", mas somos mais que as mães e confesso que nem sempre sei distingui-las. Tenho o mesmo problema com celebridades. Confundo-me com todas. 

Bom, isto para dizer que não conhecia o blogue da Magda. E até me convém dizer isto pelo nome do nosso blogue ser parecido com o dela. Por acaso, na altura, nenhuma das 5 a quem propus o nome se lembrou disso, por isso foi mesmo por acharmos que fazia algum sentido. 

Tomei contacto com o trabalho da Magda num programa de televisão. Acho que foi na Grande Tarde da SIC (nem podia eu dizer que era de outro canal porque a Joana trabalha nesse). Fiquei um bocadinho de pé atrás por ser um pouco preconceituosa com pessoas que dêem palestras, façam coaching ou "sessões de aconselhamento". É um problema meu. Associo muito isso a cultos, seitas. Não sei se sempre convidarão as pessoas a reflectir ou se apenas é para criar um grupo de seguidores fazendo alguns trocos (se calhar vi muito a série The Following). 

É óbvio que a Magda faz dinheiro com o que faz, é o trabalho dela e acho muito bem. É como as pessoas que julgam as bloggers que recebem dinheiro para fazer publicidade... Toda a gente deve ser paga pelo trabalho que faz. Toda a gente. 

Mudo, muitas vezes, de opinião em relação aos livros, assim que me vou informando. Tal como mudei em relação aos livros do pediatra Mário Cordeiro. Quando não sabia nada, quando ainda não pensava muito e só absorvia informação sem espírito crítico, parecia-me a última Spur Cola no deserto, mas rapidamente me vim a aperceber que não me identificava com várias questões. Um dia falarei sobre isso. Tenho é de arranjar uma maneira elegante de dizer que não concordo com muita coisa que o "pediatra em que os portugueses mais confiam" e nem sempre é fácil porque mexe com questões estruturais da minha pessoa e da vossa, claro. Se nos cingirmos àquilo que perguntaríamos a um pediatra e que um pediatra estuda, sim senhora, acho eu que não sou médica, claro.

O prefácio ser do Dr. Mário Cordeiro deixou-me muito de pé atrás. Como escolher para um livro de parentalidade positiva um homem que advoga a palmada e também que "quando os miúdos choram a comer, veja pelo lado positivo que até abrem mais a boca para comer" (algo do género). Depois pensei: okay, assim é capaz de chegar às mesmas pessoas que confiam no Dr. e lhes faça pensar de maneira diferente. É uma jogada de marketing penso ou, então, até uma provocação para o Dr. pensar diferente. Não sei. Tentei ignorar "a capa" e julgar pelo conteúdo. 

Li ontem o livro quase todo. Faltam-me 4 páginas porque, quando dei por mim já tinha os óculos no bigode e já estava a babar-me toda. E adorei. Mais o livro do que me babar toda. 

É um livro que convida a fazer diferente e identifiquei-me muito com ele. Como pessoa que já está curiosa o suficiente por esta nova "escola de educação" (praticamente a oposta da maior parte dos nossos pais") sinto que este livro compila de forma muito eficaz as várias teorias e pontos a que devemos dar mais atenção se quisermos criar uma relação de respeito mútuo com os nossos filhos e de cooperação em vez de incutir medo para serem obedientes, sem compreenderem por que é que lhes estamos a mandar. Nisso do medo estão incluídos os gritos por sistema, os castigos, as palmadas.

A verdade é que muitos de nós queremos fazer diferente dos nossos pais mas não sabemos exactamente como fazer. A Magda dá óptimas sugestões. Explicando-nos o propósito de cada uma e dando exemplos. Já estou a ler o livro há uma semana. No dia seguinte a ler umas folhas, aplicava sempre algo à Irene e resultava. Não são coisas que a Magda inventou, são coisas que ela aprendeu, compilou e arranjou uma maneira simples de explicar a pessoas que não sejam neurologistas, psicólogos, etc. Até tem um capítulo em que explica de forma muito sucinta (mas tão eficaz) o cérebro dos nossos filhos. Gostei. 

É uma óptima introdução a todos os temas que temos de aperfeiçoar caso queiramos criar o tipo de relação que falei ali em cima. Há pessoas que o fazem naturalmente por terem crescido em famílias que o fazem assim inconscientemente ou conscientemente e estes livros são apenas uma descrição do que já sabem. No meu caso são ideias, são sugestões, são chamadas de atenção e tudo isso sem termos técnicos puxados, sem estar sempre a cuspir nomes de autores. 

Quem quiser saber mais terá de ler mais, mas para quem nada saiba ou pouco sobre esta área é, até agora, um óptimo livro em português para começar e perceber a necessidade que temos de sermos pais duma forma mais consciente e presente. Até esta temática muito na moda do "mindfullness" (apesar de ser tão estupidamente antiga) é subtilmente abordada. 

Tem também algo que me vai dar muito jeito quando a Irene for para a creche que são algumas dicas para sairmos de casa a horas e sem discussões de manhã. Dicas óptimas que demoraria muitos meses a lá chegar, visto que tenho o pior dos feitios de manhã e não ser a pessoa mais paciente. 

Para terminar, acho mesmo que o título do livro é justo. É um amuse-bouche para criar crianças mais felizes, verdade. O resto terá de ser feito por nós. Tudo o resto. Somos nós os pais.


Conceitos que irei aprofundar depois deste livro: criação com apêgo, parentalidade positiva, disciplina positiva, comunicação não violenta, escuta activa, mindfullness.