3.23.2016

Quais são os melhores iogurtes?

Ando nisto há algum tempo. Ando há procura dos iogurtes perfeitos da Irene, mas sem que tenha de ir a sítios esquisitos.

Encontrei estes (ela adorou), será que não terão muito açúcar?


O que dão vocês aos vossos? A mim fazem-me confusão aqueles iogurtes que nem se põem no frigorífico... muito saudáveis não hão de ser...

Somos parecidas?


A festa da Isabelinha foi um máximo, não tarda temos as fotografias da festa e vão poder ver a loucura que foi. Esta foi uma das que tiramos à porta do espaço...  Acham que somos parecidas? ;)

Ela adorou o pula-pula, passou-se da cabeça (literalmente porque até deu com ela no chão, mas só chorou por eu a ter pegado ao colo porque queria ter continuado a saltar).


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A festa da Irene é no sábado e só não vos convido porque... bem... ahm.... coiso! ;)

Ontem estive pouco tempo com ela...

Tive de trabalhar mais do que o costume ontem. No trabalho estava a ver as horas a passar e o meu tempo com ela a diminuir. Na minha cabeça ouvia a voz dela e via o sorriso dela de temps em temps e morria de saudades. Acelerei o que podia ao máximo como se não pudesse perder aquele comboio que só há de mês a mês (parece uma metáfora estúpida para período mas não). 
Vim rápido. Cheguei a casa doida para a abraçar. Ela também, mas distraiu-se com uma bola no chão. Pediu maminha e trocámos de turno: o pai foi trabalhar. Tinha de fazer imensa coisa como o jantar dela, o meu, arrumar a sala, dar uma limpeza no chão... 

Decidi incorporá-la em tudo. Começamos pelo clássico da maçã assada no forno que ela adora tirar os autocolantes das maçãs, lavar as maças, pôr os paus de canela lá dentro, pôr o mel por cima e provar. 

Depois cortamos batatas na mandolina para ficarem tipo fatias e ela colocou-as uma a uma no tabuleiro para irem ao forno com azeite e um pouco de sal (foi demasiado, comi-as eu).

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Ajudou a mãe a cortar os cogumelos (coitadinha, como cortar alguma coisa com uma faca de manteiga) e ainda comeu uma fatia de chouriço (é segredo). 

Pôs os ovos na panela com muito cuidado para não se partirem para que, depois de cozidos, os pusesse na maquineta para sairem às rodelas. 

A meio de tudo isto, enquanto punha os cogumelos cortados numa taça, olhou para mim disse: "mamã, cozinhari" e abraçou-me o braço durante alguns segundos. 

Até me vêem as lágrimas aos olhos a contar isto. E isto é só genuíno. Ela estava genuinamente grata por lhe estar a dedicar tempo. Um tempo em que juntei o útil ao agradável.

É tão fácil fazê-los felizes.


... por enquanto. 


Armei-me em engraçadinha...

Estava eu armada em engraçadinha a mostrar a minha sobremesa no Instagram, feita com morangos, natas, kellogs, canela e hortelã, quando...



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 ... fico com uma azia que sim, senhor! Então é isto! Opa que coisa boa e reconfortante! Um calorzinho que sobe por nós acima, desde o estômago até aos olhos, e nos faz chorar. Não sabemos se é melhor vomitar, beber, deitar, levantar, chorar ou empanturramo-nos com mais comida para ver se disfarçamos aquilo. Optei pela última... LOL

"Grávida pode", dizia eu. Pode, pois pode. O pior vem depois. Olá, azia! Adeus, azia! Foi um prazer conhecer-te, não voltes nunca mais.

Não sai à mãe.

Eu só ganhei o meu lado feminino agora com a maternidade, mas parece que a Irene não sai à mãe (ao pai também não nisto de usar baton haha).



Uma foto publicada por Joana Gama (@joanagama) a

3.22.2016

A minha terapia.

Não me apetece escrever. Fico-me pelas imagens, bonitas e cheias de vida, da nossa tarde de ontem. Depois de ter lido palavras duras acerca de mim, de quem pouco ou nada me conhece, do meu texto, do meu blogue, da forma como "ganho a vida", por pessoas que me apelidaram até de "besta", incapazes de compreender e interpretar ironia, estes momentos no campo funcionaram como terapia. 

Fazer a minha filha feliz, o maior e mais importante objectivo da minha vida. O resto? É nada.
























Obrigada à tia Joana e à Necas por este casaco tão giro que ofereceram à Isabelinha no aniversário!

Sinto que estou a ter um caso.

Sim. Fora do casamento. É como se me estivesse a apaixonar por outra pessoa que não aquela a quem prometi amor eterno. Como se o meu coração me dissesse que estava tudo bem, que me podia levar por este novo amor, mas a razão não me deixasse usufruir dessa nova relação a cem por cento. Medo de estar a trair o meu primeiro grande amor.

Mas a verdade é que me estou a apaixonar outra vez e é uma coisa séria. Não é um amor de verão, não é um caso, não é um acidente. É um amor para a vida. O mais estranho é ser possível amar duas pessoas assim, tentando não sentir um bocadinho de culpa. Entregar-me assim ao amor a dobrar. Agora ainda não tenho o consentimento do meu primeiro grande amor, é tudo um bocadinho pela calada, acho que ainda não percebeu bem a dimensão do que se está a passar. Mas espero vir a ter. A ser perdoada. E que também ela o sinta. Este amor enorme por alguém que vem aumentar a família e acrescentar tanto.

Olho para o meu primeiro grande amor e penso se será possível que o novo cresça assim desmesuradamente. Mas se nem eu podia prever que aquela paixão se poderia tornar uma coisa tão forte, maior do que tudo na vida, também acredito que me vou surpreender. Mais uma vez. Amar dois seres diferentes, por igual, e sempre, sempre mais.
Sim. Estou numa relação e tenho dois amores. 

Um que, cada vez que me acorda com um sorriso e um beijinho, faz tudo ter sentido. E que quando me ofereceu, com todas as letrinhas um abraço - um abraço, mãe! - me fez chorar baba e ranho. Obrigada, Isabel.

Um que sem ter nascido ainda já nasceu. Obrigada, Luísa. 

Amores da minha vida.






3.21.2016

O meu marido fez-me chorar.





Ler isto acho que foi a minha prenda de aniversário da Irene. ;) 

(estou desejosa que chegue setembro para ver se o sacana escreve algo assim sobre mim, muhahah)

A festa de aniversário low-cost.

Parabéns à minha filha que fez ontem dois anos. Só na sexta é que pus o dia de ontem de folga. Sinceramente, até à minha sogra me falar no assunto não tinha pensado nisso. Talvez por ter passado um ano e meio em casa com ela, não adivinhar que o dia fosse ser diferente e querer poupar os dias todos de férias para quando estiver bom tempo e pudermos enlouquecer com a quantidade de planos que pudéssemos fazer. Porém, a semente ficou lá, um olhar reprovador da minha vizinha e amiga Renata também e uma observação do Frederico também: "faz como quiseres, mas não será esquisito dares-lhe as prendas e depois ires para o comboio?". 

Achei demasiado estúpido e fui decidida a meter o dia de folga. Ainda bem que pus. 

Não tinha planeado nada em especial para o dia, nem tinha prendas pensadas ou compradas. De repente tudo ganhou importância - senti que assim mesmo é que tinha de ser e, na sexta-feira, à saída do trabalho comprei-lhe três prendas na Imaginarium (uma varinha mágica - que adorou!!!!! - uma torradeira e um brinquedo para o banho). 

Passei pela BairroArte e comprei umas velas arco-íris (tem cada uma a sua cor e, mais engraçado ainda, cada chama tem a cor da vela - o que já não estava à espera) e uma de um dois daqueles que faz faísca. Despachei também as prendas do dia do pai (termómetros para carne - eu sei, parece ridículo - e um repousa colheres para enquanto ele cozinha). 

Desci mais a rua e passei pela Dû Pareil Au Même e comprei uma capa linda para a chuva para a Isabelinha da Joana Paixão Brás. E, pronto. Acho que estava tudo. De repente tinha cumprido com todas as minhas obrigações (apesar de ter ficado com a conta tão vazia que, se alguém falasse, ouvir-se-ia um eco durante quatro anos). 

No domingo, tivemos de ir às compras, aproveitei e como uma vez reparei que a Joana Paixão Brás tem uma terrina de lá que achei muita graça, dei o benefício de dúvida de haver algumas coisas giras para a festa da Irene. Giras e baratas, claro. Acabei por comprar uns pratinhos de papel (o nosso serviço de loiça é muito marcante - preto e vermelho), um prato para levantar um bocadinho o bolo e guardanapos. 

Posto isto, o que faltava? Um bolo. Fiz o bolo na Yammi no dia anterior à tarde e pronto. Não pensei em mais nada. Ontem, comecei a pensar que faria sentido convidar os avós e convidei. De repente tinha uma catrefada de gente cá em casa e sem nada de "jeito" para o lanche. Pusemos uma bola de carne no forno (tínhamos uma congelada por fazer), servi uns pacotinhos de sumo 100% que uso para levar a comida para o trabalho e enchi uma taça com uns suspiros que tínhamos para ali no armário para misturar com os iogurtes. Está feito. 

Ah! Não me preocupei muito mais com a decoração da festa porque, além de não ser o meu forte (não é mesmo), a Mariana (uma amiga da faculdade) tinha oferecido (a mim e à Joana Paixão Brás) umas lanternas e umas decorações para o bolo. Achei que, assim sendo, ficava tudo com um ar mais compostinho e pensado. E acho que ficou tudo muito bem. Low-cost ao máximo, mas tudo bem. Aliás, melhor ainda. 

Foi um dia muito feliz. A Irene estava eufórica de ter todos os olhares para ela. Avós tão dedicados em fazerem-na sorrir e a brincarem com ela. Além do meu irmão que também estava deliciado com a Irene (ele adora crianças). 

A Irene recebeu roupa dos avós do lado do pai, roupa da avó do lado da mãe um triciclo e uns Stan Smith que não resisti e foi o que sugeri quando a minha mãe insistiu para eu escolher uns sapatos mais compostos. Sei que não era isto que ela tinha em mente, mas a miúda fica tão gira... 

Acabei por lhe vestir uma camisa da Zippy que tinha comprado no dia anterior, umas calças de ganga azuis e um casaco de malha cinzento da Zippy também. O pai acha que ela parecia um menino, mas eu acho que os ganchos mudam tudo. 

Sábado há a festa à séria! ;)

Achei que as lanternas não aguentava se prendesse só os extremos, então acabei por colar uma a uma à parede. Ficaram com um aspecto bastante plástico, mas serviram perfeitamente. 

Obviamente que tivemos de cantar os parabéns umas cinco vezes, acho que foi a parte preferida do dia para ela. 

Depois desta fotografia foi para a cozinha dela dar de comer à castanhola a dizer "abre a boca, ervilhas!". 

Ficou apaixonada pelos ténis porque o tio Pedro tinha uns iguais. Toda vaidosa com eles: "ténis Pedro, ténis bebé". 

Dei o meu melhor para parecer uma fotografia tipo Pinterest. Aquele rabo de aquecimento central passou por um fiozinho, sacana!!

Tive de cortar imenso a fotografia porque apoio a Irene na minha barriga quando a tenho ao colo e não gosto nada da minha forma (esqueço-me sempre). Este é o meu irmão Pedro, outra das minhas grandes paixões. Quem mais me preparou o coração para ser mãe - se é que há preparação possível. 

Cerca do bolo, cavalinho e bandeiras (sei lá como é que aquilo se chama) - Maryland Art&Design

Prato do Bolo, pratos e guardanapos - Kasa do Continente

Velas arco-íris e número dourado - BairroArte. 

A minha filha andou de fato de treino (e eu não tive um AVC)

Olá! Se só agora aqui chegaste (não sei como sobreviveste sem nós, mas agora a tua vida vai ficar tão melhor) ficas a saber que a minha filha usou um fato de treino completo e um chapéu do Mickey. Aparentemente tudo OK. 

A única questão é que a minha filha raramente anda de fatos de treino e quem segue o blogue sabe disso! Eu sou a mãe das golas à Camões e dos frufrus. Mas... consegui! Não tive de morder os lábios com os nervos. Não tive suores frios. Não desmaiei. Consegui que a minha filha andasse como uma miúda que não vai a caminho de uma sessão para a Caras. Consegui que ela andasse o mais rafeiro possível e o mais à-vontade para se espatifar toda no chão, sem eu depois andar a chorar baba e ranho pelo tapa-fraldas com renda e a malha não sei do quê estarem esfoladas ou sujas. CONSEGUI!!! Hahaha 

E lá foi ela, passear com o avô paterno e com o pai até cromeleque dos Almendres, enquanto eu fiquei a trabalhar em casa, numa manhã de domingo. 

Iniciei a minha cura. Estou muito orgulhosa de mim. Mas deixa-me lá preparar ali a roupinha para amanhã. Body de gola, casaco de lã, collants, calções e carneiras. Feito.









A minha filha faz dois anos.



Depois explico-vos melhor, mas nem era para estar em casa. Era para estar a trabalhar. Porém, a minha sogra, uma amiga e o Frederico fizeram-me pensar melhor. Realmente seria esquisito dar-lhe os presentes de manhã e depois despedir-me dela e dizer "vá, vou trabalhar". Se ela já estivesse na creche, era outra coisa. Ainda bem que fiquei.

A festa dela é no próximo sábado, vai ser uma festa também pipi como a da Joana que ando a ganhar um gosto visual pelas coisas. Vamos ter bolinho giro e tal. Hoje, fiz só algo para safar: um bolo na Yammi, uns enfeites lindíssimos que a minha amiga Mariana me ofereceu há uns meses e umas coisinhas baratas compradas na Kasa do Continente - a brincar, a brincar tem coisas giras (nunca tinha reparado). 

Enquanto ela dorme a sesta e não chega o resto da família, deixo-vos com a mesa mais pequenina do mundo (um bolo e uma taça de suspiros - tudo de "improviso"). 







Cerca do bolo, cavalinho e bandeiras (sei lá como é que aquilo se chama) - Maryland Art&Design

Prato do Bolo, pratos e guardanapos - Kasa do Continente

Velas arco-íris e número dourado - BairroArte. 

A festa mais bonita!

Prometi no ano passado que não me metia noutra, mas ainda bem que não cumpri. Adorei a festa de anos da Isabel e da prima Alice! 

Não sei se vos acontece o mesmo que a mim: tenho a sensação de que não estou ali, como se estivesse no meio de um palco, numa peça de teatro, sem ver bem as pessoas, a ser encadeada pelas luzes. Ou a ver-me de fora. As horas passam a correr, queremos dar atenção às pessoas, mas também à nossa filha, há pessoas que não sabem o caminho nem nós lhes conseguimos bem explicar, um presente por abrir, e mais um, e outro, mas a miúda agora está ali entretida, e chegaram mais pessoas, e a filha quer colo e ver a mesa e, no meio disto tudo, nem reparámos que não pusemos água (!!!) na festa. 

Apesar do corre-corre, ao ver as carinhas de contentamento dos miúdos a brincarem nos insufláveis, nos carrinhos e por ali fora, tive a certeza de que a festa estava a ser um sucesso! Depois mostro-vos o espaço, no Party Place, e as animações, do Gymboree Carnaxide. Para já ficamos pelos comes e bebes, senão teria aqui um álbum com 2283829 fotos. 


Esta belezura de mesa de doces foi responsabilidade da Maria das Festas. Se isto não é a coisa mais querida, suave, delicada e deliciosa do Mundo, então não sei!

O tema foi o chá da Belle & Boo e, além dos pormenores bonitos, os doces estavam muito saborosos. O bolo de anos então foi elogiado por todos e eu fiz um esforço para não cortar fatias para os meus bolsos, às escondidas, e levar para casa. 

















Obrigada, Maria das Festas! Eu sabia desde o primeiro segundo que ia ficar um espetáculo!

A fotógrafa já é quase parte da família, já a conhecem destas andanças: a nossa Joana, do Love Lab.

3.20.2016

Fui bully.

Nem tudo são coisas bonitas nisto da maternidade. Não me canso de falar disso, porque vivermos com a expectativa de que isto é um conto de fadas e depois depararmo-nos com a realidade só faz com que o mau se torne pior.

Já falei muito da vulnerabilidade que praticamente todas sentimos nos pós-parto (por causa de tudo aquilo que já sabemos: privação de sono, má alimentação, dores nas maminhas, dores na barriga, mudança de identidade, pontos no pipi, desencaixe da realidade, adaptação de expectativas, hormonas, hipersensibilidade, responsabilidade, insegurança). 

Fui uma mãe que passou para o outro lado e cada vez mais me apercebo disso. Quanto mais olho para trás e me revejo em câmera lenta e tento encontrar justificações para as minhas acções, menos me percebo. O que é bom - quer dizer que estou a voltar, se é que não voltei já. 

Isto de ser mãe trouxe o meu melhor e o meu pior ao mesmo tempo e logo no início. Por ser tão insegura, cosi-me de certezas e abracei uma intolerância enorme com se fosse a minha melhor amiga na hora de me acalmar. Ao dizer aos outros que estavam errados, era como se quase acreditasse que aquilo que eu fazia era o que estava certo. 

Quem não amamentava era isto, quem fazia isto era aquilo, quem não pensava nisto era não sei quê, quem não sei que mais... 

Os poucos minutos em que não estava gravemente a julgar-me a mim mesma e a diminuir-me era o que fazia a outras mães. Não intencionalmente, não. A minha vontade foi sempre de ajudar, de as iluminar para o caminho que eu usava com a minha filha, apontar-lhes os problemas e soluções. O problema? Não estava minimamente capaz de ser empática. Além de ter sido extremamente insistente com pessoas que passavam por um bocado tão sensível como eu, não fui capaz de lhes dar a ajuda que precisavam, um "compreendo, deves estar de rastos". 




Julguei. Informei. Comuniquei. Dei sermões.

E quem era eu senão mais uma mãe totalmente perdida ajudando mal e porcamente as outras e, infelizmente, a sentirem-se miseráveis? 

Sempre odiei a expressão "um dia, quando passares por isso, saberás", mas neste caso é mesmo verdade. Finalmente, ao longo dos últimos meses (ano), tenho-me vindo a aperceber que isto da maternidade é... tem muito que se lhe diga, pronto. Não podemos encaixotar as pessoas como fazíamos na adolescência: se ela tem muitos namorados é porque isto, se ele não é másculo é porque aquilo... 

Até podemos, mas estamos a ser ignorantes e a causar mal estar. E sim, mal estar no geral. Nestas alturas as pessoas com quem fui bully de certeza que não foram mais felizes e eu, sinceramente, também ficava verdadeiramente afectada. Enervava-me, ficava triste por não conseguir motivar, irritava-me por não me conseguir desligar... Era só esquisito e triste. 

Este sempre foi um dos meus maiores defeitos e que ficou muito evidente no pós parto que, felizmente, já acabou. É uma tendência minha que pretendo seriamente contrariar, começando talvez por mim e pela minha voz interior, de maneira a que não saia - nem acidentalmente (como foi o caso) - para o exterior. 

Não gosto quando o fazem comigo. Odeio. 

Não me apercebi, é um facto. Talvez agora sejamos mais a aperceber-nos. Ser mãe não é uma competição, ser mãe não é um concurso, não é uma corrida, não é um julgamento, não é um ringue. Ser mãe já tem tanto que se lhe diga que devíamos era ajudarmo-nos umas às outras, porque estamos todas no mesmo barco - mesmo que uns estejam a ir mais rapidamente ao fundo e outros nem por isso. 

Pedi desculpa a estas pessoas que levaram com a minha descompensação. Fiz o pedido ontem (mais de um ano e meio depois). Decidi escrever-vos hoje para que talvez mais alguém se aperceba do que está a fazer sem querer ou do que lhe poderão estar a fazer. 

#temosqueserumasparaasoutras.

Ui! E para tirar a chucha?

Ontem de manhã, quando estava a sair com a Irene para irmos à aula de música (momento preferido da semana dela - não que a semana seja muito animada) e ao chegar à garagem dei com uma vizinha a dançar o Panda e os Caricas para o filho. A Irene ficou interessada em ver o que se estava a passar e a mãe, um doce (não a conheço), desabafou comigo e disse: "é a única maneira que tenho de o tirar de casa sem chucha, é a ver os Caricas". 

Eu fiquei calada. Reparei que a mãe não estava a passar um bom bocado por causa disto da chucha e e inibi-me de dizer "ah, a minha filha nunca usou chucha". Achei que isso não ia ajudar além de criar ali uns segundos constrangedores em que parecia que eu só queria mostrar que "não tenho esse problema". Optei por ser empática e disse: "deve ser mesmo uma chatice!". 

Já fui fazendo por aqui umas reflexões sobre a chucha, etc, mas a verdade é que acho que a norma não é ser fácil tirar a chucha a um bebé porque além do hábito de a terem sempre na boca, transportam para ela algum conforto e segurança, certo? 




Força para todas as mães que estão a passar pela dechuchização. 

As outras querem partilhar histórias e técnicas? 

No próximo filho vão usar chucha outra vez?

A Irene, como disse, não usa. Por parvoíce impingi-a ao máximo a achar que dormiria melhor com ela ou que se acalmaria mais durante o dia. Depois desisti de o fazer durante o dia por não achar a maneira mais natural de a acalmar e um dia ponderei tirar de noite por ter receio que também fosse eu a impor e foi o que se verificou...

Próximo bebé, 0 de chucha. ;)