Não. Não estão a ficar malucas. Vão ler um post num blogue que fala mal precisamente desse mesmo blog. Achamos que vocês precisam de novidade na vossa vida (e, com isso, não queremos dizer que precisem de experimentar técnicas esquisitas como fisting - a fingir que não escrevi isto (mãe, não vás ver o que é) - e afins que isso nos mete impressão e nos dá uns pequenos vómitos) e, portanto, uma ideia nossa antiga, vai seguir em frente.
A par de comentários anónimos de mulheres zangadas connosco e cheias de coragem para dizer mal sem assinar, sem dar a cara, também recebemos, de vez em quando (menos do que seria de esperar tendo em conta o nosso sucesso internacional desmedido) e-mails de gente um pouco mais dedicada a odiar-nos, alguém que nos tem um pouco mais em conta e decide escrever coisas maiores e mais pensadas. Textos que ocupam mais tempo do que uma sentadela na sanita com o telemóvel na mão.
Gostamos dessas pessoas, das que se dedicam, mesmo que se dediquem a odiar-nos e, por isso, decidimos dar-lhes tempo de antena. A nosso convite, temos uma hater que nos enviou um texto com o conhecimento de que o iríamos publicar (a fingir que não somos nós a encarnar as nossas queridas haters, só por piada). Se vocês gostarem ou odiarem (se vos fizer sentir emoções tão fortes quanto receber a notificação de transferência do depósito do vosso ordenado), nós mantemos a senhora (que criámos e que nos dará imenso gozo para purgar emoções negativas) como nossa colaboradora. Isto, claro, na esperança de que ela nos continue a odiar com tamanha força, senão deixa de ter piada e mandamo-la passear àquele sítio mais alto no mastro de um barco (sendo que, neste caso, estaríamos a mandar-nos a nós próprias para lá).
Publicamos o texto à noite. Não queríamos que caísse aqui sem explicações e sem cabimento, um pouco à semelhança do que tem sido com a porcaria do IVA na maior parte das coisas que compramos.
É logo à noite.
Porque as anónimas da vida (amarguradas) também merecem o seu espaço, mesmo aparentando ter tanto por utilizar na sua cabeça. Vamos ser nós as anónimas agora, porque parece ser divertido.
Esperamos que gostem tanto quanto nós.