8.14.2017

E se deixarmos de ser tontas?

Cada vez mais adoro mulheres. 

Houve  alturas na minha vida em que me tornei territorial, em que olhava para as mulheres (miúdas na altura) magras como se a magreza delas me engordasse. Como se elas tivessem a culpa de que eu não gostasse de mim. Como se houvesse um tabuleiro de corpos e elas tivessem conseguido os melhores primeiro e eu, que cheguei mais tarde - ou porque tropecei numa mama - fiquei com a ralé. 

Quem mais que não as mulheres para nos perceberem melhor sem nos acharem malucas? 

Não falo de todas as mulheres, porque há mulheres que destilam ódio gratuitamente em blogs (tanto a fazer posts - eu já fui assim  - como a comentar), há mulheres que não respeitam os seus filhos, há mulheres que... 

No entanto, se fôssemos em busca da nossa alma gémea, de alguém que nos compreenda e que sinta as mesmas coisas que nós, que fale a nossa mesmíssima língua, bem mais provável que a encontrássemos numa mulher, digo eu. Daí sermos tão afeiçoadas às nossas melhores amigas. 

As nossas melhores amigas que cumprem o papel de serem uma sombra nossa. Que não nos largam mesmo quando estão longe. Que, mesmo num silêncio de semanas, sabemos que basta 1 segundo para tudo ser "como sempre". Não tenho irmãs, mas calculo que o sentimento seja semelhante. 

Faz-me confusão como é que nós (estou mesmo incluída), na fase em que mais precisamos de sentir que nem tudo está errado, que não estamos malucas, que não estamos a falhar muito, que não somos piores que outras, temos a tendência para nos separarmos e dividirmos. 

Bem sei que estamos inseguras e que precisamos de muita força para acreditar nas nossas escolhas para as conseguirmos levar avante. Estamos cansadas e estamos "na berlinda", com a missão mais importante das nossas vidas em mãos: fazer com que o nosso filho, além de sobreviver, seja feliz. 

Porque é que acham que os blogs de maternidade têm tanto sucesso (também)? Algumas mães gostam de ver nos seus blogs espelhada alguma perfeição, podendo dizer a si mesmas que é tudo fabuloso porque nas fotos parece. Quem lê (estou a generalizar, claro), sente que é por ali o caminho e acha que ao comprar aquelas camisolas ou aqueles brinquedos, tirando talvez aquelas fotografias que a felicidade poderá estar ali. 

Ninguém usa ninguém ou toda a gente usa toda a gente. É uma relação. Há muitos motivos para se escrever, para se fotografar (além de blogs que já dêem dinheiro - ai também é uma motivação, posso garantir) e há imensos motivos para ler, para comprar. 

Hoje em dia, quando compramos coisas, é porque achamos que nos trazem algo mais que utilidade. Aquela camisola faz-me sentir bonita, aqueles cereais vão ficar bem nas fotografias, isto vai fazer com que sinta que faço parte do grupo de pessoas que usa estes ténis... Estamos a comprar pensos rápidos para a tristeza, solidão, insegurança... 

Ficamos focadas naquelas que parecem tão felizes mas que, se calhar, ou adormecem dormentes por não quererem pensar em nada para o mundo não desabar ou  adormecem a pensar que mentem para si mesmas e para o mundo e se sentem ainda mais negras por isso. 

E se, em vez de tudo isto, deste frenesi todo (no qual estou incluída, claro), tentássemos calar a urgência e investíssemos no que está por baixo das roupas e dos colares e dos vestidos? E se começássemos a querer coisas substanciais  em vez de mais uma camisola que durante 3 ou 4 vezes nos deixa com moca de "coisa nova", mas que rapidamente passa a ser mais uma? 

Creio que o segredo poderá estar na nossa união. Se nos passarmos a ver umas às outras. Se baixarmos o nosso imediatismo e olharmos para o outro (neste caso, a outra) como gostaríamos de sermos vistas: com atenção e carinho.

Se déssemos verdadeira atenção uns aos outros, não estaríamos tão sedentos dela e não seríamos tão histéricos nas redes sociais, na roupa, nas compras, nos saldos... 

Longe de mim querer dizer que isso está errado. Mais uma vez digo que faço parte desse carrossel e que tenho tentado abrandar ou, pelo menos, desconstruir o que se passa.

O que quero dizer é que todas procuramos colo, todas choramos (umas mais caladas que outras) e precisamos de alguém que nos dê atenção - até nós mesmas - e tudo seria mais saudável e mais bonito e mais verdadeiro se procurássemos isso nas nossas mulheres, por exemplo.

Na nossa mãe. 
Nas nossas avós.
Nas nossas primas. 
Nas nossas amigas.
Nas "nossas pessoas"

Quem mais compreende a angústia ou as vitórias de uma mãe que outra mãe? 

Somos feitas do mesmo. Queremos o mesmo, talvez por caminhos diferentes. 

Só isso.

E, como me tem dito uma amiga  - de formas bem mais encantadoras - "é  na diferença que está a riqueza". 

Vamos deixar de ser tontas? 


Portinho da Arrábida, Figueirinha, Sesimbra...

Portinho da Arrábida, Figueirinha, Sesimbra... na segunda semana de férias fomos conhecer algumas praias maravilhosas deste país, em Setúbal, e gostámos muito!

Já vos mostrei aqui o roteiro por Azeitão e Arrábida mas ainda não vos tinha mostrado as nossas fotografias naquelas praias. Ainda ficaram umas quantas por conhecer e a promessa de voltar para aquela zona, que é fantástica.

Figueirinha
Éramos para ir para Galapos, mas vimos lugar para estacionar na Figueirinha (naquela primeira pequenina mesmo ao lado) e ficámos logo por ali. É querida, pequena, a água calminha e transparente e tem um bar relativamente perto com umas sandes porreiras. Gostámos! Da próxima vez Galapos e, sem filhos - ou já mais crescidos-, Galapinhos (eleita melhor praia da Europa este ano).






















Cara que fazemos quando vemos uma alta e magra a pavonear-se à nossa frente LOL

Irmã mais nova sofre :) (neste caso, acho que gosta, por sorte)




Os fatos de banho são da Marias e Manéis 
(que está com descontos óptimos - podem comprar já maiorzinho para o próximo ano).

Portinho da Arrábida

Fomos almoçar já muito tarde (e arranjámos lugar mesmo cá em baixo junto aos restaurantes, que sorte) e, depois, fomos um bocado até à praia. Queixei-me de que só apanhámos calhaus mas já me ensinaram que se tem de caminhar mais até à zona de areia (apesar de estar reduzida a 1/3 do que já foi, que pena!). É mesmo muito limpa, água verde-esmeralda, não se ouve barulhos nenhuns a não ser os do mar e das cigarras. Natureza, natureza, natureza!

Vista do almoço






Sesimbra

Fomos a Sesimbra num dos dias, à praia de manhã e, depois, almoçar. Vale muito a pena dar ali um passeio pelas ruas e comer num dos restaurantes (comemos umas ameijoas que sim, senhor!). Na praia, a Bola de Berlim foi das melhores que comemos. Apanhámos óptimo tempo mas a água estava tão fria que até a Isabel comentou que lhe doíam os pés (ah ah). As pessoas eram muito, muito simpáticas e metiam-se com as miúdas. <3






Colar Gôda






Lanchinho a meio da manhã
Garrafa Zippy
Caixinha B de Amor

 

Havemos de voltar para aqueles lados, havemos, havemos.



Susana Cabaço Fotografia
Site aqui.



Podem ler também das nossas férias:
 

A mãe é que sabe VIAJAR - Azeitão e Arrábida

As férias na Fuzeta

Férias neste canto do algarve? Sim, sim sim

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Afinal Havia Outra - Filhos bi(ou tri)lingues

“É muito mais fácil aprender idiomas em criança do que em adulto”
“As crianças aprendem idiomas facilmente”
“Podem é começar a falar mais tarde, mas depois falam as duas línguas na perfeição”


imagem weheartit
 
Pois é, viver noutro país que não o nosso exige das nossas crias que falem outro idioma.
Cá em casa fala-se sempre português, mas a casa fica na Escócia.. o que significa que fora de casa se fale inglês. A Escócia, especialmente em Edimburgo, está cheia de espanhóis… o que significa que na grande maioria das vezes se fale espanhol também.
O Vasco, pequeno Lord cá de casa, é sujeito às três línguas desde que pôs os pés fora da barriga de sua mãe.
Foram meses e meses a ouvir as nossas gentes de Portugal.. 
“Coitadinho do menino, vai-se confundir todo!” 
“Ele quando começar a falar ninguém o entende.” 

Entende. Entende tanto como a qualquer gaiato da idade dele. 
O Vasco tem quase 3 anos. Começou o primeiro ano a ouvir inglês e espanhol, seguido de um ano a viver em Portugal, (coitadinha da criatura que não tem culpa nenhuma dos pais mudarem de país a cada ano) e está agora de volta à Escócia e a tentar comunicar em inglês.
A sua grande professora, Peppa Pig, sendo de certo de boas familias inglesas dali da zona de Kensington ou Chelsea, ensina-lhe coisas como “oh dear” e “whota”.
Tenho um certo medo que o rapazito sofra um bocadinho de bullying na escola, pois este sotaque tao british, nao será de todo bem aceite no meio desta miudagem escocesa. Para começar são todos enormes, com 3 anos já me dão pelos ombros a mim e pesam o equivalente a um panda bebé. Depois aqueles cabelinhos ruivos e aquela tez tao pálida, de quem tem claramente falta de vitamina D, coitadinhos dos riquinhos.

Vasco, o Tuga, lá se safa o melhor que pode no meio dos highlanders.
Por questão de sobrevivência, as primeiras palavras que aprendeu foram “biscuit”, “bread”, “delicious” e “more”, o que denuncia já a sua vertende latagona. Quase todas as semanas nos dizem que foi o único na escola a não só terminar o prato como a pedir segunda dose. Meu rico filho. Ainda não passou dos 11kg, aquele ar franzino que quem nao mete nada na boquinha e açambarca para o bandulho tudo aquilo que pode.
De maneiras que a criatura speaks english, habla espa ñol e até manda os seus bitaites em português, que é para ensinar a esta gente a língua de Camões. É vê-lo a passear-se nos corredores do infantário quando o vou buscar, atirando uns “see you leita”, “see you morrow”, “hasta mañana”.
No infantário eu sou a “mommy”, em casa sou mãe. <3
Estes dias, enquanto o assistia na organização da sua frota de mini carros, repetia-me que não era assim, tinha que ser “tandem” e eu ali com cara de sardinha, sem fazer a mínima ideia do que ele queria e a achar que o miúdo estava em devaneio… não liguei.
Por curiosidade, no dia seguinte perguntei ao tio Google…

Tandem

adjective
1.      having two things arranged one in front of the other.
             "a tandem trailer"


Toma lá.
Antes dos 3 anos e já me ensina inglês a mim, que vivo fora de Portugal desde 2010.




Elsa Maria Gomes
mãe do Vasco, Vasco´s mom e mamá de Vasquillo



 
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8.11.2017

As Mães têm de ser um bocadinho egoístas

e·go·ís·ta
(francês égoïste)
adjectivo de dois géneros e substantivo de dois géneros
Que ou pessoa que trata dos seus interesses.

Se há ser mais abnegado, mais altruísta, mais dedicado aos outros é uma Mãe*. A maiúscula é propositada. Há Mães e mães, sim. Felizmente já tirei o meu like da página do Facebook do Correio da Manhã e tenho menos contacto com aquelas notícias do incrível de gente louca (e má) capaz das piores atrocidades. Não vejo televisão. (Só séries e documentários na Netflix e Sic Notícias, pontualmente). As Mães a sério, assim que o são, vêem depender um pequeno ser a 100% delas e aquele momento é altamente transformador. Nunca mais serão as mesmas. Até mesmo a gravidez, tendo de ceder a tantas coisas e começando a fazer as melhores escolhas em prol do bebé - e de si - funciona como um prólogo de tudo o que se seguirá. Primeiro não podem comer saladas fora de casa nem beber álcool; depois dificilmente se separam do filho recém-nascido e tentam viver de forma a não pôr em causa o seu bem-estar. A vida social fica adiada. Os duches mega rápidos, comer com eles na mama (quantas vezes?), os colos de horas para que eles durmam qualquer coisa. Cada bebé e cada família terá as suas idiossincrasias e também a sua rede de apoio (ou falta dela). Cada mãe terá os seus timings e as suas necessidades. Da Isabel, já o disse, senti necessidade de ir comprar roupa num pulinho, teria ela duas semanas, ficou em casa com o pai. E achei que precisava de ir ao Justin Timerlake e fui (claro que as minhas mamas também foram e não aguentaram tantas horas), teria ela um mês e meio ou dois. Fomos, em casal, viajar 3 dias tinha ela 9 meses. Com a Luísa não senti falta de forrobodó tão cedo, fui bem mais caseira. Nem me imagino a dormir longe dela para já. Cada uma de nós sentirá, a seu tempo, necessidades diferentes. Mas uma coisa vos digo: temos de ser um bocadinho egoístas de vez em quando. A verdade é que não estamos sequer a ser egoístas porque, por definição, egoísmo seria se desprezássemos, por regra, as necessidades alheias.

Não será o caso. Apesar de o sentirmos quase que inevitavelmente (isso e aquela história da culpa). Raios. 
Hoje não fui egoísta nem me senti egoísta.  E nem estou a dizer isto para me convencer, mas sim para vos mostrar, caso tenham esse receio, que há um espectro muito grande entre altruísmo e egoísmo. 

Queria, estas férias, ter umas horas na praia sozinha ou a dois sem barulho, sem choros, sem necessidades alheias. Miúdas bem entregues (Isabel na creche e Luísa com a minha mãe), e lá fomos nós os dois, de carro, até ao Baleal. O silêncio na viagem. Fomos calados a maior parte do tempo, sem trocar uma palavra, mas cúmplices no bom que tudo aquilo estava a ser. Chegar, caminhar pelo areal, conseguir apreciar a natureza em todo o seu esplendor, o cheiro a mar, o sol na cara, na pele, a água a gelar os ossinhos, os beijos mais demorados e as mãos dadas. Ler metade de um livro. Um ano e meio depois (para umas muito tempo depois, para outras desnecessário), fomos passear os dois, sem filhos. Soube-nos muito, muito, muito bem. Foram horas que valeram por dias. Nunca a Luísa tinha estado tanto tempo separada de mim mas, quando cheguei, ela estava óptima. Não chorou nunca. Esteve sempre bem disposta. Comeu, dormiu, dançou, passeou, andou a distribuir beijinhos por todos. Ficou contente quando me viu mas nem por isso veio a correr fazer queixinhas. A Isabel estava a ver um filme quando a fui buscar à escola. Contente por rever os amigos e as educadoras, 3 semanas depois. Tudo certo. 

Claro que pensei nelas quando estava na praia: até pedrinhas apanhámos para a Isabel pintar e comentei que uma bebé andava como a Luísa. Lembrei-me delas várias vezes. Mas nunca me senti mal por não estar com elas. Senti-me bem, muito bem. Às vezes é preciso. Parar, respirar, ouvir-nos, relaxar. Quero fazer isto mais vezes. (Tenho de). Por mim, por mim e por ele. E por elas.








E na quinta à tarde fomos ao cinema ver o Dunkirk (aconselho!). Quando cheguei a casa estavam de banho tomado e jantadas. TÃO BOM! <3 Obrigada, mãe.


Gostava até de fazer uma espécie de retiro, já alguém fez?



 
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*e um Pai.

A m o r

Mais uma semana de férias chegou hoje ao fim. Impossível não me relembrar aquele ano e meio - o primeiro ano e meio da Irene - que vivi só dela. É um privilégio poder aproveitá-la com tempo e observar o densenrolar dos seus raciocínios. Está a explicar-se cada vez melhor e já a deixar-me mais vezes sem resposta.

Momento impagável o de ontem quando, ainda bêbada de sono da sesta, abriu um olho e viu que eu estava ao seu lado. Sorriu derretida e voltou a adormecer.

Foram umas magníficas férias de família em que notei agora que tusso da mesma maneira que a minha mãe, que o mano e eu temos muito sentido de humor e que a Irene tem a vida toda pela frente para construir memórias.

Esta foto diz amor de mil maneiras e, no meio da família, estamos nós as duas. Esta equipa que se aperfeiçoa e cujo objectivo é ensinar a amar e a ser amado.

Missão comprida e vai ser cumprida. Em família.



Fato de banho mãe - Triumph
Fato de banho Irene - Tuc Tuc

8.10.2017

Há mais de 6 anos que não passava férias com a minha família.

E só depois de cá estar me apercebi do importante que é. Independentemente de termos cada um de nós as suas visões diferentes da mesma coisa, personalidades muito diferentes, compensações mais próximas ou não - seja lá o que for que eu queira dizer com isto - nada se compara à felicidade de pertencer ao nosso grupo, à nossa matilha. 

Depois de 6 anos mais afastada (ou muito mais, nem sei), isto é, em que não vi ninguém de pijama nem ninguém me viu a mim, sabe muito bem voltar a acordar "em casa", apesar de estarmos em Tróia, num hotel. 

Giro estarmos todos à mesa de novo, mas com uma pessoa nova: a Irene, a minha filha, a neta da minha mãe, a "netasta" do meu padrasto, a sobrinha do meu irmão. O meu irmão que foi a primeira pessoa a ensinar-me o que é amor incondicional. 

Reais como as mulheres dos anúncios daqueles cremes, mas nossos. É esta a minha família e parte da família da Irene. É um quentinho no coração saber que a Irene está rodeada de tanta gente que a vai ver crescer e que a ama profundamente. 










Algumas notas: 

- O rapaz das fotografias é o meu irmão Pedro ;) Tem 20 anos, acalmem-se. 

- Nem me dou ao trabalho de cozinhar por ter ido buscar refeições completas e biológicas para a Irene à BebéGourmet.

- O colar da Irene é da Goda Store.


✩✩✩✩✩✩✩✩✩✩

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8.08.2017

Vai haver um curso Montessori!!!!

Estou que nem posso com tamanha felicidade e por vários motivos. Um deles é por ser muito adepta de Montessori. Parece-me fazer tudo muito sentido. Outra é que vejo as coisas a mexer e, por isso, serão cada vez mais crianças, mais cedo, a tomar partido disso. Gostaria que se estendesse também à primária  - acho eu. 

Vai haver um curso Montessori e, por isso, falei com quem falou comigo para vos contar da novidade, com todo o coração. 


Apresento-vos (novamente para as mais atentas) a Verina Fernandes: 

Nos últimos anos, tem vindo a crescer o número de estabelecimentos de ensino a adoptar modelos pedagógicos que divergem do método educativo convencional, descaracterizado e expositivo. E é fácil perceber porquê, até porque muitos destes projectos educativos foram criados por grupos de pais, interessados em mudar o rumo da educação dos seus filhos.
Os pais querem que os seus filhos absorvam e compreendam o mundo; que explorem e investiguem pelas próprias mãos; que desenvolvam as suas capacidades e talentos naturais. Um único modelo não pode servir para todos, porque não somos todos iguais (na forma física e psíquica).
É aqui que o movimento Montessori (bastante activo e prolífico em todo o mundo, há mais de 100 anos) vem trazer uma abordagem que permite proporcionar o ambiente adequado e os materiais mais interessantes e úteis para que a criança se desenvolva por esforço próprio, no seu ritmo e seguindo seus interesses. A criança cresce por motivação e não por imposição.
As crianças montessorianas questionam, são interessadas e não se conformam com facilidade, sem que isso signifique que se tornam insurrectas ou impertinentes. A pedagogia Montessori está estruturada para que a cordialidade, a partilha e a cooperação sejam assimiladas naturalmente.
Felizmente, são já muitos os seguidores portugueses desta abordagem pedagógica, daí que fez todo o sentido criar a Associação Portuguesa Montessori (APM).
A APM é uma associação sem fins lucrativos que visa criar uma rede de contacto e de cooperação entre pessoas, escolas, grupos e projectos com o interesse comum da pedagogia montessoriana. E é com todo o orgulho que anuncia, pela primeira vez em Portugal, o primeiro curso certificado internacionalmente:
De 18 a 29 de Setembro de 2017
Porto

É uma oportunidade única receber todo o conhecimento de Guadalupe Borbolla, com 30 anos de experiência no âmbito da educação Montessori e uma presença recorrente em conferências internacionais. Tem, inclusivamente, participado na formação de Guias Montessori em vários países do mundo.

A APM tem todo o gosto em receber a Guadalupe e convida todos a participar desta formação pioneira.

Obrigada, Verina!!

Let's go!!! Malta do Porto, façam o favour de se inscrever para que isto haja também em Lisboa, sff. 

✩✩✩✩✩✩✩✩✩✩

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"Tenho medo de não conseguir amar o segundo filho como amo este"

A frase não é minha, mas li por aí várias vezes escrita. Percebo-a. A primeira fase da gravidez da minha segunda filha foi vivida de uma forma tão pouco "dedicada", com tanto trabalho e cansaço, que chegava a ter receio de não vir a sentir o mesmo. Mas depois, pouco a pouco, fui-me apaixonando e aquele pequeno ser foi ganhando mais e mais espaço no meu coração. Quando nasceu, não tive qualquer dúvida. Que sentimento pleno, de pertença, que coisa arrebatadora! Depois do que me aconteceu no recobro, com operação de urgência e transfusões de sangue e todo aquele aparato e medo de morrer, que vos contei aqui, o amor pelas minhas filhas aumentou mais e mais (nunca achei ser possível sentir algo tão gigantesco), assim como o meu amor pela vida. Senti-me a ir e quando acordei, 6 horas depois, senti que me estava a ser dada uma segunda oportunidade. Chorei todas as lágrimas que tinha. Por não estar ao lado da minha cria, por não saber quanto tempo depois a ia ver e depois por ter medo do que me pudesse ainda acontecer e receio de demorar mais tempo a ir para casa, para a minha filha mais velha, de quem tinha muitas saudades. Accionei um modo qualquer de sobrevivência e, depois disso, não senti muito mais medo. Quis estar lá, bem e feliz, para as minhas filhas. Percebi, meses mais tarde, quando desatei a chorar quando me perguntaram pelo parto, que ainda havia algumas feridas por fechar. Agora que já não sinto mais nada de negativo em relação a esses dias, sinto que fechei esse capítulo, tanto é que fiquei meia triste (mas aliviada ah ah) quando fiz o teste de gravidez e tive a certeza de não estar grávida do terceiro. Agora só sinto amor. E cansaço (sim, porque ter dois filhos tem muito que se lhe diga).

E é sobre esse amor que vos quero falar. Ama-se o segundo filho tanto quanto se ama o primeiro. O amor não é mensurável, mas garanto-vos que o coração volta a bater com tanta força como com o primeiro filho. Que as lágrimas de emoção voltam a cair. Que a alegria de ver as pequenas conquistas deles é enorme. Que o desejo de os proteger de tudo chega a ser angustiante. Que o medo de não estar cá para os dois é gigante (mas mais vale nem pensar nisso). Que a vontade de lhes arrancar um pedaço das bochechas é praticamente incontrolável. Que o riso que nos sai, mal disfarçado, quando fazem asneiras é inevitável. Que as danças que fazemos juntas se prolongam cá dentro, mesmo quando a casa já está em silêncio.

Nada temam quanto a essa questão. Vão amar tanto o segundo filho quanto amam o primeiro. Podem amar diferente, apreciar coisas diferentes, aproveitar até melhor algumas coisas, por saberem que passa tão rápido, e pior outras, porque terão de repartir atenções. Mas esse sentimento inabalável de amor profundo, de amor que se sobrepõe a tudo, esse vai lá estar. Sempre.





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As férias na Fuzeta

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