11.29.2014

A minha mãe é melhor que a tua!

As mães são seres únicos e especiais. Também os linces da Malcata.
As mães conseguem parecer bichos de dentes afiados prontos a morder o lombo gorducho de outra mãe que as contrariem. As mães são defensoras exageradas das suas crenças.
As mães babam-se com as novas gracinhas dos filhos e não conseguem parar de as partilhar com os outros. As mães perdem o filtro.
As mães conseguem ter dúvidas e certezas absolutas ao mesmo tempo. As mães são bipolares.
As mães gostam de comentar, nem que seja baixinho, as escolhas das outras mães. As mães julgam.

As mães gostam de ajudar outras mães, dão-lhes conselhos e emprestam-lhes coisas. As mães são generosas.
As mães conseguem identificar o cansaço nos olhos das outras mães e estão prontas para uma palavra de conforto. As mães são boas.
As mães sabem, já estiveram ali, já passaram por aquilo. As mães conseguem ser, muitas vezes, mães das mães.
As mães conseguem ser as melhores amigas.

Às vezes as mães gostam de competir, mas no fundo sabem que o que realmente interessa é serem as melhores mães que os seus filhos podem ter. Esse é o único campeonato que importa.
E eu dou por mim a querer entrar neste concurso, em que só eu compito.

Quero fazer o melhor bolo de chocolate.
Mas mais do que isso quero ter a companhia da minha filha a bater os ovos ou a rapar o tacho até ficar com bigode de chocolate.

Quero fazer o melhor dos trabalhos de casa.
Mas mais do que isso quero que nos divertamos a fazê-lo juntas e que ela ganhe prazer em descobrir e em aprender.

Quero ser a mais bonita aos olhos dela.
Mas mais do que isso quero ensiná-la a ter confiança e auto-estima, independentemente dos bonitos olhos.

No fundo, não preciso que a minha filha diga: "a minha mãe é melhor que a tua!".
Quero que diga: "a minha mãe é a melhor mãe do mundo".


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