Ontem, à saída de casa para ir ter com o tio Pedro (meu irmão), como sempre, deixei a Irene carregar para chamar o elevador. Entrou à minha frente rapidamente - coisa que um familiar nosso odeia, porque viu algures (claro que foi na internet) que, às vezes, as portas do elevador até se podem abrir mas não estar lá elevador nenhum (só não digo quem é porque não quero revelar pormenores tão medricas de quem não perguntei se podia hehehe) e perguntou se podia carrregar no zero. Deixei.
Chegámos ao zero e saí. A porta fechou-se a Irene continuou dentro do elevador. Desceu até ao menos um, para onde também tinha carregado. Gritei, com a boca colada ao elevador "não saias do elevador, Irene, não saias!", pensei que assim voltaria logo para cima. Nem me lembrei da possibilidade se ela sair demasiado tarde e poder ficar entalada na porta (o nosso elevador é um bocadinho bruto a fechar as portas).
Enquanto o elevador descia, com a minha filha lá dentro, ela gritava "ANDA COMIGO, MÃE!". Ainda não estava minimamente assustada, creio que estava só a explicar que não entendia porque é que não estaríamos juntas.
"A mãe vai já, só um minuto! Não saias do elevador, Irene, não saias!".
Saiu.
Desci eu e fui ter com ela. Ainda demorou - quer dizer, não deve ter demorado, mas para nós sim. Cheguei lá no timing perfeito em que ela começou a ficar assustada. A luz do hall onde ela tinha ficado, por causa do sensor, já se tinha apagado. Chegou a mamã.
Sei que é um episódio com nenhuma gravidade, mas ao contar, sei que HOJE vão ter atenção a isso e, por isso, talvez vos poupe a uns segundos de coração acelerado.
O dia continuou como sempre. Não foi nada. Especialmente para ela, digo eu.
Tive de lhe comprar estas boias, porque as de plástico estavam a magoa-la nas axilas. Aconselho vivamente!
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